A Taurus, fabricante de armas do Rio Grande do Sul, retirou do Instagram o anúncio de sua “promoção” de venda de fuzis “em condições especiais” na “Semana Brasil”, promovida pelo Governo Federal, que a Folha noticia em sua edição de hoje.
Entre eles, um fuzil “T4, calibre 5.56, padrão Otan”, com alcance preciso de até 250 metros e carregador com 30 tiros.
Não é porque a propaganda é ilegal, como todas as de armas de fogo, mas porque a decisão de Edson Fachin, ontem, proíbe, como deveria ser sempre, a venda de armas de uso restrito às Forças Armadas e policiais.
A decisão não é algo abstrato como parece a nós, que não andamos neste mundo de “Rambos” e compraríamos muito feijão em lugar de um fuzil de 18 mil reais, para lembrar a opção oferecida por Bolsonaro aos brasileiros.
Produz, como neste caso, efeito imediato, não colocando em circulação milhares de armas novas, que iriam se juntar ás mais de um milhão de outras que foram compradas durante todo o período em que Nines Marques impediu, com um pedido de “vistas eternas”, o julgamento desta proibição.
Comprar um fuzil, num país que não está em guerra, não é patriotismo, é selvageria.
PS. Enquanto escrevia, Bolsonaro disse que Fachin “vai ter a hora dele”e que, quando estiver reeleito, restaura a venda irrestrita de armas com “uma canetada”. Está claro o que significa dar uma chance de 2° turno a este homem?