Delações caem por falta de provas. Mas benefícios aos delatores ficam

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Depois do fiasco na comprovação do conteúdo da delação premiada de Delcídio do Amaral, que tinha muita espuma e nenhuma prova  – o que foi reconhecido pelos próprios procuradores da Lava jato em Brasília – surge agora outra situação que faz refletir sobre a difusão destas informações pelas autoridades sem que nada haja senão a palavra do delator.

O delegado Filipe Pace, da Polícia Federal, produziu um relatório – feito em abril, mas só agora de conhecimento público, revelado pelo Estado de S. Paulo – onde afirma que não há nenhuma prova sobre um suposto pedido de R$ 2 milhões feito pelo ex-ministro Antonio Palocci para campanha eleitoral de Dilma Rousseff, como haviam afirmado o tal Fernando Baiano e Paulo Roberto Costa.

Buscaram-se registros de câmaras de segurança, reservas em hote, passagens aéreas, revirou-se tudo e  nada foi encontrado que pudesse dar suporte a esta versão, mesmo com todas as “convicções” dos investigadores.

O delegado escreveu:

“É temerário que inquérito policial tenha tramitado por quase dois anos em função de três versões de fatos diferentes apresentadas por três criminosos que celebraram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República e que a partir disso obtiveram inegáveis benefícios. Em outras palavras, no presente caso, os colaboradores em nada auxiliaram os trabalhos investigativos, muito embora tenham sido beneficiados para tanto”.

José Roberto Batocchio, à época advogado de Palocci, chegou a pedir a cassação dos benefícios dados aos delatores, mas a Justiça, solenemente, o ignorou. Ambos  estão vivendo muito bem em suas mansões.

Como se não bastasse, agora vem a história de que os arquivos da suposta contabilidade da propina da Odebrecht estão criptografados e não abrem, porque um diretor da empresa “jogou fora a senha”. E ninguém consegue quebrar a criptografia.

É possível que o interesse dos norte-americanos na Odebrecht seja esse: o maravilhoso sistema á prova de hackers que a empresa tinha, coisa que nem o Pentágono até agora conseguiu.

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14 respostas

  1. Com um pedido deste fica escondido em uma gaveta? Incrível.
    Quem é mesmo o bandido desta história? Está na cara, caro watson: o quarto elemento.

  2. Acho que alguém convenceu nosso judiciário que o mundo vai se acabar esse ano, porque eles estão barbarizando como se não houvesse amanhã. Só falta fazer bunda lêlê no STF.

  3. Porra…o Batochio tinha avisado, e os FDP da pustiça foram na onda do OROM e do Dep. de Justiça Americano!!!! Vão se fuder todos. Eu disse todos!!!!

  4. quando eu tinha 13 anos, no meu interior , situado no ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, nas altas horas da madrugada andova um desconhecido com um capa preta, alguns diziam que ia oa encontro de um mulher casada. Minha avo dizia que era um malfazejo. pergunto se a capa preta foi ideia do malfazejo ou do judiciario

  5. Quanto custou para o país toda essa investigações em que os delatores não apresentaram uma única prova. Deveriam arcar com as consequências. Quanto a Odebrecht, a defesa de Lula sustenta que a Lavajato não teve acesso ao dossiê de Propina da empresa, porque na verdade eles não encontraram nada contra o Lula (estão de posse em Curitiba do dossiê e escondem) e isso poderia ser um argumento em favor do acusado , por isso não permitem a defesa , passado mais de 2 anos examinar o material. O que se constata é um iceberg de mentiras que só mostra uma ponta, que toda essa operação foi montada em uma narrativa da midia com a lavajato, para destruir a figura do Lula e o legado do PT. A corrupção não foi extinta e sim incentivada gastando-se bilhões e está mais atuante do que nunca.

  6. Será que só agora descobriram que as delações eram, e são, encomendadas para geração de pautas de jornais, televisivos e impressos, revistas semanais e ‘calunistas’ difamadores e canalhas ? Plantem alfafa, é o grande negócio para o futuro próximo.

  7. O Brasil está morrendo de fome e sede de justiça. independente de ideologias e preferências políticas, estamos no mesmo barco, afundando. É claro que para as castas de cima, Globo e companhia, é sempre festa – às nossas custas.

  8. Planilha criptografada? Mas e as “provas” contra o Lula surgiram de onde? Da bunda desses procuradores? Não existem mais hackers para abrir essa merda de arquivo ou isso “não vem ao caso”? Tenho certeza que abriram, mas o que encontraram não incrimina o Lula e, sim, a quadrilha que está no poder e seu chefe-mor.

  9. E quem responderá pelos estragos feitos à economia e às instituições brasileiras, pela imagem diante do mundo jogada no esgoto? O “deus” de Curitiba e seus “querubins”?
    Quanto aos coxinhas, como falta de aviso é que não foi, todo castigo para c***** é pouco!

  10. E ainda vem um gomalina-de-lencinho-na-lapela falar em irrepreensível: houvesse mínima corregedoria e essa corja estaria fora há muito tempo, a começar pelo juizeco de curitiba (seria ele o chefe da quadrilha ou, em verdade, ele responde a alguém mais acima?). E o tal joaquim barbosa não é capaz de purgar seus pecados e pedir desculpas pelas tramoias que fez no dito “mensalão”, também inexistente em relação aos petistas presos e escorraçados? E os demais ministrecos, continuam acocorados ante a cobra que sibila? Haja saco, né dona carmencita?

  11. Quem quer o bem do Brasil? É como procurar agulha no palheiro!!! A crise pela qual passamos é culpa, entre outras coisas, de uma outra crise, qual seja, a do Direito e seus viés interpretativo – que, em muitas circunstâncias, apela para os gostos pessoais de quem julga o caso, o juiz. A postura de muitos do STF é prova de que a deturpação da hermenêutica e da exegese jurídica traz consequências maléficas para o conjunto da sociedade. O Direito não deveria ser partidário – o que acontece com frequência no Brasil. Os ministros do STF, quando emitem um parecer jurídico, deixam, nas entrelinhas, em qual candidato votou para presidente nas últimas eleições presidenciais… Para eles, fica difícil dissociar o Direito “latu sensu” de seus gostos pessoais e preferências partidárias, com isso, disseminam a “ignorância”, a discriminação, a desfaçatez, o opróbrio e, finalmente, o despotismo (de Sérgio Moro).

  12. Esta mesma desculpa já foi usada a favor do banqueiro Daniel Dantas, cujos computadores foram apreendidos, mas a PF não conseguiu decifrar os códigos. Ficou por isso mesmo.

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