Ver a senadora Simone Tebet, com documentos e declarações dele próprio que demonstravam a “passação de pano” sobre as irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin foi demais para o ministro da Controladoria Geral da União, Wagner do Rosário.
Arrogante e grosseiro durante todo o depoimento, o ex-capitão do Exército perdeu as estribeiras e disse que a senadora estava “descontrolada”, embora seu comportamento, duro, estivesse todo o tempo calmo e contido, exceto quando ele, depois que ela fez uma meticulosa exposição das anomalias no trato com o contrato com a Precisa, de forma insolente, mandou que ela lesse o processo.
O que, claro, recebeu a resposta devida dela e, também, de outros senadores que não admitiram a grosseria, mais direta e chocante que outras q que já tinha feito, porque desta vez impregnada de autoritarismo machista.
O controlador-geral da União, função criada no governo FHC e ampliada no governo Lula, não é lugar para áulicos do governo. Seus dois primeiros titulares, a jurista Anadyr de Mendonça Rodrigues. procuradora da República e Advogada Geral da União, e Waldir Pires, Consultor-Geral da República, ministro e governador da Bahia, eram referência de honradez pessoal que transcendia posições políticas.
Este sujeito que ocupa o cargo agora demonstrou, com suas atitudes, sua completa inaptidão para o exercício da função que ocupa.
Parecia mais interessado em ter um comportamento que agradasse ao “chefe” do que se portar c0mo um ministro de Estado e mais ainda como um que tem como obrigação zelar, mais que qualquer outro, pela lisura dos negócios públicos.