Pois, afinal, disseram que o PSDB “enterrou” a candidatura José Serra e “consagrou” Aécio Neves, não é?
Tanto enterrou que o Datafolha o ressuscitou e, ao que a própria Folha noticia, também o Ibope o trará como “morto-vivo” eleitoral em sua próxima pesquisa.
E é ele, depois de Marina Silva, o candidato da direita com melhor situação eleitoral.
Útil, embora nada inocente.
Aécio não desempaca. Claro que, sagrado – de verdade – candidato do PSDB, subiria alguns pontos. Mas já se viu que não o suficiente para ameaçar a posição de Marina, o que traria consequências desastrosas para candidatos a governador e a deputado da trinca PSDB-DEM-PPS.
A segunda evidência é que Lula, ainda que afasrtado do dia-a-dia da política e se guardando em um silêncio respeitoso com Dilma e prudente com a mídia – que, sem isso, estaria acusando o ex-presidente de continuar governando – continua com um prestìgio eleitoral que o faria favoritíssimo para vencer no primeiro turno com qualquer quadro eleitoral.
O resto é – ou passou a ser – quinquilharia.
Eduardo Campos é só um delírio de quem quer passar do anonimato nacional para algum espaço nacional.
Joaquim Barbosa perdeu qualquer possibilidade de sair do papel que lhe reservaram – e que sua vaidade não suportaria – nesta disputa: o de coadjuvante de Marina, para representar a vestal.
A offshore com sede em seu apartamento funcional em Brasília e patrimônio num condomínio de novos-ricos em Miami o reduz a um udenista de fancaria.
É bom lembrar, entretanto, que a campanha eleitoral não começou e quem tem a posição de vidraça – blindex – é Dilma. Atirar em Lula é algo que – eles já aprenderam – não funciona.
A direita entra em campo, nas eleições, com seu time velho.
Serra e Marina.
Aécio e Barbosa sentiram o peso da camisa.
O primeiro, é jogador de clube, até bom nisso. Nada mais.
O segundo, tal como o Batman, tinha mais máscara que músculos.
E agora está mais para Bruce Wayne, o playboy justiceiro.
A política é um jogo de significados, por mais que os marqueteiros a queiram transformar num jogo de aparências.
A realidade, apesar de todas as máscaras e de todas as mídias, teimosamente obstina-se em aparecer.
Não nos devemos fiar demais em pesquisas, até porque o Datafolha diz que Dilma não teria os votos nem sequer dos que acham “ótimo e bom” o seu governo, que dirá o dos que o consideram regular.
Afinal, o melhor índice que se lhe atribui é 35%, um ponto abaixo do daqueles que a qualificam como boa ou ótima na administração.
Alguém tem dúvida de que, se pudessem, colocariam Serra (ou Aécio, ou Marina) nos 40% ou mais que lhe davam, a esta altura, nas eleições passadas?
A direita está batendo cabeça e vai tentar se compor.
O problema é que a vaidade de seus bafejados é forte e cada um vai aumentando seus ressentimentos e sua artilharia contra o outro.
E o projeto de mudança do Brasil, que cala fundo na alma do povão, não pode deixar que a população se confunda.
Quebrar vidraças e queimar latas de lixo é moleza.
Queimar uma cultura dominante secular, excludente, escravocrata, e os mecanismos de dominação econômicos, são outros quinhentos.
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O Lula assusta essa turma de urubus.
Volta Lula!
O Lula assusta essa turma de urubus.
O Lula assusta essa turma de urubus.
O Lula assusta essa turma de urubus.
O Lula assusta essa turma de urubus.
O Lula assusta essa turma de urubus.