Desde o início a gente avisou aqui que era “furada” tentar intimidar o repórter Marcelo Auler.
E pior, intimidar com truques que a um consagrado repórter como ele jamais vão enganar é mais que correr o risco: é a certeza de que sera acabará ficando nu na praça.
Foi o que aconteceu com o delegado Maurício Moscardi, da Polícia Federal, que acionou o repórter por supostos “danos morais” e levou a justiça a decretar a censura a seu blog.
Moscardi, com intervalo de poucas horas, entrou com a mesma ação em dois juizados.
No dia 13 de abril, às às 21h08min., entrou com a ação de indenização por danos morais contra Auler no 11° Juizado Especial Cível de Curitiba, fórum central. No dia seguinte, fez o mesmo no Juizado Especial Cível de Santa Felicidade (bairro de Curitiba). E pediu em ambas sigilo de Justiça, alegando risco de vida – sabe-se lá porque.
Uma das juízas caiu na lábia do delegado e concedeu. A outra, recusou, por óbvio.
No dia 3 de maio, a juíza que ainda dava seguimento ao processo indeferiu o pedido liminar de Moscardi para censurar o blog.
O que fez ele? No mesmo dia 3, entrou com uma terceira ação, no fórum central, onde, finalmente, conseguiu a decisão absurda que, quase um mês depois, foi derrubada por um erro material: o comprovante de endereço juntado não correspondia ao declarado na petição.
O delegado talvez não saiba que Marcelo Auler já desmontou tramas muito, mas muito mais complexas que esta.
Expôs a justiça paranaense a uma onda de protestos pela restauração da censur a levando a erro três juízes.
Agora, será processado por litigância de má-fé, algo que infelizmente deveria ser mais comum na Justiça brasileira.
Leia toda a história no blog do Auler e vejam como armaram em cima do cara errado.
