Miguel do Rosário levantou o caso, a Globo admitiu a sonegação (e diz que devolveu o dinheiro ao Fisco). Mas aí o Blog do Paulinho levantou (e o Conversa Afiada ampliou) que surgiu um novo capítulo na novela dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
O que envolve a investigação feita na Suíça sobre propinas que teriam sido pagas a João Havelange e Ricardo Teixeira.
Por quem e em troca de que?
Justamente os direitos de transmissão que foram parar nas mãos da Globo, com direito a uma “escala sonegativa” nas Ilhas Virgens britânicas.
Como este Tijolaço tenta sempre buscar fatos concretos, reproduz texto e imagem da matéria do Estadão, há um ano.
“João Havelange e Ricardo Teixeira receberam suborno no valor de pelo menos R$ 45 milhões, segundo a Justiça suíça. O escândalo do pagamento de propinas escancara 30 anos de um sistema de corrupção montado na Fifa. Os brasileiros cometeram “enriquecimento ilícito”, causaram prejuízo para a entidade e colocaram seus interesses pessoais acima dos interesses do futebol, diz a Justiça sobre o caso, que foi arquivado mas teve seus documentos divulgados ontem.
A ação promete ter amplas repercussões: Havelange pode deixar de ser presidente de honra da Fifa e as informações poderão ser usadas no Brasil para uma eventual ação contra Teixeira. A declaração dos advogados da entidade insinuando que sul-americanos são em geral corruptos também promete causar mal-estar entre a Fifa e o governo.
Documentos oficiais da Justiça suíça apontam para pagamento de comissões no valor de US$ 122,5 milhões (R$ 225 milhões) por parte da empresa de marketing ISL a cartolas pelo mundo. A Justiça também acusou a Fifa de “omissão” ao não conseguir controlar os subornos. Num dos pagamentos de US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) a Havelange, o dinheiro foi erroneamente depositado numa conta da Fifa.
Como regra geral, segundo a Justiça, a propina teria sido paga a Teixeira e Havelange para que influenciassem a Fifa na decisão de quem ficaria com os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006, incluindo o mercado brasileiro. Uma empresa transmissora com atuação no Brasil é citada como uma das envolvidas no suborno, ainda que seu nome esteja sendo mantido em sigilo. Para os suíços, o serviço dos dois foi “comprado” por empresas que queriam manter relações com a Fifa.”.
Quem seria “uma empresa transmissora com atuação no Brasil”? A Difusora de Paracatu?
O caso não é segredo para ninguém e não está sendo “inventado” pelos blogs, desde que a insuspeita BBC noticiou o caso, em 2010.
A Justiça da Suíça obrigou a FIfa a divulgar os documentos até então secretos.
Mandou, mas quem publicou isso aqui?
A gente vai publicar.
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