Demissões em O Globo: a crise dos jornais que constróem crises

 

demssoes

O Infoglobo está demitindo jornalistas, hoje, em número ainda não conhecido, mas que deve passar de 30, cota do último corte nas redações de O Globo, Extra e  Expresso, há seis meses, quando mandou para a rua 160 funcionários de diversos setores.

Ontem, alguns já receberam o “bilhete azul”, entre eles o excelente Marceu Vieira, bom amigo a quem não vejo talvez há uma década, um dos mais gentis profissionais  com quem convivi.

Ao ler a informação no site Conexão Jornalismo, um dos comentários, de Cláudio Cordovil, chamou-me tristemente a atenção:

O que me parece mais triste e perverso é que O Globo demandou destes profissionais que cavassem , lentamente, as covas nas quais seriam enterrados , ao defenderem e representarem uma linha editorial que contribuiu determinantemente para levar esse país à recessão como profecia auto-cumprida.

Que possam aprender esta amarga lição para reinventarem se sim como seres políticos, que não vão como plácidos cordeiros para o forno crematório. A maior das reinvencoes, na terra do ‘Sim, Sinhô’ , é saber dizer não. É se unir como categoria, e fugir de Sobibor, quando possível. (Nota do Tijolaço: um campo de extermínio alemão, localizado na Polônia, onde aconteceu a única revolta relativamente  bem-sucedida de prisioneiros nazistas, onde algumas centenas deles conseguiram escapar, embora a maioria tenha sido morta) 

O problema é que é dificílimo fugir de Sobibor.  Bons salários são emolientes de consciências. Desejo sorte aos demitidos. É que possam pensar na cova que sistematicamente cavaram a cada dia. Alfabetização política eh necessária quando vamos ficando grandinhos.

O que me parece mais grave é ver que no Brasil estão conseguindo destruir uma profissão altamente valorizada em países verdadeiramente desenvolvidos. Agradeçam ao Aécio, e a Joaquim Barbosa, e a Moro.”

A alternativa de outras mídias, como os blogs que cresceram em audiência mas são cada vez mais malditos, vivendo à míngua de publicidade – que jorra de cofres públicos e privados para os jornalões – não existe, porque não temos como contratar colegas que nos permitam ser maiores e melhores.

Vivemos, como se diz nas Alagoas de meus avós paternos, “da mão para a boca”.

Somos “sujos”, “vira-latas” e o pouquinho que a um ou outro se concede anunciar vira, pelas mão de quem está ou se acha bem aboletado numa grande redação, resultado de “favoritismos políticos” que merecem, até, a fúria de gente mais que bem aquinhoada de privilégios, como o Ministro Gilmar Mendes.

Ainda assim, somos solidários. E a derrocada dos grandes jornais, caindo pelo abismo que cavaram com seus pés, deixa triste quem ama o jornalismo, feito por jornalistas, ainda que controlado pelas corporações.

 

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28 respostas

  1. [Tenebrosos e surreais] TEMPOS BICUDOS

    … Prezado, consciente, conspícuo e impávido jornalista Fernando Brito,

    novamente eu tento imaginar que os fatos surreais estão se evaporando e, finalmente, poderemos ter um pouco de paz “para tocar a vida”!
    No entanto, os fascinaziterroristas &$ [mega]corruptos de meia tigela IMUNDA decretaram que ‘nois’ não poderemos mais viver sob o mínimo de tranquilidade…

    ANTES DE PROSSEGUIR:
    eu tenho plena convicção e resignação: se eu viver até os oitenta, noventa anos, gradualmente, tornarei-me um ser esclerosado, ainda mais vulnerável do que sou hoje…
    Portanto, eu tenho respeito sagrado às pessoas idosas, seus legados, suas histórias…
    PROSSEGUINDO:

    Que forças hediondas e canalhas estão a manipular – e a querer se aproveitar – dos fins dos dias honrados do doutor Hélio Bicudo?
    Os canalhas da direitona são desprovidos de o mínimo [mínimo!] de decência, de ética, de respeito à história das pessoas, até mesmo as honradas!
    Falta, apenas, perguntar ao doutor Hélio Bicudo “se ele ainda reconhece a índole e o histórico do [mega]corrupto contumaz [eduardo] ‘CU(nha)’ do ‘Aécio Furnas Forever'”!
    A quem será entregue, pasme, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff – pedido formulado pelo senhor Hélio Bicudo

    ENTENDA mais uma labareda para incendiar o Brasil já tão conturbado

    Fundador do PT apresenta pedido de impeachment de Dilma Rousseff

    GUSTAVO URIBE
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    01/09/2015 11h46 – Atualizado às 13h50

    (…)

    CACHOEIRA – perdão, ato falho -, FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1676296-fundador-do-pt-apresentara-pedido-de-impeachment-de-dilma.shtml

    e aqui

    Advogado Hélio Bicudo disse que apresentará à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff; documento será assinado por ele, pela filha Maria Lúcia e pela advogada Janaina Pascoal; “É uma decisão tanto do meu pai como da Janaina Paschoal ingressar com um pedido, que apresenta argumentos e é bem embasado”, disse Maria Lúcia; dentre os argumentos estão as chamadas ‘pedaladas fiscais’, além de referências à Operação Lava Jato e à compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras

    1 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 13:12

    (…)

    1. Messias… O nome dele é Hélio.. o quê mesmo? Aaaah siiiiim, Bicudo…Então vamos renomeá-lo: HELIO TUCANO.

  2. talvez eu tenha lido com pressa, mas não seriam prisioneiros judeus ao invés de prisioneiros nazistas? e não seria “e que possam pensar..” ao invés de É que possam pensar”? não precisa publicar meu comentário, de qualquer forma, belo artigo esse.

  3. Brito, com todo carinho, constroem não tem acento. Falei, por ser o título do post. Fica mais em evidência.

  4. Com a crise eles vão pegar o dinheiro do “criança esperança” para pagar as demissões, pois se fosse no tempo do FHC já teriam auxílio do BNDES, como ocorreu com a venda da TV a cabo, relembrando:
    Eleazar de Carvalho Filho,ex presidente do BNDS no tempo do FHC foi à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para explicar detalhes da reestruturação e capitalização da Globo Cabo S.A., no total de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 284 milhões com a participação daquela instituição oficial.
    Em 2001, a Globo Cabo teve um prejuízo de R$ 699,9 milhões, o que aumentou sua dívida líquida para R$ 1,52 bilhão, valor 7,1% superior ao de 2000, socorrido com o dinheiro do estado. E fica caluniando o Lula de fazer maracutaia, por que atualmente não recebem dinheiro fácil. Quem sabe os Marinhos com mais de 30 bilhões de dólares não usam do próprio bolso.

  5. Consultei os búzios e acho que sei qual a desculpa que a Globo arrumará para explicar as demissões. O problema é a crise do Brasil !
    Esta lógica vale para a Globo. Claro ! Uma vez o país em crise, a empresa não é uma ilha e, consequentemente, sente os seus reflexos.
    Por outro lado, esta mesma lógica não vale para explicar a crise brasileira dentro de um contexto globalizado. O pior é que esta lógica mambembe virou regra.
    O dinheiro para o PSDB é bão, o do PT não.
    O domínio do fato vale para o PT, para o PSDB não.
    O mensalão do PT foi para o STF, o mensalão do PSDB não.
    A delação premiada vale para o PT, para o PSDB não.
    A bolinha de papel virou bala de canhão, a bomba caseira virou agrião.
    …..sim…..não
    …..sim…..não

    Deixe-me pensar…minha lógica não segue o padrão Pigal mas…como o PIG, se esfarelando em uma crise espiral, consegue achar tempo e assunto para criticar, 24 hs por dia, a complexa condução administrativa de um país. Será que não seria justamente por isso? Afinal, não sobra nem um mísero minuto para se dedicar a sua própria administração.

  6. Observando o que vem ocorrendo na era da internet não tem como não vislumbrar a crise p/ mídia tradicional. É a tal história se ficar o bixo pega se correr o bixo come. A Internet vai acabar com jornal publicado isto é cristalino como água. A TV tradicional também vai acabar e mesmo a cabo. Atualmente o Netflix, que tem mais de 60 milhões de assinantes no mundo, e afirma que vai focar em conteúdo exclusivo. O Hulu, concorrente do Netflix, vai ficar com o catálogo da Epix (filmes e series de sucesso mundial). Tudo por 20,00. Quem é que vai assistir esse besteirol da TV global?

  7. Ao vivo: Acompanhe o lançamento do Memorial da Democracia

    O ex-presidente Lula inaugura um acervo online de textos, fotos e vídeos das lutas pela democracia ao longo da história do Brasil

    http://www.pt.org.br/ao-vivo-acompanhe-o-lancamento-do-memorial-da-democracia/

    Ao vivo: Acompanhe o lançamento do Memorial da Democracia

    O ex-presidente Lula inaugura um acervo online de textos, fotos e vídeos das lutas pela democracia ao longo da história do Brasil

  8. e aqui

    http://tvt.org.br/

    Ao vivo: Acompanhe o lançamento do Memorial da Democracia

    O ex-presidente Lula inaugura um acervo online de textos, fotos e vídeos das lutas pela democracia ao longo da história do Brasil

  9. É uma pena, tantas demissões nestes dias. Mas o que se pode esperar de um grupo empresarial que tem Miriam Leitão, Sardemberg, Merval, Bonner, Kamel Diego Escosteguy e outras pérolas, que só sabem criticar os outros?
    Deus castiga!

  10. Brito, mudança de era, de paradigmas, de linguagem. Muita coisa movediça. Lamento a perda do emprego de quem quer que seja, mas realmente ganhar a vida na base do sim-senhô cansa a alma, portanto espero que seus colegas possam conseguir trabalhar de agora em diante com liberdade. Que eles venham engrossar os blogs ‘sujos’, ‘malditos’, ‘vira-latas’, que têm tanta dificuldade de sobreviver quanto nós.

  11. :

    .:. 19:13 Ouvindo A Voz do Bra?S?il e postando: Valeu a pena ! ! ! ! Dá gosto ser o cantor do seu povo ! ! ! !
    … .
    * 1 * 2 * 13 * 4
    *************
    … .
    Uns poemas (acrósticos) de autoria de Cláudio Carvalho Fernandes (poeta anarcoexistencialista) para Dilma Rousseff, a depenadora de tucanus, e Lula, o comedor de tucanus :
    .:.
    D uas vezes contra o espectro atro
    I nscreveu já seu nome na história
    L utando contra mídia venal & Cia e seu teatro
    M ulher forte de mais uma vitória
    A deixar tucanus na ó-posição de quatro ! ! ! ! de quatro ! ! ! ! de quatro ! ! ! ! DE QUATRO ! ! ! !
    .:.
    D ilma, coração valente,
    I magem de todo o bem em que se sente
    L ivre o amor maior pela brasileira gente
    M uito humana e inteligente
    A PresidentA do nosso Lula 2018 de novo Presidente
    .:.
    D ignidade
    I ntegridade
    L iberdade
    M aturidade
    A mabilidade
    .:.
    D ilma, de uma nação vitoriosa
    I lustre brasileira lutadora
    L uz de dedicação esplendorosa
    M otivando a pátria gloriosa
    A uma luta digna, vencedora.
    ::
    L uz do povo brasileiro
    U m digno e fiel lutador
    L astreando com real valor
    A honra do Brasil inteiro.
    .:.
    D ilma, os conscientes te agradecem
    I nfinitamente por tua digna história
    L utando por todos que reconhecem
    M ais a vida no bem comum de fazer na glória
    A grande pátria-nação que os brasileiros merecem
    .:.
    D ilma, coração valente,
    I sso que a gente sente
    L ibertar o ser plenamente
    M antendo sempre presente
    A humanidade inteligente
    .:.
    D ilma deu mais uma surra na ó-posição
    I gual ao que Lula também já fez
    L ivrando o povo brasileiro da infelicitação
    M ostrando que o Brasil tem voz e vez
    A o mundo todo dignificando sua população
    .:.
    L ula livrou 40 milhões da pobreza
    U m feito memorável sem precedentes
    L utando contra a mídia venal, teve a certeza
    A bsoluta de estar ao lado dos brasileiros conscientes
    .:.
    D ilmais deu mais uma surra na ó-posição
    I nstalada na grande mídia venal
    L ula teve a sua participação
    M andando o pig & Cia ao
    A bismo na quarta eleição
    .:.
    D oar-se a seu povo é exemplo dignificante
    I luminando a vida de outros seres lhanos
    L ouve-se quem bem merece que se cante
    M aravilhas de se acreditar nos humanos
    A promover em cada ser o mais do ser em ser interessante
    .:.
    L ivrando da pobreza absoluta 40 milhões de brasileiros
    U m feito sem igual que por si só já bastaria
    L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
    A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia
    … .
    * * * * * * * * * * * * *
    Ley de Medios Já ! ! ! ! Lula 2018 neles ! ! ! !
    ** * * * * * * * * * * * *

    Valeu a pena ! ! ! ! Dá gosto ser o cantor do seu povo ! ! ! !

  12. KKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!
    Os eleitores do PSDB ficam loucos de raiva, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!! Bicudo pediu impítima? Ou será pipitima? Agora tá todo mundo vendo na internet quem realmente são os políticos e eleitores do PSDB. Todos desajustados. No RIO DE JANEIRO, terra maravilhosa, ovacionamos Lula e Mujica. Logo, nós expulsaremos todo o PSDB do Rio de Janeiro. Colocar para correr para SP. Aos poucos a mídia da oposição seca, morre, ficam desempregados. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas acho que estes profissionais não ficaram desempregados, pois se montarem um grupo teatral, poderão fazer peças para os eleitores do PSDB. Tipo Aécio no País da Maravilha Branca. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKk!!!!!!!!!

  13. PRODUÇÃO NO PRÉ-SAL ULTRAPASSA 1 MILHÃO DE BARRIS POR DIA

    Em julho, a produção do pré-sal, oriunda de 54 poços, foi de 812,1 mil barris por dia de petróleo e 30,5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural, totalizando pouco mais de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia; houve aumento de 8,4% em relação ao mês anterior, informou nesta terça (1º) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP)

    1 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 19:53

    Douglas Correa, da Agência Brasil

    (…)

    FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/economia/195220/Produ%C3%A7%C3%A3o-no-pr%C3%A9-sal-ultrapassa-1-milh%C3%A3o-de-barris-por-dia.htm

    Viva o [verdadeiro] Brasil!
    Viva o verdadeiro, honesto, leal, sapiente, generoso e impávido povo trabalhador brasileiro!

    Messias Franca de Macedo
    Feira de Santana, Bahia
    BRASIL – em homenagem ao [eterno] presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff ‘A Magnífica’, eita ‘Coração Valente’, siô!
    “‘Nois’ enverga, mas não quebra!”

  14. Pelo menos uma entrevista interessante na Folha de São Paulo: Classe média é ingrata e não será leal a outros governos, diz sociólogo
    ELEONORA DE LUCENA
    DE SÃO PAULO

    30/08/2015 16h36
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    A nova classe média, que foi integrada pelo consumo, é ingrata a quem lhe dá condições para ascender. Tende a se identificar com os que estão acima dela e não com os que estão abaixo. Também não será leal a outros governos. Para isso, terá que ser intimidada.

    O alerta é do sociólogo e economista português Boaventura Sousa Santos, 74. Segundo ele, se houver um ciclo político pós-PT, “ele será dominado pela inculcação do medo que leve à resignação das classes médias e populares”.

    Na análise do professor da Universidade de Coimbra, há também “o interesse do ‘big brother’ em que desapareçam de cena governos nacionalistas que retiram ao mercado internacional recursos, como o Pré-Sal e a Petrobrás. Está em curso na região um novo intervencionismo ‘soft'”.

    Nesta entrevista à Folha, concedida por e-mail, ele trata da ascensão de movimentos políticos na Grécia e na Espanha e os rumos da esquerda. “Não estamos em tempo de coerência política. Veja o caso do Syriza. A crise sempre desacreditará a esquerda enquanto esta não aprender a desacreditar a crise”, afirma

    Fabio Braga/Folhapress
    O sociólogo português Boaventura Souza Santos em 2013, durante entrevista
    O sociólogo português Boaventura Souza Santos em 2013, durante entrevista
    Folha – Como vai a esquerda pelo mundo? Está em avanço ou em retrocesso?

    Boaventura de Sousa Santos – O mundo é demasiado vasto para que possamos ter uma ideia global de como vai a esquerda, até porque em muitas regiões do mundo as clivagens sociais e políticas são definidas em dicotomias distintas da dicotomia esquerda/direita. Por exemplo, secular/religioso, cristão/ muçulmano, hindu/muçulmano, branco/negro, etnicamente X/etnicamente Y.

    Na medida em que a dicotomia está presente, a definição dos seus termos é, em parte, contextual. Nos EUA, o partido democrático é um partido de esquerda mas na Europa ou América Latina seria considerado um partido de direita. O partido comunista chinês é de esquerda? Com estas cautelas, há que começar por perguntar: o que é a esquerda?

    À escala do mundo só é possível uma resposta minimalista. Esquerda é toda a posição política que promove todos (ou a grande maioria dos) seguintes objetivos: luta contra a desigualdade e a discriminação sociais, por via de uma articulação virtuosa entre o valor da liberdade e o valor da igualdade; defesa forte do pluralismo, tanto nos mídia como na economia, na educação e na cultura; democratização do Estado por via de valores republicanos, participação cidadã e independência das instituições, em especial, do sistema judicial; luta pela memória e pela reparação dos que sofreram (e sofrem) formas violentas de opressão; defesa de uma concepção forte de opinião pública, que expresse de modo equilibrado a diversidade de opiniões; defesa da soberania nacional e da soberania nacional de outros países; resolução pacífica dos conflitos internos e internacionais.

    Se esta definição, apesar de minimalista, parecer maximalista, isso é já parte da minha resposta. Ou seja, olhando mundo à nossa volta, um mundo de concentração da riqueza a um nível sem precedentes, de corrução endémica, de racismo e de xenofobia, de esvaziamento da democracia por via da privatização do Estado por parte de interesses poderosos, de concentração midiática, de guerras internacionais e civis de alta e de baixa intensidade, não podemos deixar de concluir que um mundo assim não é um mundo cuidado pela esquerda. É, de fato, um retrato cruel da crise da esquerda.

    A crise de 2008 e as medidas de austeridade impulsionaram movimentos de protesto em vários países, como na Espanha e na Grécia. Há uma leitura global para isso? A esquerda soube aproveitar o tempo de crise capitalista?

    As medidas de austeridade são o que fora da Europa sempre se chamou política de ajuste estrutural, uma política de que sempre foi campeão o FMI. São sempre medidas de privatização e de concentração da riqueza nacional, de redução das políticas sociais (saúde, educação, pensões etc.) e de diminuição do peso do Estado na economia e na sociedade. Tem-se chamado, a essa política, neoliberalismo.

    Essa política foi seguida nos últimos 30 anos em muitas partes do mundo e, portanto, muito antes da crise de 2008. A crise de 2008 foi o resultado da desregulação do capital financeiro na década anterior. E o mais dramático foi que a crise foi ‘resolvida’ por quem a causou. Daí a situação de volatilidade financeira permanente em que nos encontramos. Na Europa, a crise de 2008 acabou por ser o pretexto para estender a política neoliberal a uma das regiões mais ricas do mundo.

    Os movimentos de protesto foram muito distintos mas tiveram, em geral, duas bandeiras: a luta contra a concentração da riqueza (os 99% contra os 1%) e pela democracia real (no caso da Primavera Árabe era luta pela democracia sem adjetivos). Essas duas bandeiras estão inscritas no DNA da esquerda. Mas, na Europa, a esquerda social-democrática (partidos socialistas e partido trabalhista inglês) tinham-se rendido há muito ao neoliberalismo através do que se chamou a terceira via, que, de fato, foi um beco sem saída.

    Nessa esquerda não havia alternativa à resolução da crise financeira mesmo que tivesse havido poder para a impor. Na esquerda-à-esquerda houve novidades. Tanto na Grécia como na Espanha houve vitórias importantes, a emergência do Syriza e do Podemos.

    Mas o problema maior foi que a esquerda europeia no seu conjunto não se deu conta de que o Banco Central Europeu e o euro tinham sido criados segundo o mais puro catecismo neoliberal. Disso resultou que as instituições europeias são hoje mais neoliberais que os diferentes Estados europeus e têm um poder enorme para intervir neles, sobretudo nos mais pequenos e periféricos.

    Na América Latina, houve avanços nos partidos de esquerda no início do século 21. Esse movimento continua? Parou? Há retrocesso?

    Foi uma das novidades políticas mais brilhantes do século 21, num momento em que havia poucas boas notícias no mundo. Teve causas e perfis diferentes nos vários países mas, em geral, os partidos ou movimentos de esquerda chegaram ao poder na base de fortes mobilizações populares contra as políticas neoliberais. Essa energia progressista tinha sido anunciada com muito vigor no primeiro Fórum Social Mundial em janeiro de 2001.

    Os avanços consistiram, por um lado, na ampliação da classe política governante que passou a incluir membros das classes populares e dos movimentos sociais e sindicais (incluindo presidentes, no caso do Brasil, um operário; no caso da Bolívia, um indígena).

    E, por outro lado, em combinar a aceitação das regras impostas pela ordem econômica global com políticas sociais compensatórias (na maioria não universais) que permitiram significativa redistribuição social e que, no conjunto, foram designadas como social democracia à latino-americana.

    A ordem econômica global impunha na América Latina um novo extrativismo, uma exploração sem precedentes dos recursos naturais (agricultura industrial, exploração petrolífera e mineira, megaprojetos hidrelétricos e de outras infraestruturas) impulsionado pelo crescimento assombroso da China.

    O Estado acumulou recursos (tal como o sistema bancário acumulou lucros), o que permitiu uma redistribuição social significativa e uma grande ampliação do sistema educativo superior. Destes dois pilares surgiu uma nova classe média ansiosa por se integrar na sociedade de consumo.

    Qual sua avaliação sobre a grave crise que ocorre no Brasil? Por que a base política da presidente se erodiu tão rapidamente? Há chance de impeachment?

    No momento em que o crescimento da China começou a abrandar, este modelo socioeconómico começou a colapsar. Para manter os níveis de redistribuição social seria necessário tributar os mais ricos e isso não é possível em contexto de neoliberalismo. As novas classes médias foram integradas pelo consumo e não pela cidadania.

    E pelo tipo de consumo que era próprio das velhas classes médias e altas. Não se pensou em novos tipos de consumo (transportes públicos) nem em qualificar os serviços públicos que tinham agora mais clientes mais exigentes (dos serviços de saúde às universidades).

    A nova classe média é tipicamente ingrata a quem lhe dá condições para ascender ao novo estatuto e tende a identificar-se com os que estão acima dela e não com os que estão abaixo.

    Os que estão acima são os que sempre olharam com suspeita os governos progressistas. Além de tudo, estes governos traziam uma nova classe política feita de gente de baixo que a gente de cima, numa sociedade classista e cheia de ranço colonial, olhava e olha com desprezo e até com repugnância.

    Acontece que esta nova classe política, também ela própria se quis identificar com a gente de cima que sempre tinha dominado o poder político durante muitas décadas. Isto significava governar à moda antiga para atingir objetivos novos. Ou seja, tirar da governação os mesmos benefícios que a gente de cima sempre tinha tirado, quer por vias legais, quer por vias ilegais.

    Foi, em parte, por isso que nunca se fez a anunciada reforma política. Foi uma tentação fatal porque os mesmos atos de governo, os mesmos erros e as mesmas ilegalidades têm consequências diferentes quando são cometidos por grupos sociais diferentes. Não há hoje mais corrução no Brasil que nos períodos anteriores; ela é apenas mais visível porque há mais interesse político em expô-la.

    E não esqueçamos a dimensão externa da crise política: o interesse do ‘big brother’ em que desapareçam de cena governos nacionalistas que retiram ao mercado internacional recursos, como o Pré-Sal e a Petrobras. Está em curso na região um novo intervencionismo ‘soft’ de que iremos ter mais notícias.

    Se houver impeachment será um enorme retrocesso para o processo democrático brasileiro, pelo menos até se provar algum ato ilegal em que a presidente esteja envolvida, o que até agora não aconteceu.

    Eleita, a presidente adotou medidas contra teses da esquerda e desagradou boa parcela de seus apoiadores nesse campo. O que Dilma deveria fazer para recompor sua base? A crise desacreditou a esquerda?

    Não estamos em tempo de coerência política. Veja o caso do Syriza. A crise sempre desacreditará a esquerda enquanto esta não aprender a desacreditar a crise. Em momentos de crise, o número de bilionários continua a crescer, o que significa que a crise não é de todos e que, pelo contrário, há muitos que enriquecem com ela.

    No caso do Brasil, tenho pena que a presidente não tenha avançado com a reforma política, o que implicava uma assembleia constituinte originária. Seria uma aposta difícil, mas era o único tema em que a sua base podia ir buscar apoios mais amplos.

    Seria o começo da resolução de todos os outros problemas, num país em que o poder do proselitismo endinheirado capturou a grande sede do poder dos cidadãos, o Congresso. Sem essa reforma política não será possível uma política de esquerda sustentável.

    Muitos afirmam que o real alvo dessa crise política é o ex-presidente Lula. O sr. concorda com essa visão?

    Concordo mas com mágoa. O fato de o PT precisar do regresso de Lula da Silva é a prova de que não pôde ou não soube renovar-se. O presidente Lula tem já assegurado um lugar destacado na história contemporânea
    do Brasil.

    Muitas análises consideram que o PT deve perder a eleição em 2018 em razão dos escândalos de corrupção e da forte recessão na economia. Qual seu ponto de vista?

    Normalmente essas análises visam criar profecias auto-realizadas. A corrupção, venha donde venha, deve ser punida. A recessão econômica não é culpa do governo, tal como o boom anterior não foi criado por ele. A seu crédito está apenas o modo como o utilizou para realizar uma redistribuição social que transformou o país para sempre.

    A nova classe média, que agora se mostra ingrata ao PT, não será mais leal durante muito tempo a outros governos. Para que seja leal terá de ser intimidada.

    Penso que se houver a curto prazo um ciclo político pós-PT, ele será dominado pela inculcação do medo que leve à resignação das classes médias e populares perante uma quebra do nível de vida que de todos modos vai ocorrer.

    Qual o futuro do PT? Alguns defendem que seria necessário refazer as alianças à esquerda para discutir um novo projeto. Estaria no horizonte a formação de um novo partido ou partidos de esquerda, como ocorreu, por exemplo, na Espanha?

    Costumo dizer que os sociólogos são bons a prever o passado. As transformações a realizar são de tal ordem que a questão do PT do futuro, ou, se quiser, da esquerda do futuro, implica a questão de saber se há ou não futuro para o PT ou para a esquerda. Na Europa estamos a aprender pela via mais dolorosa que o que se não aprendeu tranquilamente em tempos de bonança tem de se aprender aos solavancos em tempos de borrasca.

    Há paralelos entre o PT e o PSOE? Ou entre o PT e o partido socialista francês?

    São histórias muito diferentes que enigmaticamente conduzem a presentes com fortes semelhanças. O PT nasceu de movimentos sociais de base popular com a radicalidade discursiva da esquerda-à-esquerda.

    Mas com um programa moderado, reverente perante o FMI, e consistindo numa política social-democrática menos universal que a europeia, mas igualmente informada pela ideia de maximizar a justiça social permitida pelo capitalismo.

    O PT o PSOE e o PS francês vivem o dilema de já não existir o capitalismo em que podiam florescer. O neoliberalismo transformou a desigualdade social e o individualismo em suprema virtude (o empreendedorismo) e não se sente ameaçado por nenhuma força social que o obrigue a agir de outro modo.

    Na Grécia, o Syriza venceu as eleições, o plebiscito, mas acabou cedendo à troica. Quais os reflexos em outros partidos de esquerda? Eles podem ficar desacreditados com a ideia de que não conseguem levar adiante uma alternativa?

    O que se passa na Grécia é um desafio total à imaginação política, particularmente à de esquerda. Nas próximas eleições (20 de setembro) o Syriza vai a votos com um programa que é o oposto do aprovado no último congresso do partido. É um programa de austeridade e não de anti-austeridade e é a tradução em grego do memorandum da troika.

    Os dissidentes do Syriza criaram um novo partido que vai a votos com o antigo programa do Syriza, acrescentado da proposta da saída do euro e regresso ao dracma. É provável que o Syriza ganhe as eleições. [Alexis] Tsipras pensa mesmo na maioria absoluta, para o que lhe basta ter (segundo o sistema eleitoral grego) cerca de 40% dos votos.

    Será imaginável uma aliança pós-eleitoral entre o Syriza e os dissidentes do Syriza? Decididamente a realidade política corre hoje muito mais rápido que a análise política, pelo menos na Europa.

    Na Espanha, o Podemos surgiu com uma nova força. O partido é uma referência para o movimento de esquerda no mundo de hoje? Por quê?

    O Podemos é o partido que na Europa melhor interpretou a crise da democracia esvaziada de cidadania e ocupada por antidemocratas, plutocratas (detentores de dinheiro) e até cleptocratas (ladrões). Fê-lo trazendo para a política os cidadãos que a teoria política (e a esquerda em particular) considerava despolitizados porque não participantes nem em movimentos sociais nem em partidos.

    Ora, a grande maioria da população não participa nem nuns nem noutros. E, por vezes, nem sequer vota. Mas isso não significa que não acompanhe a política nacional e não se revolte com a injustiça e a corrupção. Só não vê meios credíveis e eficazes para participar. O Podemos ofereceu-lhe esse meio.

    O que o Podemos tem de diferente em relação a partidos de esquerda tradicionais? Como ele deve ser definido? É de esquerda, de centro-esquerda, moderado?

    O Podemos é até agora a melhor formulação do que pode ser a esquerda no século 21. Tem de passar por uma reinvenção da esquerda. Esse objetivo faz com que o Podemos nem sequer se reveja na dicotomia esquerda/direita tal como está a esquerda hoje. Mas sabe bem o que é a direita e sabe que a direita está bem porque está no poder e porque tem a seu favor o capitalismo financeiro mundial –o que lhe dá um capital de confiança que nenhum grupo social lhe poderia dar. Nem sequer a burguesia nacional, se é que esse conceito ainda hoje tem validade, dada a internacionalização profunda do capitalismo.

    Podemos é o primeiro partido a assumir o que muitos teóricos (eu próprio incluído) defenderam: para levar a sério a articulação entre democracia representativa e democracia participativa, os partidos de esquerda têm de a adotar no seu seio.

    A escolha dos programas e dos candidatos tem de ser feita pelos mecanismos de democracia participativa, pelos cidadãos organizados em círculos temáticos ou regionais. Quem ainda se lembra do orçamento participativo de Porto Alegre sabe o que isso é. Foi, aliás, aqui que o Podemos bebeu a inspiração.

    O Podemos poderá unificar as esquerdas na Espanha? Quais são os obstáculos para que isso ocorra? E a Esquerda Unida?

    Dificilmente, ainda que algum progresso interessante esteja a ser feito neste domínio ao nível das regiões autônomas. Podemos tem feito um esforço notável para essa unificação, o que nem sempre é fácil por ser “a força de câmbio” e não querer perder a sua identidade no meio de outras (velhas) esquerdas. É ainda muito grande o peso da história na esquerda europeia e há muito individualismo egocêntrico disfarçado de diferença política.

    A Esquerda Unida saiu derrotada das últimas eleições e busca reconstruir-se numa nova frente popular. Tem um jovem líder que podia estar no Podemos e a quem, aliás, Pablo Iglesias propôs que integrasse a sua lista de candidatos. O aparelho do partido é velho e não responde ao anseio de renovação do seu líder. Mas a Esquerda Unida tem na base muitos quadros que podiam ser preciosos para a implantação sustentável do Podemos.

    Quais as semelhanças e diferenças entre o Podemos e o Syriza?

    O Podemos é uma emergência dos movimentos dos indignados enquanto o Syriza tem raízes na esquerda mais tradicional. O Syriza nunca ousaria problematizar se é ou não de esquerda. Mas ambos são o resultado de uma conglomeração de forças políticas e movimentos sociais. Ambos viram bem a ameaça do neoliberalismo na Europa e ambos estão a mostrar grande flexibilidade.

    Até onde pode ir essa flexibilidade é uma incógnita. Por agora, o Podemos não vai mais longe do que se abrir a uma coligação com o PSOE. Penso que nunca iria tão longe quanto o Syriza na aceitação da austeridade europeia, não só porque a situação na Espanha é muito diferente da grega, como, sobretudo, porque os círculos de cidadãos não permitiriam.

    Um desgaste maior do Syriza poderia atingir o Podemos?

    Sim. Não diretamente, mas através do peso que terá na opinião pública uma eventual derrota incondicional do Syriza. O objetivo das instituições europeias é liquidar qualquer hipótese de contestação à política de austeridade. Se o Podemos se sair bem nas próximas eleições significará que os cidadãos não se estão a deixar intimidar pela ortodoxia de Bruxelas.

    *Desde a queda do Muro de Berlin (antes, talvez), as esquerdas no mundo parecem desnorteadas. O sr. concorda com essa afirmação? Como explicar esse processo? Ele está sendo modificado agora? As esquerdas
    estão perdendo uma oportunidade histórica?*

    Ao longo do século passado, a esquerda foi constituída pela crença de que havia uma alternativa ao capitalismo. Todas as divisões dentro da esquerda (revolução/reformismo, luta armada/luta pacifica, comunismo/socialismo democrático) partiram da possibilidade dessa alternativa.

    Quando, a partir da década de 1960, a social-democracia abandonou a ideia de alternativa ao capitalismo, a sua política passou a centrar-se na ideia de regulação e tributação do capitalismo para permitir a paz social e garantir a justiça social possível através do estado de bem-estar.

    A existência do Bloco de Leste fez com que o capitalismo aceitasse o compromisso. Findo o Bloco, não havia mais razões para aceitar limitações tão drásticas à remuneração do capital. A queda de Muro de Berlim não foi apenas o fim do comunismo. Foi também o fim da social-democracia.

    Em debate na Espanha, o sr. falou de um movimento ainda embrionário em Portugal. O que ocorre?

    Está em curso uma reorganização das forças de esquerda que eventualmente só dará frutos daqui a vários anos. No presente período eleitoral (eleições em 4 de outubro) serão todas punidas (incluindo eventualmente o PS) com a possível exceção do Partido Comunista Português, que tem um eleitorado leal e absorve como nenhum outro o voto de protesto contra a injustiça social.

    A punição da esquerda deve-se a três fatores: o PS não se propõe realizar uma política muito diferente da seguida pela coligação de direita no poder; a esquerda-à-esquerda está, por agora, mais dividida que nunca; o governo e as instituições europeias conseguiram convencer os portugueses de que o pior já passou e que a política de austeridade deu certo.

    Por agora, Portugal é um caso de sucesso. Sobre o que virá depois das eleições nada se diz.

  15. O MERDAL “dos Marín(hos)” do FIFALÃO colocou a bunda de fora!
    ENTENDA

    No afã insano e aloprado de potencializar criminosamente as acusações contra o José Dirceu, o *Merdal Pereira vomitou a bilirrubina do ódio figadal: “As notícias que se tem é de que foram mobilizados militantes pagos para atuar na internet, defendendo o José Dirceu! A mesma prática que foi executada durante o julgamento da Ação Penal 470! Inclusive, sobre estas ações, já foram encontradas provas de que um blogue ‘sujo’ recebeu R$ 120.000,00 para realizar o jogo sujo!”
    *edição de hoje (01/09/2015) do “telejornal” ‘Jornal das Dez’ [GloboNews]

    NOTA FÚNEBRE:
    O Merdal Pereira – “tabelando com as ‘penas amestradas’ ‘Renata Não Presta’ &$ Gerson ‘Cama(a)arrotti'” – terá que ser processado!
    Imediatamente!

    ALVÍSSARAS:
    os blogues ‘sujos’ estão deixando em polvorosa os(as) [pseudo]jornalistas sabujos dos patrões barões da grande MÉRDIA nativa!
    E o medo de tomarem um chute na bunda da demissão sumária – por incompetência e exercício do ofício de abjetos e deploráveis lacaios a $oldo IMUNDO!…

    República Desses(as) Bananas [pseudo]jornalistas Arrivistas, Terroristas, Assassinos [seletivos] de reputações, Nazifascistas, Terroristas de meia tigela, Corruptos até a enésima geração
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

  16. FB, minha mãe no alto dos seus 95 anos sempre orientou os filhos para não compactuarem com a MENTIRA. Ou seja: ela ESTEVE, ESTÁ e sempre ESTARÁ correta.
    Sinceramente, concordo em 110% com a colocação do Claudio Cordovil.
    Aliás…
    Lembra das TRES PENEIRAS do filósofo Socrates!…pois é…!!!
    …pra quem não conhece, segue
    Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.
    Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
    – O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
    – Três peneiras? – indagou o rapaz.
    – Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
    Arremata Sócrates:
    – Se passou pelas três peneiras, conte !!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.
    Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

  17. “Vivemos, como se diz nas Alagoas de meus avós paternos, “da mão para a boca”.””

    Antes de comentar, vou fazer uma brincadeira, Brito, se permitir, rs, mas Alagoas era, até D. Pedrito I (o pulha de Portugal) fatiar Pernambuco em vários pedaços depois de 1817 (não lembro mas a data da fatia, mas foi entre a Revolução Pernambucana de 1817 que cria a bandeira atual do Estado, embora a primeira tivesse três estrelas e não uma, pra representar as outras províncias que aderiram eu acho, até a Confederação do Equador, nova tentativa de chutar o traseiro da Coroa Portuguesa e que falhou, senão não estaríamos hoje aturando esses entreguistas no país), Alagoas era território de PE e foi desmembrado como represália pela revolução que primeiro se separou do território colônia de Portugal mas a revolução pretendia chegar ao resto do país expulsando a coroa (e sempre é retratado como “movimento separatista” sem ser). Ou seja, todos os alagoanos têm sangue de pernambucanos, vc é da grande família pernambucana tb, o nativismo tá no sangue (obviamente é uma alegoria de linguagem pois isso não é genético, mas serve como simbolismo).

    Em todo caso, eu não consigo sentir pena ou compaixão desse povo, eles são parte do inimigo do povo do país e do país.

    Graças a essa gente, capacho dos Marinho, dos Marinho, Moro e cia milhares de brasileiros foram parar no olho da rua e estão a ver navios hoje por conta desse bando de irresponsáveis e pulhas.

    Pra Globo afundar, não se afunda sem que haja uma crise monstra na mesma e demissões tb, é parte do processo. Surgirá disso uma mídia mais plural e novos espaços de contratação pra gente democrata e séria que não comungue dos valores do Marinho, Veja e cia.

    Não consigo me solidarizar com esse pessoal da Globo, embora sei que alguns deles não comunguem da ideologia dos patrões, a esses eu me solidarizo, aos capachos em hipótese alguma eu estendo a mão. Inimigo é inimigo, eles fizeram uma opção e agora colhem o que plantaram (ódio e achincalhe do país).

  18. Se não me falha a memória, Será com esse! o quinquagésimo pedido impetrado na Câmara Federal, de impeachment! Vamos ter que nos acostumar com esses esclerosados.

  19. Olha a crise aí, gente!

    Novo Jornal, edição de 29/08, fez um excelente levantamento sobre os 50 maiores salários do Rio Grande do Norte, pagos no mês de junho e a partir das listas divulgadas pelos próprios órgãos públicos.
    Uma das maiores curiosidades do RN está desfeita.
    Até agora o ranking é esse:
    1º Maria do Perpétuo Socorro W. de Castro R$ 179.887,06 Desembargadora federal – TRT;
    2º José Barbosa Filho R$ 165.992,93 Desembargador federal – TRT;
    3º Maria de Lourdes Alves Leite R$ 164.433,67 Desembargadora federal – TRT;
    4º José Dario de Aguiar Filho R$ 162.349,34 Juiz titular – TRT
    5º Antônio Soares Carneiro R$ 156.779,36 Juiz titular – TRT
    6º Dilner Nogueira dos Santos R$ 154.746,25 titular – TRT
    7º Bento Herculano Duarte Neto R$ 154.746,25 titular – TRT
    8º Lygia Maria de Godoy Batista Cavalcanti $ 153.478,51 Juiz titular – TRT
    9º Simone Medeiros Jalil R$ 152.902,46 titular – TRT
    10º Isaura Maria Barbalho Simonetti R$ 152.845,89 titular – TRT
    11º Luciano Athayde Chaves R$ 150.785,46 titular – TRT
    12º Tereza Cristina de Assis Carvalho R$ 149.561,65 titular – TRT
    13º Ronaldo Medeiros de Souza R$ 147.049,48 Desembargador Federal – TRT
    14º Hermann de Araújo Hackradt R$ 146.092,45 titular – TRT
    15º Ricardo Luís Espíndola Borges R$ 145.323,49 titular – TRT
    16º Joseane Dantas dos Santos R$ 145.323,49 titular – TRT
    17º Alexandre Érico Alves da Silva R$ 144.357,03 Juiz substituto – TRT
    18º Joanílson de Paula Rêgo Júnior R$ 143.391,26 Juiz titular – TRT
    19ª Zéu Palmeira Sobrinho R$ 140.240,71 Juiz titular – TRT
    20º Elizabeth Florentino Gabriel de Almeida R$ 138.153,28 Juiz titular – TRT
    21º Eridson João Fernandes Medeiros R$ 137.875,57 Desembargador federal – TRT
    22º Maria Auxiliadora Barros de Medeiros Rodrigues R$ 137.686,24 Juíza titular – TRT
    23º Manoel Medeiros Soares de Sousa R$ 137.191,03 Juiz titular – TRT
    24º Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes R$ 134.636,58 Juiz titular – TRT
    25º Daniela Lustoza Marques de Souza Chaves R$ 97.612,08 Juiz substituto – TRT
    26º Expedito Ferreira de Souza R$ 53.316,67 Desembaargador – TJ
    27º Kolberg Luna Freire Lima R$ 52.312,17 Técnico judiciário – TRT
    28º Clistenes Mikael de Lima Gadelha R$ 50.690,33 Procurador da Defensoria Pública
    29º Alceu José Cicco R$ 48.366,98 Juiz terceira entrância – TJ
    30º Ana Nery Lins de Oliveira Cruz R$ 45.249,85 Juiz terceira entrância – TJ
    31º Elaine Cardoso Teixeira R$ 45.032,78 Promotora – 3ª entrância -MP
    32º Andrea Regia Leite Hol Mace Heronilde R$ 45.032,29 Juiz terceira entrância – TJ
    33º Pedro de Souto R$ 44.976,51 Procurador de Justiça – MP
    34º Francisca Maria Tereza Maia Diógenes R$ 44.828,38 Juiz terceira entrância – TJ
    35º Paulo Roberto Dantas de Souza Leão R$ 44.815,73 Procurador de Justiça – MP
    36º Yvellise Nery da Costa R$ 44.051,92 Promotora de 3ª entrância – MP
    37º Virginia Rego Bezerra R$ 43.802,79 Juíza terceira entrância – TJ
    38º Fatima Maria Costa Soares de Lima R$ 42.643,89 Juiz terceira entrância – TJ
    39º Fabiana Fernandes Pinheiros de Medeiros Rodrigues R$ 42.408,02 Procuradora do Estado
    40º Carlos Adel Teixeira de Souza R$ 42.050,58 Juiz terceira entrância – TJ
    41º Severina Leno Ricardo da rocha R$ 41.390,15 Juiz de terceira entrância – TJ
    42º Ada Maria da Cunha Galvão R$ 41.037,65 Juíza terceira entrância – TJ
    43º Sandra Simões de Souza D Elali R$ 40.820,59 Juiz terceira entrância – TJ
    44º Francisco de Assis B Queiroz e Silva R$ 40.643,39 Juiz terceira entrância – TJ
    45º Ana Cláudia Secundo da Luz e Lemos R$ 40.486,31 Juiz terceira entrância – TJ
    Tareja Christina Seabra de Freitas Medeiros R$ 40.454,15 Juíza titular – TRT
    46º Sulamita Bezerra Pacheco de Carvalho R$ 40.426,33 Juiz terceira entrância – TJ
    47º Pedro Cordeiro Júnior R$ 40.402,26 Juiz terceira entrância – TJ
    48º Augusto de Macedo Tonel R$ 40.402,18 Promotor terceira entrância – MP
    49º Ana Cláudia Florencio Waick R$ 40.185,16 Juiz terceira entrância – TJ
    50º Rossana Maria Andrade de Paiva R$ 40.185,15 Juiz terceira entrância – TJ.
    Olha a crise aí

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