Peço perdão a todos os que estão sofrendo com a demora na liberação de comentários. Desde ontem, alguma estranha coincidência decuplicou o número de bolsonaristas na área de comentários e não tenho tempo físico de dar conta de tudo.
Não sei se pelo comentário que fiz sobre a ameaça de destino inglório do Exército brasileiro ao correr o risco de ser posto às ordens de uma versão tupiniquim de um certo cabo da Bavária.
Ou de vestirem a carapuça, ofendido, por eu dizer que este sujeito comanda uma legião de imbecis na rede, porque eu teria dito “imbecis”com ódio. Esclareço logo que não, que foi com piedade, por sua pouca capacidade de raciocinar e pela agressividade própria de quem não tem argumentos, apenas rosnares.
Sirvo-me da descrição do escritor Luiz Rufatto, no El País, para definir o que sejam:
O Dicionário Houaiss consigna imbecil como “aquele que denota inteligência curta, pouco juízo, idiota, tolo”. Não há outra palavra possível para descrever o grupo, pequeno é verdade, de pessoas que vão à rua para pedir a volta dos militares ao poder. Ignorantes os seguidores, obscurantistas as lideranças, uns e outros desejam impingir a imagem de que os 21 anos de ditadura foram um período de estabilidade política, econômica e social. Não dizem que a cada sucessão brigavam entre si os vários setores das Forças Armadas para fazer prevalecer seus interesses – golpe de 1969 que guindou o general Garrastazu Médici ao poder; rebelião de militares linha dura contra o general Ernesto Geisel; pacote de Abril de 1977 que sufocou a oposição; rebelião de militares linha dura contra o general João Batista Figueiredo. Não dizem da crise que minou a economia brasileira e iria repercutir até o início do governo Fernando Henrique – a inflação média no período da ditadura era de 20% ao ano (contra 7,5% ao ano no período democrático), e ultrapassava os 200% ao ano quando devolveram o poder aos civis. Não dizem que a dívida externa chegou a 54% do Produto Interno Bruto – hoje não alcança 40%. Não dizem que a corrupção grassava nas mais de 500 empresas estatais existentes, que incluíam siderúrgicas, bancos, rádios, refinarias, etc. Não dizem da censura aos meios de comunicação e nem da repressão generalizada. Não dizem dos mortos e torturados nos porões das prisões. Não dizem da destruição dos sistemas de educação e saúde. Não dizem da ampliação do fosso entre ricos e pobres – o bolo do chamado milagre econômico nunca foi repartido. Por isso, é emblemático um fato ocorrido na avenida Paulista, durante as manifestações do 15 de março: uma jovem, cujo nome a história não registrou, ficou pelada em cima de um carro de som em defesa da volta dos militares… Um acontecimento que dispensa comentários.
Não vou me estressar, claro, com isso, mas isso fará com que a liberação dos comentaristas, até que cesse o furor,seja mais lenta. A caravana passará e eu, passarinho, para me servir dos versos de Quintana.
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fica tranquilo
os bolsominios sempre aparecem em bando toda vez que se fala deles ou do mito que seguem
Aliás recomendo o ótimo "minions"na net ou netflix.
Um bando enorme de bonecos usando camisa amarela e procurando um lider "do mal" para servirem.
Morri de rir, e me enviava às manifestações de junho de 2015. ötimo.
Netflix?
Para com isto, acabei de cancelar. Estão lançando a nova série da Globo, que não sei como vai se chamar, mas um nome correto seria: "Conheça as calúnias do Moro a respeito do Lula".
Eu não vou continuar pagando para um agente estrangeiro me trucidar.
Fiz o mesmo. E recomendo. É também sensato boicotar os produtos e marcas veiculados pelos meios que apoiam o golpe.
Filme do minios: meu malvado favorito 2.
A candidatura do bolsonaro é didática na medida em que mostra a quantidade de fossa séptica no Brasil com seus respectivos volumes.
Não dizem dos juízes e promotores que assistiam impassíveis á tortura disseminada e aos esquadrões da morte, acovardados pelos tribunais militares E nunca irão dizer porque são como moscas. Vivem suas vidas somente para ir e voltar do lixo.
Não vejo problema nesta demora. Até sugiro a todos que sejam econômicos nas palavras e reflitam se o comentário vale o tempo que tomará para ser avaliado antes da liberação.
Melhor assim do que a imbecilizacão que grasna na rede social.
Parabéns pelas notícias, pela coragem, criticidade e conteúdo. Percebi que havia um número de idiotas maior que o normal nos comentários. Percebi que os "bolsominions" haviam invadido o espaço como zumbis. Perfis estranhos, tipo macho alguma coisa, opressor outra coisa, Trump do Brasil, etc...
Fica firme, Brito! Saiba que você tem meu apoio. A resistência ao golpe, há de exigir que adotemos, por vezes, atitudes heterodoxas, com suspensão de comentários do próprio blog. Força!
Os cães latem e a caravana passa!