No post anterior, o drama da Tatiana, mãe, sem emprego, três filhos para criar.
Neste, o Olimpo dos magistrados do Rio de Janeiro – e não é só no Rio – que a gente já mostrou aqui, há um mês e meio.
Foi tema de um extensa reportagem do SBT Rio, que reproduzo ao final.
É aí que habitam e labutam, ardorosamente, os homens e mulheres que vão restaurar a moralidade de nosso país.
Claro, há exceções, e o desembargador Siro Darlan, o único que tem coragem de dar declarações sobre isso.
Mas, no resto, é silêncio, empáfia, mandonismo.
A casta – eleita não pelo voto, mas pelo concurso – paira sobre a reles humanidade.
22 respostas
O judiciário e seus anexos foram cevados com salários e privilégios estupendos e imorais para dar um verniz de legalidade ao golpe. Em defesa de seus milionários salários eles não fazem absolutamente nada que venha comprometer a direita, os golpistas.
Se realmente houvesse indignação na população já teria acontecido no Brasil o que aconteceu na França no século XVI… Talvez, até mesmo, de forma menos amistosa.
Mas a verdade é que nesse país está, assim como sempre esteve, tudo dominado. O sonho do povo é fazer parte de uma dessas castas e foda-se o próximo.
É um povo de merda meu caro !!! Rebanho de asnos ….tropa de bestas.
E o Gilmar dizendo que sofre trabalho escravo, tão escravo que ainda encontra tempo para montar um cursinho jurídico com dinheiro público, além de um sem número de viagens para Europa, bostejar por lá , também !! Como não ??
Mas tenho mais ojeriza ao pobre de direita que aos magistrados e sua casta.
A quantidade de pobres que escuto querendo o LULA preso, outros defendendo as asneiras do doria, outros tantos defendendo o des-governo entreguista de Fhc, sem sequer terem vivido aqueles tenebrosos dias. Sinceramente, desalentador…
Preferia ter nascido iraniano, chino e no andar da carruagem , aceitava até ser boliviano………pois parece que aqui , quem acertou foram os portugueses das primeiras levas, pois não acreditavam que os hominídeos daqui tivessem alma, parece que passaram-se séculos, houve misturas e mais misturas, mas alma que é bom…..essa nunca habitou nos corpos dessa raça.
Aceitam tudo como carneiros ou galinhas , dependendo do gosto do freguês !!
Não entendi a parte dos iranianos, chinos e bolivianos.
História milenar, vergonha na cara, defesa da nação e guerra , se necessário for !!
Me lembra de uma coisa; como era a historia que aprendemos na escola, sobre os motivos da revolucao francesa?
Principalmente a parte do TERROR….
O $TF “proibiu” o repasse de dinheiro do Tribunal de Justiça à entidades Privadas – R$ 300 MILHÕES À MUTUA – que é privada dos Juízes e Desembargadores – SÓ UM LEMBRETE ao DESMEMORIADO POVO BRASILEIRO: A FILHA do Ministro do $TF LUIZ FUX – Mariana Fux – foi nomeada DESEMBARGADORA DO TJ do Rio pelo Governador Pezão, em meio a polêmicas, pressões e constrangimento dos Conselheiros da OAB Carioca. A Doutora FILHA do Doutor desfruta da MORDOMIA DA BANDEJA …COPAS E RESTAURANTES PRIVADOS E GRATUITOS …Gratuitos para a CA$TA…mas MUITO CARO NO LOMBO DO POVO DO RIO DE JANEIRO FALIDO !!!
Quem teria coragem de fazer uma reportagem do Tribunal do Moro e dos Dallagnol que se dizem “moralizador” da vida pública, quanto em valores o contribuinte paga par manter um tribunal que detonou a indústria de construção e contribuiu para produzir milhões de desempregados perseguir inimigos políticos e proteger os amigos.
no Brasil precisamos mudar muita coisa, nao so os politicos, estes quando roubam podemos trocar, já o judiciario com suas mordomias, seus salarios acima do teto, suas gratificacoes sem sentido, seus auxilios absurdos, nos roubam a seculos e não podemos fazer nada.
Quisera fosse apenas neste tribunal e apenas no Rio de Janeiro .Mas infelizmente ocorre em todos os tribunais em todas as instâncias no Brasil inteiro . Ex : A prataria de primeira linha aonde são servidos deuses não devem em nada a rainha da Inglaterra em dias de comemoração real .
Ao endossar a reportagem apresentada pelo SBT sobre alguns dos privilégios desfrutados por juízes do Tribunal de Justiça do RJ, o jornalista incorre no perigoso caminho de atribuir as mazelas do judiciário, que não poucas nem pequenas, a questões pra lá de secundárias. Sabe-se que o que sai das decisões de suas excelências é infinitamente mais prejudicial à imensa maioria dos que os sustentam do que alguns quilos de gelatina ou litros de suco. É uma abordagem muito superficial, rasteira, diversionista para examinar um problemão como esse do judiciário. Como se dizia então, o buraco é mais embaixo. E essa deplorável apreciação contou com o apoio do jornalista, caso contrário, não teria reproduzido a gravação neste blog.
Por sinal, é uma abordagem típica dos grupos reacionários que, no momento, tentam vilipendiar o trabalho e a imagem de estatais por meio dos salários de seus funcionários. Essas matilhas da direita sabem que, dada a imensa dificuldade por que passa grande parte da população, salários elevados despertam indignação, particularmente nos milhões de desempregados e sub-empregados. Pouco importam a complexidade do trabalho que é executado, a relevância para a economia ou o histórico das remunerações. Já fizeram isso inúmeras vezes com a Petrobras e, recentemente, reforçaram os ataques contra essa empresa, a Eletrobrás e o BNDES. Quem serão os próximos? Muito provavelmente os professores universitários, os oficiais da forças armadas, os diplomatas, os auditores fiscais etc. etc. etc.
É este caminho perigoso que se trilha aqui, neste blog, ao dar respaldo a esse tipo de raciocínio. Que se critiquem os desastres do judiciário pelo que produzem, e não por motivos acessórios.
Por motivos muito mais graves, o jornalista argumentou, na publicação anterior a esta, e com razão, que os cleptodesatinos do nefasto governador pouco representam para a situação calamitosa do estado do RJ. (Mas as medidas administrativas, sim, foram desastrosas. Entretanto, por quase insondáveis razões, os governos de Sérgio Cabral não costumam ser comentados aqui. Por que será?). E é fato. Da mesma fora, os almoços e a academia dos juízes são uma aberração, mas nada representam diante do que suas excelências decidem. Essas decisões, sim, em sua quase totalidade reproduzem, corroboram, ratificam o miserável statu quo.
Considero lamentável que um blog que se intitula de esquerda se permita a raciocínios semelhantes àqueles desenvolvidos por grupos reconhecidamente de direita. De fato, a crise doutrinária e de formação é muito mais grave do que se imagina. Um nacionalismo bem intencionado nos conduz tão somente ao equívoco.
É por essas e outras que os jovens se sentem baratinados com tamanha falta de coerência. Estamos fritos!
Realmente é um luxo. Mas será que realmente podemos nos permitir a isso?
Somos capazes de detectar a menores vibrações em nosso próprio campo ideológico e político, de cobrar credenciais e exigir selos de qualidade, mas somos incapazes em detectar verdadeiras explosões cósmicas no campo adversário, ou perceber os cometas que se dirigem bem em nossa direção. Assistimos entre imóveis e inertes todos os ovos de serpente serem chocados bem diante dos nossos olhos, vimos a opinião pública ser envenenada com doses brutais de ódio político e não fizemos nada para dar um basta, para reagir. O moralismo foi o cebo com o qual a “direita” nos fisgou, ela conhecia demasiadamente bem suas vítimas mas suas vítimas nem se deram conta da habilidade do pescador. Mesmo agora que nossos adversários começam a se ver enredados na própria trama diabólica que criaram, continuamos aqui a nos atacar e a nos desqualificar mutuamente. Temos que lidar com os fatos, quer se goste ou não, isso é um fato, Lula e o PT continuam sendo a força hegemônica na esquerda, os outros corpos precisam definir uma trajetória, ou se afastam do grande sol que os ofuscam e buscam rotas alternativas (e tem todo o direito em assim decidir) ou utilizam essa luz para iluminar o caminho.
Perfeito Policarpo!
Só acho Marco que se mexerem nesse vespeiro é processo no ato. Por muito menos , juízes tem usado e abusado de suas suposta autoridade. Falando nisso quem se lembra que quando o assunto pipocou no congresso a gritaria que foi. O judiciário tem um poder que deixa embasbacados até seus pares de outros países. São deuses , a ponto de desembargador não poder ser processado, onde já se viu. Enquanto não tivermos educação de verdade e salário digno, não tem jeito.
Prezado Mario, concordo que o judiciário, neste país, tem um poder hipertrofiado e a situação tem se agravado com o avanço do conservadorismo. Entretanto, não considero que esse tipo de abordagem que se viu na reportagem do SBT, e que foi endossada por este blog, seja o caminho correto para tratar o problema. Utilizaram a mesma tática de desmoralização empregada pelos grupos reacionários: a exposição de salários e de “privilégios” (pudim, suco e almoço “grátis”). É uma tática muito eficiente nesses tempos de penúria, porque o contraste com a situação dos subempregados e desempregados é gritante. Mas o mesmo caminho poderá ser trilhado para criticar as remunerações de oficiais das forças armadas, professores de universidades públicas, auditores fiscais, defensores públicos, funcionários de estatais, diplomatas etc. etc. etc. Passa-se, desta forma, a atacar o conjunto de servidores públicos que são remunerados na medida da necessidade, importância e complexidade de suas ocupações. O que se deve exigir deles é que cumpram seu papel com lisura e atendimento ao interesse público. Que se cobrem dos juízes decisões justas e ponderadas pelo interesse das maiorias secularmente prejudicadas.
Mas, ao se trilhar o caminho mais fácil da exposição de “privilégios”, corre-se o risco de, no extremo, se chegar à conclusão de que o poder judiciário, as forças armadas, as estatais etc. são dispensáveis por serem setores “privilegiados”. É tudo que a direita liberal pretende e é essa posição que, conscientemente ou não, se endossou neste blog.
A direita no Brasil não é liberal ela é neoliberal e iliberal, parece pouco, mas a faz muita diferença, a diferença de um regime democrático e outro que não é.
Marco, que tal você comparar os vencimentos dos juízes e promotores com os dos professores universitários e oficiais das forças armadas (os demais eu não conheço e, assim, não me meto a falar besteira)? Ou você junta tudo no mesmo balaio de má fé para embaralhar as razões e deixar tudo por isso mesmo ou você ignora os dados que você anuncia. Não, provavelmente você não ignora.
Prezado Romero, não, não ignoro esses dados a que você se refere. Como não ignoro que esse tipo de reportagem leve a bom termo uma crítica ao judiciário. Deve criticar o poder pelo que ele faz ou deixa de fazer. O próprio jornalista, em artigo anterior a este, mencionou a insignificância das atitudes cleptomaníacas do ex-governador para a derrocada do estado do RJ. De forma similar, as anunciadas mordomias do e no judiciário pouquíssimo contam para explicar o desastre que produzem com suas decisões, muitas delas eivadas de enormes injustiças e, até, de irregularidades.
Portanto, o caminho não é este endossado pelo jornalista. Salários altos, “privilégios” etc., aos olhos da imensa maioria da população, não são “benesses” exclusivas do judiciário. Várias categorias do aparato estatal ganham muitíssimo bem em comparação à média salarial de 90% das remunerações dos setores privados e públicos. Ganhar R$ 7 mil por mês, no Brasil, é uma “fortuna”. Se a crítica enveredar pelo caminho das remunerações, as próximas “vítimas”, alguma já o são, os funcionários das estatais, os auditores fiscais, os oficiais das forças armadas, os professores universitários etc. etc. etc. Portanto, para 90% da população, são, as categorias citadas, repletas de “marajás”. Repito: tal como foi feita em relação ao judiciário do RJ, esta é a crítica da di-rei-ta, principalmente a de caráter liberal. Uma crítica sórdida, suja e de baixos argumentos. É a que vem sendo feita pelos grupos de direita para escandalizar a massa. É este tipo de aleivosia que se propaga aqui ao endossar essa linha de “crítica”.
Se não há capacidade para criticar o judiciário enquanto tal, suas decisões, medidas etc., escolha outro caminho e não se enverede pelo denuncismo. Não é dessa maneira que se contribui para a abordagem e solução do problema. Utilizam-se, assim, as mesmas armas empregadas pelos supostos adversários: o manjadíssimo escândalo (hoje, midiático), uma técnica muito conhecida na Inquisição.
A minha resposta já está escrita lá no alto destes comentários. O que o poder judiciário faz ou deixa de fazer é condicionado pela defesa de seus salários e privilégios que foram estabelecidos por eles próprios ao longo de tantos anos para não incomodar os políticos com a lei. Veja, por exemplo, o que ocorre no estado de São Paulo com a montagem de um judiciário cúmplice, na medida em que ignora o que está debaixo de seus narizes, com a corrupção do psdb. Foi preciso que denúncias e provas viessem da Europa e assim mesmo são ignoradas e a sujeira enfiada debaixo do tapete. Praticamente a totalidade do judiciário e seus anexos ganha acima do teto permitido por lei só de salários, fora vantagens absurdas que constituem um escárnio aos trabalhadores deste país. Você fala no absurdo de um salário de R$7.00,00. O que diz do Moro que ganha acima de R$100.00,00? Ou acha que todo este desespero dele de incriminar o Lula sem conseguir prova é amor pela justiça! Colocar todo mundo no mesmo saco com sentenças do tipo “ninguém presta e todo político é corrupto” é lavagem cerebral. Denuncismo incomoda? Que chato. Pois é isto que sempre que possível se deve fazer até formar uma consciência nas pessoas e instigar nelas a revolta pela existência destas excrescências que existe no Brasil.
O que se vai instigar com esse denuncismo é o comportamento de matilha fascista que se vê atualmente. Não é somente “chato”, como você diz, é perigoso. As decisões que suas excelências tomam ou deixam de tomar, sim, causam, muitas vezes, prejuízos volumosos às causas das maiorias. As “mordomias” são chocantes, mas não causam um milionésimo do estrago de suas decisões. Da mesma forma, como notou o jornalista, as cleptoatitudes do ex-governador, por mais abjetas e criminosas que sejam, e o são, estão longe de ser as principais responsáveis pela suposta derrocada do estado do RJ. A sua resposta segue a lógica rasa da perseguição às tais “mordomias”, que não nunca levou, não leva e não levará a maiores consequências que apontem uma solução à hipertrofia do judiciário. É a lógica covarde do linchamento, da exposição, que causa tão somente indignação e catarse. No momento seguinte, tudo volta como d’antes. É exatamente o tipo de “lavagem cerebral” que você menciona que esta lógica do linchamento midiático, que você apoia, produz. Esta é a lógica adotada pelos grupos de direita mais bem organizados atualmente. Se você os apoia, que fazer? É sua opção. Mas acho estranho que um blog que se intitula de esquerda endosse esse tipo de abordagem.