Arnaldo César Ricci, colaborador do Blog do Marcelo Auler e jornalista que já viu muito passar sob a janela, publica por lá um texto que, de tão direto, não resisto à tentação de transcrever.
É o desenho da barganha que o noticiário vai confirmando de que Eduardo Cunha tem sua anistia “acertada” na Câmara e por acertar ainda no STF, mas já bem encaminhada.
Afinal, um Supremo que deixa um ladrão derrubar uma Presidente eleita e aceita acertar com este mesmo ladrão e seu réu a aprovação de seus próprios aumento de salários, perdeu, além da vergonha, o respeito que deve merecer.
Arnaldo César mostra a que ponto o ódio político fez a mídia e todos aqueles que deveriam ter a institucionalidade como método irrenunciável de conduta entregaram o nosso país a um clima de ódio, loucura e vale-tudo, onde mal se disfarça que Eduardo Cunha é o homem mais poderoso.
Estelionato político
Arnaldo César, no blog do Auler
Dois dos mais aguerridos veículos empenhados na campanha pelo impeachment (Veja e Folha de S.Paulo) já destacaram em seus editoriais que o processo de destituição da presidente Dilma é fruto de um ato de vingança. Furioso com o fato do PT na ter votado com ele na Conselho de Ética da Câmara Federal, presidente da Casa, Eduardo Cunha, resolveu detonar o governo.
No esforço para salvar sua pele a qualquer custo, o ardiloso Cunha convocou o seu exército de 250 pigmeus (composto por parlamentares evangélicos, ruralistas, oposicionistas espertalhões e toda a sorte de proxenetas da coisa pública) e foi para a guerra.
Antes, porém, se encarregou de convencer o seu subordinado Michel Temer a assumir a cadeira, na hipótese, de Dilma ser catapultada. Também se encarregou de unir forças com todas as demais agremiações que fazem oposição ao governo, em especial, o PSDB e o DEM.
Dai a galvanizar o ódio das classes mais endinheiradas de todos os quadrantes do País foi um pulo. Afinal, a “República de Curitiba” com a sua “Operação Lava Jato” já havia, há dois anos, instaurado um clima de desconfiança contra o governo e o seu partido, o PT.
Cunha não teve ainda maiores dificuldades em cativar a simpatia daqueles que ocupam cadeiras estratégicas na mais alta corte da Justiça. Não se esquecendo, neste caso, da trinca de ases formada pelo “jagunço” Gilmar Mendes, o “menino” Toffoli e o decano Celso Mello. Os três fizeram questão inclusive de vir a público para dizer que “o golpe não era golpe”.
Canoa furada – Eduardo Cunha, a figura acusada, em seis processos, pela Procuradoria Geral da República (PGR) de corrupção, recebimento de propina, traficância de influência, desvio de dinheiro público, remessas ilegais de divisa e sonegação de impostos para se proteger de tantas acusações passou a cometer o mais devastador estelionato político da história desta República.
O dantesco e vergonhoso espetáculo do domingo dia 17/04 nem bem havia acabado e o deputado Paulinho da Força (SD/SP) já corria atrás de jornalistas no Congresso para defender a tese de que “Cunha pelo enorme serviço que acabara de prestar à Nação merecia ser anistiado das denúncias da qual era vítima”.
Algo mais claro, impossível. Tanto que cabeças coroadas dentro do PSDB já perceberam a trama. Recusavam indicar nomes para ministros num eventual governo Cunha/Temer. Alegavam que, se mergulhassem nessa aventura, não teriam nenhuma chance na próxima eleição de 2018. Pressionados, acabaram cedendo e deverão ter em José Serra seu representante no ministério.
Motivo inócuo – Enquanto a encrenca ganha desdobramento no Senado Federal, Cunha não abandonou o posto de “marechal de campo”. Dentro do seu território providenciou, a custa de muitas intimidações e ameaças, para que seu processo não tenha curso no Conselho de Ética. Articulações também estão sendo feitas nos bastidores do STF para que o dito sobre os seis processos fique pelo não dito.
Há seis meses desde que esse jogo de ameaças, chantagens e golpes baixos teve início o País vive em estado de agonia. Dividido ideologicamente, seus cidadãos minimamente politizados passaram a se agredir com cusparada na cara, chutes, tapas e até pauladas. Por sorte, ainda não se tem registro em que as diferenças política foram resolvidas a bala. Mesmo leves, essas agressões evidenciam que estamos no limiar de uma perigosíssima convulsão social.
Com apenas 30 anos de existência a democracia brasileira é uma criança. Talvez, estejamos experimentando aqueles momentos de privação da razão, típico do jovens. Vá lá que seja isso. Mas como explicar aos 8 milhões de pessoas – sejam elas mortadelas ou coxinhas – que foram à rua protestar contra ou a favor do atual governo que toda a mobilização deles só serviu para uma coisa: livrar a cara do Cunha de ser condenado como corrupto?
“Privação da razão”, talvez, explique a barafunda em que nos empurraram. Mas, não nos livrará do caos. A sorte é que ainda há tempo para que a inteligência volte a prevalecer.
9 respostas
#Nãovaitergolpe, o STF será obrigado constitucionalmente a dizê-lo!
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A FONTE É LÍMPIDA!
http://emporiododireito.com.br…
O julgamento dos votos do impeachment – Por *Marta de Oliveira Torres – 27/04/2016
Considerando que cabe ao Supremo Tribunal Federal, segundo a suprema Constituição Federal, a guarda do ordenamento jurídico brasileiro positivado em um texto escrito, acreditamos que será avaliada a validade do ato administrativo do voto proferido pelos Deputados Federais na sessão de impeachment de Dilma Roussef em 17 de abril de 2016. Entendemos que a motivação, quando explicitada, passa a fazer parte do ato jurídico “voto”. Porque a vontade é o cerne jurídico do voto, se esta for contrária à Constituição Federal, seja em voto de ‘sim’ como de ‘não’, até mesmo ‘abstenção’, o voto deve ser tido por nulo, inválido.
(…)
*Marta de Oliveira Torres é Defensora Pública do Estado da Bahia, atriz no Teatro Fórum Rui Barbosa, fotógrafa, poetiza, mestra em Relações Sociais e Novos Direitos pela UFBA
REAGE, NACIONALISTAS, NAÇÃO DO BEM
UM POUCO DO QUE SERIAM AS OLIMPÍADAS SOB O (DES)GOVERNO DO COVARDÃO TRAIDOR-MOR &$ O RESTANTE DA CAMARILHA TERRORISTA &$ FASCIGOLPISTA &$ [MEGA]CORRUPTA
Ao desembarcar nos aeroportos, cada turista estrangeiro(a) receberá uma caixinha de fósforo entulhada de fezes [e nada de esterco! Fezes humanas!]…
A caixinha abarrotada de fezes envolta por duas fitinhas:
uma verde e outra amarela!
E a inscrição:
“Bem-vindo(a) ao ‘CU(nha)’ do mundo!”
REAGE, BRASIL DO BEM
GREVE GERAL JÁ passou da hora!
E em paralelo o honesto, leal, sapiente e impávido povo trabalhador nas ruas…
Do contrário, ‘nois’ não mais teremos ‘amanhãs’!
Complexo assim!
GREVE GERAL JÁ passou da hora!
[Ou assinaremos o atestado de que ‘nois’ somos mesmo cucarachas!
Cucarachas, termo que os estadunidenses usam como uma das referências ao povo trabalhador brasileiro: baratas!]
E em paralelo o honesto, leal, sapiente e impávido povo trabalhador nas ruas…
Do contrário, ‘nois’ não mais teremos ‘amanhãs’!
Complexo assim!
Diário de um Cucaracha
Livro escrito por Henfil
Diário de um Cucaracha é um livro escrito pelo jornalista, cartunista e escritor Henfil. No livro ele descreve suas experiências nos Estados Unidos entre 1972 e 1975, quando foi ao país para se tratar-se de Hemofilia
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/211559
Diário de um Cucaracha – Henfil
A obra está atualizadíssima
http://mlb-s2-p.mlstatic.com/diario-de-um-cucaracha-henfil-852901-MLB20422291919_092015-F.jpg
Não é afinal, “um Supremo que deixa um ladrão derrubar uma Presidente eleita e aceita acertar com este mesmo ladrão e seu réu a aprovação de seus próprios aumento de salários” que “perdeu, além da vergonha, o respeito que deve merecer”.
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Antes, bem antes disso, este mesmo Supremo já havia aceito de um gangster um presente muito maior, um NOVO mandato de 5 anos de poder para todos os ministros, a serem usufruídos entre 70 e 75 anos de idade, quando o bandido desengavetou e fez aprovar a toque de caixa a pec da bengala, JÁ QUANDO o referido gangster já era investigado pelo mesmo Supremo.
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Que esperar então destes nobres gentlemen senão a gratidão eterna ao “bandido chefe” da “assembleia geral de bandidos”, como disse um jornalista português?
Noticiado no CAF Cunha ter contratado um hacker americano vara vasculhar os podres pessoais da republica (hoje, com minúscula), incluindo suas excelências do poder judiciário e penduricalhos. Acontece que um projeto desse tamanho não é para um gato pingado, mas para gente grande (NSA?).
Caso NSA, é a mesma fonte do Moro, e, então, podemos admitir que os dois, Cunha e Moro, são dois lados de uma mesma moeda, agentes do Império num projeto de submissão do Brasil.
Como, ultimamente, o Império não tem projetos coloniais, mas, de pura destruição de países que o atrapalham, é bom pormos as barbas de molho,
Não há mais motivos para termos orgulho do Brasil. Não se trata do famoso complexo de vira-latas, não. Nos últimos anos o país passou a ter algum respeito internacional e deixou de ser figurante e mera referência turística-musical-bundística-carnavalesca-futebolística. A direita escrota conseguiu demolir a imagem positiva criada desde a eleição de Lula em poucos meses. Hoje podemos nos orgulhar de algumas pessoas de diversas áreas, mas do Brasil como nação não dá pra se orgulhar. Isto aqui não passa de uma república de bananas e vai dar um baita trabalho fazer com que ela deixe de sê-lo. Quem sabe no século 22…