Uma operação que tem o nome de Cidade Integrada e que sequer foi comunicada – menos ainda discutida – com o prefeito da dita cidade.
Uma “ocupação” espetacular, com 1.200 policiais civis e militares, fardados como tropas do tipo “Tempestade no Deserto”, mas sem nenhuma prisão ou apreensão de armas e drogas realmente expressiva.
Um projeto “social” do qual ninguém sabe nada e que só será – sabe-se lá como – explicado no sábado, três dias depois do espetáculo.
Tudo na véspera do dia em que o ‘cantor gospel’ que governa o Estado encontrar-se com Jair Bolsonaro para pedir um “estica” no regime de recuperação fiscal.
Que, apesar de alguns ‘chororôs’ de Paulo Guedes, virá fantasiado de “medidas para melhorar a segurança pública”. Mais verba e poder para a polícia, é evidente.
Com os previsíveis votos no candidato bolsonarista a governador e a alguma impressão de que Jair Bolsonaro se importa com o Rio de Janeiro, que atravessou seu governo sem qualquer realização digna de nota.
Não é sequer uma reedição do “ciclo das UPP” ou nas inócuas “intervenções militares” que marcam a história do Rio, a última delas comandada pelo general bolsonarista Walter Braga Netto.
É apenas um truque de marketing. Duvido muito, entretanto, que possa ter saído da cabeça de Cláudio Castro, talquei?