Davati fez ‘proposta’ para 200 mi de vacinas Janssen, diz site

O que você faria se fosse dirigente do Ministério da Saúde e uma empresa que, bastando “dar um Google” para ver que se tratava de uma “portinha” no Texas, o procurasse para vender 400 milhões de doses de vacina da Astrazêneca contra a Covid e, logo a seguir, mais 200 milhões de doses da Janssen (que, por ser em dose única, equivale a 400 milhões das outras marcas), num negócio de bilhões de dólares?

Parece-me evidente que, por ser evidente estelionato, é caso de polícia e, neste caso, bastaria uma comunicação à Polícia Federal – já que era o Governo Federal a quem o golpe visava – para que os espertalhões envolvidos nisso respondessem pelo “conto da vacina” que estava sendo aplicado.

Aí, sim, com um procedimento instaurado, podia-se “dar corda” aos espertalhões, com vistas até a prendê-los quando se evidenciasse materialmente a farsa que montavam.

Mas não foi isso o que fez o coronel Élcio Franco, Secretário Executivo do MS e designado por Eduardo Pazuello.

Ao contrário, participou ou mandou subordinados participarem de reunião com picaretas, o que resultou numa ‘oferta’ formal, dirigida a ele, para a compra dos tais 200 milhões de vacinas da Janssen.

Será que o coronel Élcio, um experimentado militar, é ‘tolinho’ ao ponto de não perceber um golpe escandaloso e flagrante?

Ainda mais que dias antes o esquema Dominghetti-Davati já tinha chegado a seu conhecimento duas semanas antes?

Evidente que não.

O site Poder360 exibe hoje o documento formalizado pelo tal “CEO” da Davati, acima de qualquer dúvida razoável, que materializa a forma com que se levaria a administração pública a expor-se a um “depenamento” de US$ 2 bilhões, ou mais de R$ 10 bilhões, metade de todo o valor que se dispunha para a compra de vacinas.

É demais para que se ache que foi uma picaretagem apenas da parte dos vendedores.

Fernando Brito:
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