China reage a Donald Trump: “Se ele quer jogar duro, não vamos correr”

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Editorial publicado hoje  no jornal chinês de alcance mundial Global Times – uma versão global do Dário do Povo – dá um sinal além de qualquer expectativa ao presidente eleito dos Estados Unidos de que a China não vai aceitar retrocessos na política norte-americana em relação a ela.

Há quase 30 anos, desde que Jimmy Carter abandonou as relações com Taiwan, a política externa dos EUA reconhece a China continental como um único país.

Trump, possivelmente mais como marketing conservador do que como efetiva intenção de mudar os eixos desta política, andou insinuando um reatamento com Taiwan.

Pelo editorial do Global Times, os chineses estão muito pouco dispostos a suportar “gracinhas”.

Leia só:

Trump superestima a capacidade
americana de dominar o mundo

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, no domingo, sugeriu publicamente que a política de Uma China Única pode ser usada como uma moeda de troca para fazer com que Pequim se comprometa com Washington em áreas como acordos comerciais. O empresário calculista pode se sentir esperto tentando empurrar garganta abaixo o destino da China através da questão de Taiwan. No entanto, a verdade é que este inexperiente presidente eleito provavelmente não tem conhecimento do que está falando. Ele superestimou a capacidade dos EUA de dominar o mundo e não consegue entender a limitação dos poderes dos EUA na era atual.

A China tornou-se um país com força substancial entre os países no Oceano Pacífico Oeste. Nunca expandiu sua frente de batalha e, portanto, acumulou poder suficiente para lidar com qualquer desafio estratégico em suas áreas periféricas. Especialmente no Estreito de Taiwan, a China agora está bastante segura para lutar com os EUA.

Uma série de observações ultrajantes de Trump refletem que ele despreza a China estrategicamente. O orgulho aparece antes de uma queda. Mesmo antes de entrar na Casa Branca, ele deu mostras de querer chantagear a China. Após a cartada na política de Uma China Única, a maior parte de sua iniciativa estratégica tem sido usada em excesso.

A China precisa ser respeitada pela equipe de Trump, caso contrário, será difícil interagir com Washington nos próximos quatro anos. Fantasiar sobre uma política de apaziguamento não é uma opção. Uma nova rodada entre os dois países será necessária para testar o respeito que os dois devem ter um com o outro com base em suas forças.
Ao longo de décadas de desenvolvimento, os interesses fundamentais da China pouco foram ampliados, mas sua capacidade de controlar os riscos no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional tem sido muito ampliada. Temos toda uma série de ferramentas para lutar contra as ameaças econômicas e comerciais de Trump. Será uma batalha decisiva para Pequim para salvaguardar seus interesses fundamentais. Se Trump quer jogar duro, a China não vai correr do jogo.

Pequim deve começar a punir severamente as forças de independência de Taiwan, explorando a possibilidade de disciplinar essas forças por meios não pacíficos e tornar o uso da força militar uma opção real para realizar a reunificação.

Enfrentando Trump, que é sempre imprevisível, a China precisa de mais imaginação em suas políticas externas. Deve se atrever a fazer movimentos-surpresa e criar um novo padrão sobre o relacionamento com os EUA – enquanto você joga o seu jogo, eu jogo o meu.

Pequim nunca vai aceitar chantagem e recolher-se a uma existência ignóbil. A diferença de força entre a China e os EUA é, atualmente, a menor da história. Que razão então temos para aceitar um acordo injusto e humilhante de Trump?

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17 respostas

  1. O Trump deve estar achando que a China tem a mesma política externa que o Brasil do ministro Serra.

  2. Enquanto isso aqui no Brasil, esse desgoverno golpista quer entregar tudo de mão beijada para os EUA, voltando a ser submisso e lamber a sola dos sapatos dos americanos.
    A China hoje é maior que os EUA e eles que não respeitem os chineses…

  3. Trump, não deverá cometer essa asneira com a China a qual tem um grande aliado com a Russia. A Síria era vital para OTAN e se converteu em uma grande derrota p/ os americanos. Segundo Washington Post, o comandante militar da OTAN, general Philip Breedlove, reconheceu publicamente, durante uma conferência na Fundação Marshall, que a Síria e a Rússia criaram uma zona de exclusão que resulta impenetrável para todos os meios da OTAN. Os tempos são outros, mesmo em uma guerra comercial a China tem uma enorme tecnologia que apreendeu quando era explorada. Todas as pessoas que tem visitado a China são unânimes em dizer, que esta nação é ou em breve será a 1a nação do mundo

  4. JÁ AS CADELAS VIRA-LATAS NO CIO DA NOSSA CHANCELARIA BOLINHA DE PAPEL…LAMBE A MÃO DO GRINGO, ABRE AS PERNAS E OFERECE O RABO…COM NOSSAS RIQUEZAS…

  5. Traduzindo: “aqui nas nossas águas vocês tomam uma surra”.
    Isso é marketing de Trump, mas é bom ele começar a diminuir essas foguetório, porque as eleições já se foram e o mundo está na corda bamba.

  6. Aqui ate os militares abrem as pernas ou sempre abriram para os americanos, paisinho de merda este nosso,

  7. O Trump vai contratar o Bolsonaro para ir à China e falar grosso com os chineses.
    Só o Brasil se entrega para os americanos. A China é a Venezuela da Ásia. Dá uma banana para o Tio Sam.

  8. Enquanto isso, o homem capaz de fazer a bomba nuclear brasileira está na cadeia de um juiz de primeira insignificância…

    PS. Tudo o que a China precisa fazer na vida para derrotar os EEUU é… sentar e esperar – e nem será por muito tempo.

  9. Parece que os EUA não perceberam que a festa acabou para eles e já faz um tempo. Mas eles vivem num mundo virtual e demoram a cair na realidade.

  10. mas tem gente que prefere as gracinhas do trump. afinal,os Estados Unidos podem. quem é a China? pois é. é o que a imprensa de São Paulo ainda pensa. povo ultrapassado mesmo. é um povo adorador dos estados unidos em tudo. triste brasil.

  11. Trump no calor da campanha presidencial fez muitas ameaças de trazer de volta aos EUA as indústrias que fugiram para a China em busca de mão de obra barata. E a China não falava nada sobre isso. O máximo que fez, através do seu jornal foi desejar, com uma ponta de ironia, “felicidades” a Trump nessa empreitada. Mas agora Trump encontrou uma maneira de irritar de verdade à China. Ela não tolera nenhuma espécie de jogo internacional com seus territórios questionados, principalmente não tolera nenhuma referência a Taiwan. Mas Trump não é nenhum tolo. Ele sabe perfeitamente o que é a China e sabe que a irritou severamente. Colocando este bode na sala, só vai tirá-lo depois de conseguir alguma vantagem comercial com Pequim, o que não vai ser difícil, a julgar pelo que diz a própria China neste artigo, dispondo-se a iniciar com os EUA negociações bilaterais. Trump não é louco, como a campanha de Clinton quis dar a entender. Ele é um formidável comerciante e negociador, e ao fim, tanto China como EUA terminarão ganhando não apenas do ponto de econômico, mas também com a distensão no Pacífico e o desaparecimento do atual belicismo americano, impulsionado na região com a política Obama-Neocon do fracassado e dispendioso Pivô para a Ásia.

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