Ciro, o coqueiro-anão, verga-se aos ventos e vira ‘minion’

A volta de Ciro Gomes à política que ele abandonou no período decisivo para o país causa tristeza e constrangimento.

O povo brasileiro, derrotado por uma avalanche de histeria criada pela mídia e pela justiça, ameaçado por um governante que a todos inspira medo do autoritarismo, da perseguição política, do obscurantismo das ideias, não merecia ver uma de suas referências políticas reduzir-se ao comportamento de garoto birrento e mimado.

Ciro pode ter todas as divergências do mundo com o PT. É legítimo. Mas o que está fazendo com declarações estúpidas e grosseiras – como gritar, histericamente, que “Lula está preso, babaca”.

Houve e há muita gente presa sem que isso represente vergonha. A história da humanidade está mais cheia de heróis presos, talvez, do que reverenciados pelo poder.

Ciro oscila entre a mesquinhez e a burrice. Mas sempre dentro da sua pequenez, como quem não consegue entender a política como um processo social, muito mais que pessoal.

Ou como a austeridade não se confunde com moralismo barato.

Convivi, por mais de 20 anos, com um homem de práticas austeras como jamais vi na política e que nunca desceu a este udenismo de ocasião.

Ciro diz que o admira mas não tem o sentido da história e, por isso, jamais consegue pensar em ponto grande.

Infelizmente, isso não é tudo o que se pode dizer de suas atitudes.

Bater nos indefesos e perseguidos é coisa de gente mesquinha e deformada.

Comemorar, mesmo que indiretamente, a prisão e a nova condenação de um homem de 73 anos, virtualmente atirado a terminar seus dias numa cela, ainda mais quando este homem foi seu parceiro, seu chefe e que era – ou ao menos pensava ser- seu amigo,  é algo que não merece palavra menor que sórdido.

Não à toa veio pretender liderar o PDT após a morte de Brizola, não antes.

Tal como Cristovam Buarque tentou fazer, para tornar-se, hoje, uma figura melancólica.

Nenhum dos dois estava disposto a resistir à Síndrome de Estocolmo e sestrosos, apaixonarem-se pelos que nos sequestram a mente.

Ciro Gomes é também um homem condenado ao limbo da microscopia. Jamais será aceito pela direita, avança a passos para ser desprezado pela esquerda.

Mas o que é fatal é mesmo sua capacidade adquirida de ser entre as palmeiras que se vergam ao vento dominante, um coqueiro-anão.

Fernando Brito:

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  • Teve gente "de esquerda" que caiu na lábia dele. Lula, macaco velho que é, não confiou. Eu, macaco de meia idade, também não. Perdeu o apoio da esquerda e nunca será aceito pela direita. É o sucessor legítimo de FHC, já que, pela avançada idade, o príncipe dos sociólogos não vai durar muito.

  • Nossa Brito, fiquei sem ter o q acrescentar ao teu texto, perfeito e incisivo! Você fala com propriedade sobre aqueles q fazem a diferença e aqueles q acabam por nos ser indiferentes. Cansei de xingar o cirandeiro. Não vale a pena. Belo texto, parabéns, embora a temática seja forçadamente ácida para muitos estômagos.

  • A incontinência verbal do filhote de coronel cearense é impressionante. Parece querer disputar com o energúmeno mor da nação. Que insuportável, invejoso e mal resolvido, é um pote cheio de mágoas. Tá ficando um velho chato. Não há adjetivo melhor para este sujeito, um coqueiro-anão..

    • Curioso imaginar como andam se sentindo aqueles que se alinhavam ao guerreiros da blogosfera e se deixaram seduzir pela insustentável leveza da fanfarronice cirista, como PHA e Miguel do Rosário, por exemplo. Certamente já se deram conta da barca furada em que embarcaram. Como se explicar aos seus leitores?

  • Perfeito Brito, sujeito não vale uma nota de três reais!!!

  • Alguns blogs defenderam como se fosse o novo,mas Cyro é Tarso, Tarso é Cyro

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