A falta de simpatia ou mesmo a ojeriza às posições defendidas por José Serra, ou ainda zero confiança sobre seu comportamento ético não deve impedir ninguém de aplaudir a decisão do presidente do STF, Dias Tofolli, de suspender uma esdrúxula busca e apreensão no gabinete do senador no Congresso, a pretexto de encontrar dados sobre supostos fatos anteriores a seu mandato.
As prerrogativas dos detentores de mandato não são privilégios aos mandatários, mas a proteção dos mandatos parlamentares, que são constitucionalmente invioláveis, salvo por decisão da Corte Suprema.
Se isso for tolerado, qualquer um dos quase 20 mil juízes de 1ª instância do país pode, a seu exclusivo juízo, mandar invadir o Senado ou a Câmara dos Deputados e recolher o que bem entender em qualquer gabinete. E, reproduzindo o ‘raciocínio’, até mesmo num palácio presidencial ou gabinete de governadores.
Aliás, não foi isso o que fez Sergio Moro ao “grampear” os telefones da então presidenta Dilma Rousseff?
A descentralização dos casos de supostas irregularidades nos financiamentos de campanha para juízes estaduais de 1ª instância é correta e útil para a celeridade das investigações, mas é evidente que se precisa de cuidados ao quebrar a proteção de casas legislativas ou de sedes de governo.
View Comments (7)
que tempos, em que é preciso explicar o óbvio
sem falar que é uma coisa estranha: o caixa 2 de Onyx é perdoado mas o do Serra é criminalizado, inclusive com prisões. Afinal qual é a medida?
Concordo, mas não nos esqueçamos que eles deixaram grampear a Dilma.
Adianto, eles não vão condenar o moro e liberar o inocente, maior dos brasileiros, Lula. Por mais chocante e absurdo que isto aconteça, mas para confirmar que nada é absurdo no país no qual eles viram o golpe acontecer e nada fizeram.
Também é absurdamente baixa e ofensiva a fala do roberto jeferson se referindo a juízes do, insisto, supremo tribunal federal. Inacreditável, lamentável, chocante. Chegaram a isto.!?
E eu ainda chocado. Por eles...!?
Que país é estes?
Que desgraça!
O golpe destruiu o país. Globo, judiciário, empresários, generais do palácio...
Importante que se observe que, a despeito da canalhice desse abjeto Roberto Jefferson, não são menos canalhas os magistrados a quem ele se refere, coisa que é repetida em qualquer esquina de Brasília. Esse indivíduo execrável, infelizmente ainda vivo (que provação para este país!), despejou em sua fala ao outro canalha toda a podridão de que é constituído, mas, nisto, deixou evidente o que é voz corrente: há indivíduos, ocupantes de cargos vitais na República que são, sem dúvida, reféns de suas inclinações sexuais, de chifres, garrafas e outros. A nós não interessa com que tipo de rapagão rolem pelos tapetes de seus esconderijos, onde vivem suas fantasias de moçoilas fatais, de odaliscas, de rendas e sedas. Interessa-nos é que exerçam a justiça com absoluta honestidade, sem serem presas de seus segredinhos de alcova, esses que não podem ser revelados à esposa, aos filhos. aos do seu entorno, porque, simplesmente, não possuem a dignidade, a hombridade - hombridade, sim! - de se assumirem. E nisto, a esquerda identitária, cirandeira, histérica, rendida aos ditames do irritante politicamente correto, criado com o fim, não de libertar as pessoas, mas, de calar aos que poderiam lutar, grita porque o crápula cometeu ato homofóbico e racista, mas não grita porque ele revelou o segredo de polichinelo de suas excelências, que, com suas libidinagens, com pretos, com brancos, com que diabos sejam, arrastam consigo a vida, o futuro, o direito de milhões de criaturas, vitimadas pela farsa que esses canalhas apontados pelo canalha vivem. Que se assumam ou renunciem, mas, sendo veados ou sapatas, atormentados seja lá por que pecadilhos, não tenham de se esconder, não tenham que viver mentiras e, assim, serem manipulados por bandidos de toda ordem. Não é mais possível que o Brasil seja refém de entrepernas dessa gente. O canalha que os apontou quase declinou, sutilmente, um nome e sonegou o outro. Sejam luluzinhos ou totozinhos, sejam que bicho ou que bicha forem, que parem já esses senhores, e, quiçá, senhoras, não é mesmo?, e tenham um pouco de vergonha na cara. Não é vergonha ser homossexual, mas é vergonhoso viver através de uma fachada, ser refém disto e arrastar um país e milhões de vidas, a fim de preservar sua covardia e sua indignidade.
Se o MPF e seus quadrilheiros, quiserem mesmo investigar atos de corrupção do Serra, tem mesmo é que pedir busca e apreensão, nos escritórios, e residencias de Jorge Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Talvez lá eles encontrem a verdadeira história da permissão do CADE para a aquisição da Antárctica, que permitiu a formação do cartel da cerveja que é a AMBEV. E ponha às claras a sociedade de Verônica Serra e o grupo 3 G Capital na Sorveteria Diletto. https://www.brasil247.com/e... O Serra pela idade está fora do alcance da Lava Jato. Mas a filha Verônica Serra ainda não!
E se o mandato do dito cujo foi conseguido com atos desonestos praticados antes de sua posse?
Dallagnol não gostou, espinafrou o Toffoli. E O Moro fala pela boca do Dallagnol. Se ele ficou tão furioso pelo STF não reconhecer que a Lavajato está acima do Senado, é porque é plano do Moro fazer mídia abatendo tucanos, para dizer em 22 que não perseguiu o PT, mas sim a corrupção em si. Pobre Moro. Para quem sonhou em dominar o mundo, é dificílimo só vislumbrar futuros pesadelos.