Coronel diz que ‘vacina-empresa’ é obra de estelionatários. Ouça.

Em entrevista à CBN, hoje, o secretário-geral do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, disse que a suposta venda de vacinas para grandes empresas, – que há três dias prende a atenção dos otários – são “ação de estelionatários” que estão oferecendo o mesmo lote de “33 milhões de vacinas” a empresários e a governo e que, “inclusive, andaram oferecendo essa quantidade aqui no Ministério”.

Bom, o que Franco está dizendo é o óbvio, tanto que se afirma a mesma coisa – acrescida do marketing macabro que aquelas empresas buscavam – aqui mesmo, desde que a notícia surgiu.

Mas falta algo.

Qual foi a providência que a autoridade sanitária do país – lotada de militares, aliás – tomou contra os estelionatários que lhe foram oferecer vacinas “por fora”. O presidente da República foi avisado, para não papel de otário apoiando esta suposta compra publicamente? Se foi, como era dever dos militares da Saúde, qual a razão de estar apoiando a compra, no valor de R$ 4,4 bilhões das mãos de um estelionatário?

Estelionato, ao menos até agora, é crime e tem de ser denunciado à polícia, ainda mais se tratando de algo tão sério, caro e importante como a salvação de pessoas.

Só a entrevista de Élcio Franco é motivo para que o Ministério Público e a Polícia Federal abram inquérito para descobrir quem são ou quem é o personagem que esteve negociando esta vacina e conversando com gente muito graúda. Não foi, portanto, o camelô da esquina.

É gente de alto coturno para acertar um negócio com tamanho valor com os mais altos executivos de Vale, Petrobras, Gerdau, Itaú, Bradesco e por aí vai…

Ou será que estelionatário “papa-fina” não merece cadeia?

 

Ouça o trecho da entrevista à CBN onde Franco acusa estelionatários de estarem negociando vacinas.

 

Fernando Brito:
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