Não é preciso dizer que sou, e a vida inteira, contrário a qualquer retirada de direitos de trabalhadores.
Mas, igualmente, sou contra espertezas e arranjos que se possam fazer com dinheiro que pertencem ao trabalhador.
Hoje, quando os jornais noticiaram o primeiro déficit desde 1997, algo ficou pelo meio dos textos e pode ter passado despercebido.
É que os gastos com seguro-desemprego (e, em escala menor, abono salarial) responderam por R$ 10 bilhões, dos R$ 17 bilhões do déficit total do Tesouro.
Um crescimento de 21,7%.
Como são vinculados ao mínimo, estes valores subiriam 6,78%, se tivessem de atender ao mesmo número de trabalhadores desempregados.
Subiram o triplo.
E deveriam ter caído, porque o desemprego, em 2013, foi de 5,4 por cento; e em 2014, ficou em 4,8 por cento, a menor marca da história.
Algumas pessoas, todas com a maior boa-fé, estranharam aqui que eu tivesse defendido regras mais duras na regulamentação do seguro desemprego.
Não preciso fazer demagogia e não confundo cortes moralizadores com cortes desastrados, que atinjam os programas de distribuição de renda e os investimentos públicos.
Defendi e defendo, porque não vou ser hipócrita de negar que formou-se uma teia de cumplicidade entre empregados e empregadores para demissões simuladas, com devolução de multa do Fundo de Garantia e recebimento “por fora” (e menor) enquanto dura a percepção do seguro desemprego.
Claro que isso exige a regulamentação do dispositivo constitucional que pune a rotatividade excessiva de mão de obra.
Que não é simples e não pode ser linear.
Mas é dever do governo e deveria ser também das centrais sindicais encontrar caminhos para eliminar o mau uso de um seguro que, este ano, deve ter chegado perto de 10 milhões de beneficiários.
Hipocrisia não faz bem a ninguém.
E hipocrisia com dinheiro que pertence ao trabalhador (é com recursos do PIS que se paga o seguro) é pior ainda.
As regras mais corretas podem não ser exatamente as que o governo anunciou, é preciso verificar se elas atingem injustamente trabalhadores.
Mas que é preciso regras diferentes das atuais, é.
Tanto para a rotatividade quanto para as “espertezas”.
35 respostas
Com a palavra, as Centrais Sindicais. Podem explicar isso?:
As medidas não afetam em nada o trabalhador, portanto, tendo haver com as centrais, mas quem é ex, desempregado ou aposentado
Fora de pauta ( pero no mucho ) mas pesquisando na net encontrei um puta documentário sobre a campanha a presidencia de 1989, nossa campanha a do LULA.
Interessante notar que 26 anos depois pouco se colocou em prática o que pregava o incendiário e libertador discurso.
Assim, não posso crer que se defenda determinadas posturas, embora reconheça sim que há uma infinidade de fraudes, mas fraudes devem ser verificadas e punidas, doa a quem doer, mas punir miseráveis trabalhadores rotativos com empregadores acostumados ao sistema escravocrata com que se constrói nosso capitalismo parece-me infeliz.
Quem quiser pode conferir o documentário no link abaixo e verificar se precisamos ou não de uma nova frente de esquerda no Brasil.
http://www.downloadcult.com/lula-89-1989/
Os números falam por si. Estão fraudando o Seguro a que tem direito o trabalhador. O conluio entre entre contadores, empresários e trabalhadores está fraudando o patrimonio do trabalhador.
Não é preciso muita esperteza para localizar fraudadores. A administração federal dispõe de mecanismos para identificar oscilações de trabalhadores nas empresas, em regiões, municípios: CAGED, CNIs,CNISA…
Então, moralizar proteger os direitos dos trabalhadores é dever do governante.
Eu nunca vi coisa tão absurda como demissão excessiva.
De que se trata por favor? Alguém pode explicar?
No capitalismo e com as leis trabalhistas bem conhecidas, pode-se contratar e demitir desde que se paguem os direitos.
Como será mesmo a punição para uma demissão? quem vai julgar?
Não é o Moro é?
O problema não é a demissão, mas a falsa demissão e a demissão planejada. Vá a um supermercado e veja quantos caixas estão ali há um ano….
Para quem não pode ou consegue pesquisar e buscar o que a lei prevê, segue o trecho do Art. 239 § 4º:
O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei.
Pelo que parece, nossos legisladores empresários, até hoje não fizeram seu trabalho…
Como tb não regulam o cartel das telecomunicações, o cartel dos bancos, cartel de tudo quanto é jeito.
Vivemos num eterno “faz-de-conta”. Fazemos de conta termos capitalismo (com concorrência real), fazemos de conta ter leis, fazemos de conta ter justiça…
ATÉ O BANCO DA INGLATERRA CRITICA “AUSTERIDADE’:
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Banco-da-Inglaterra-ataca-austeridade-na-zona-do-euro/7/32747
fernando
desde o anuncio dessas medidas, senti que alguma coisa era necessária visto experiencia de já terem pedido ao condominio de parentes a “demissão” simulada, que foi rejeitada… ainda sairam como maus patrões. Mas quando ouvi criticas de outras pessoas, expliquei com esse fato e muitos não acreditam
mas vendo o seu post, vejo que HA MUITO O QUE COMUNICAR SIM.
Com explicações como essa, tenho certeza que amigos meus, que , por serem manipulados pela midia e cairam de pau, iriam sim verificar a necessidade de serem tomadas certas medidas.
Pode parecer piadas, mas ha pessoas na classe media, por ex, com quem podemos dialogar. E o governo tambem.
resumo: mais uma vez, faltou dialogo, comunicar, explicar.
e a sociedade fica perdida mas não so por culpa da midia,
a dilma ta abusando do direito de ser teimosa e auto suficiente e achar que o estilo dela é o melhor.
a batalha para aprimorar o seguro desemprego poderia acontecer de forma mais democratica .
mas este governo continua achando que não precisa explicar nada,
Fernando, será que vc poderia fazer um post abordando a coletiva da petrobras hoje? Não pude acompanhar, mas o que li na internet foi tenebroso. Ao que consta a petrobras deu uma punhalada nas costas dos trabalhadores e dos eleitores, dizendo que nao vai entrar em leilão, vai reduzir exploração ao minimo e vai largar de mão obras que estão com mais de 80% concluídas.Estou achando que vai ter mta gente precisando do seguro de verdade esse ano.
Fernando, mudando de assunto, mas dentro do tema fraude: onde anda Pedro Barusco, o homem e 97 milhões de dólares e que afirmou que corrupção na Petrobras era endêmica e que ocorria bem há uns 18 anos? Estraho, né… Afinal, ele foi indicado pela mídia como ligado ao PT. Sumiu por quê?
Concordo plenamente! Parabéns!
Pra avançar em direitos e distribuição de renda é preciso gastar bem o dinheiro público.
Além dos acordos entre empregados e patrões para pseudodemissões, nas quais o governo paga o seguro e a pessoa recebe por fora o salário, já vi muitos casos de gente que faz de tudo para ser demitido só pra “ficar no seguro”.
É preciso dar seguro pra quem merece e precisa. E só.
Certo dia, um representante de uma empresa afirmou que só por conta do seguro desemprego, a produção da empresa caiu pela metade, pois não conseguem manter mão de obra por mais de 6 meses e não podem deixar de contratar depois pois a mesma é escassa na região. Por isso sou a favor de uma reestruturação com punições severas para os que agem de má fé contra esse e outros benefícios. Sou contra, por exemplo, uma menininha de 19 aninhos casar com um babão de 89 anos que já está fazendo hora extra e viver o resto da vida com uma aposentadoria gorda, sem precisar trabalhar. Não sou bem a favor do que o governo apresentou. Acho que a aplicação de um fator previdenciário específico seria uma solução melhor.
Ok Fernando Brito. Nenhum trabalhador é contra o governo buscar sanar os problemas e fraudes do seguro-desemprego. Agora, por que o governo não aproveita e também passa a cobrar as fraudes e sonegações do lado dos empresários e empresas? Só para citar dois exemplos: a Rede Globo deve (ou devia?) 600 milhões, o Itaú deve 18 bilhões e assim vai. Por que que o governo está arrochando só o lado dos trabalhadores? Não vi nenhuma iniciativa do ministro Levy em taxar as grandes fortunas? E a CPMF, que era o único imposto que os ricos não podiam fraudar, por que não volta? Por que não mexe com os empresários e empresas? De certo, é mais fácil, mexer com os trabalhadores.
E se o trabalhador reclamar eles botam a PM para cantar uma cantiga de ninar para o Povo, embalada ao som de Cacetetes, Escudos, Balas de Borracha, Bombas-de-Gas, Cavalos, Cachorros … Algo muito relaxante, realmente, acreditem … “Dorme Trabalhador, dorme, que a CUCA vem pegar…”
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
De pleno acordo com o Gerson. Se for para combater desvios, que se cobre o que os grandes sonegadores devem (foi dado como exemplos a famiglia Marinho e o Banco Itaú), que eles sejam obrigados a pagar o que devem primeiro.
Quanto à CPMF, ela pesa mais é no bolso dos milionários do que nos bolsos dos trabalhadores. É uma medida que deveria voltar, pois é uma forma de se combater a sonegação, pois é difícil ao grande capital esconder a movimentação de receitas. Que venha novamente uma CPMF.
A FAVOR DE TUDO O QUE DISSE, E ACHO QUE DEVERIA SER PARA JÁ
E o que fazer com juízes da Globo, inclusive premiados, cortejados e amaciados? Lembrem-se todos, tem muita frente de luta para abrir nosso caminho, o judiciário é um deles. Senão não podemos falar de justiça, qualquer que seja ela.
Caro Fernando, leia esta nota, por favor:
http://www.contextolivre.com.br/2015/01/jornalista-alemao-mentimos-para.html?utm_source=bp_recent&utm-medium=gadget&utm_campaign=bp_recent
“Jornalista alemão: mentimos para convencer da necessidade de guerra contra a Rússia” – mais uma vez, coisas da CIA, que atua no Brasil livremente, apóia e tem apoio da nossa Polícia Federal (heim? Com quais interesses?)
Concordo 100%. Todas as fraudes devem ser combatidas.
Mas é fato que essa ‘merreca’ nas mãos do trabalhador traz mais benefícios à sociedade que a megaconcentração de renda aos pés do ‘deus mercado, ou não !?
De qualquer forma, não é uma ‘boa prática’, e deve ser combatida. Gostaria de ver essa ânsia voluntarista e combativa do mal-feito com os banqueiros bandidos e mega-sonegadores da República …
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
nem adianta se tentar moralizar o que já é bandido, como os banqueiros, mas impedindo que trabalhador se meta com o que não presta
O Governo Federal também tem que combater seriamente a sonegação de impostos, essa sonegação de impostos é mais prejudicial ao país do que as pequenas “espertezas” dadas por trabalhadores. Se a sonegação de impostos for combativo com seriedade pelo Governo, então que se combata as pequenas “espertezas” por trabalhadores e seus patrões (geralmente pequenos ou micro-empresários). Caso contrário, é preferível esquecer as pequenas “espertezas” dos trabalhadores (mesmo porque esse dinheiro não se concentra nas mãos dos poderosos e acaba fazendo por caminhos tortos a distribuição de rendas).
Muito bem, Fernando, mais um passo para reconhecer as maluquices que disse antes. Mas veja, seu povo aí, Tucanos-de-bom-coração, já quer que os trabalhadores paguem pela rotatividade. Viu, temos de ter responsabilidade. Se você tivesse tido a oportunidade de pensar um pouco no assunto, antes de se apressar a defender o indefensável, poderia ter refletido sobre o por que de haver crescimento do seguro-desemprego quando aumenta o número de empregos formais. Talvez se não quisesse apenas justificar a vaca tussindo (ei, eu votei nela, também estou puto!), poderia pensar na hipótese de que, uma vez que a rotatividade neste país é imensa, o aumento da formalização dos últimos anos teria de provocar um aumento dos que teem direito ao benefício. Simples, não. Ah, não, melhor pensar que os cerca de 3 milhões que serão prejudicados por estas medidas da dona Dilma são fraudadores, né! Você se dizia trabalhista, né!?Ela também.
Concordo totalmente. Parabéns pela coragem de escrever isso!
Respeito a opinião do Fernando,porém discordo da posição do governo em reduzir os direitos trabalhistas. Deve-se combater as fraudes,punir quem as faz e não capar os direitos em prol de uma política econômica austera, que irá arrocha somente os trabalhadores.
No ponto..
MAs logo depois da eleição ver o Aluisio Mercadante comentar sobre esse assunto foi um erro estratégico..Quem é o “mamute” que teve essa ideia de girico…A questão é de metodologia de informação….Por favor….Estamos em guerra..Não se manda capitão sem traquejo com a coisa….Passou-se a ideia de que seria tirado o seguro desemprego…comunicação, método, lábia etcccccccc ..Coisa simples sendo complexada…
A “crise econômica” no Brasil em 2014:
28/01/2015
BRASIL FICA EM 4º LUGAR NO RANKING MUNDIAL DE VENDAS DE VEÍCULOS EM 2014
Mesmo com a queda de 6,9% nas vendas, o Brasil se manteve em quarto lugar em vendas de veículos em 2014 no ranking de 15 países elaborado pela consultoria Jato Dynamics do Brasil, especializada em informações automotivas. Ao todo, foram vendidas 3,32 milhões de unidades no país no ano passado. A liderança ficou mais uma vez com a China, onde foram vendidos 21 milhões de veículos, 8,8% a mais do que em 2013. […]
(Agência Estado)
FUGINDO DO TEMA:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/escolas-fechadas-fuga-da-cidade-caminhoes-pipa-o-cenario-possivel-de-sao-paulo-sem-agua/
por : Afonso Capelas Jr.
Paulistas e paulistanos estão perdendo a compostura. No início da semana moradores de um condomínio modesto da zona Sul da cidade foram flagrados por vizinhos aproveitando uma chuva torrencial para sair à rua e tomar banho. Em entrevista a uma rádio uma vizinha declarou, estarrecida, que eles não dispõem de caixas d’água no prédio. Em outro ponto da capital muitos captavam a água que jorrava aos borbotões no meio fio da calçada para abastecer suas casas.
O cenário sombrio de uma possível seca generalizada na Região Metropolitana tem feito com que a população fique atormentada e com muito medo do que vem pela frente.
Não à toa, uma pesquisa apresentada no início do ano deu conta de que mais da metade dos paulistanos iria embora da cidade, se pudesse. O estudo chamado Você está satisfeito com a qualidade de vida na cidade de São Paulo? Foi encomendado pela organização não governamental Rede Nossa São Paulo, em conjunto com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).
Os pesquisadores foram ouvir 1 512 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões da cidade entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro do ano passado.
Uma das perguntas foi exatamente esta: “Gostaria de saber se, caso pudesse, o(a) sr(a) sairia de São Paulo para viver em outra cidade, ou não sairia de São Paulo?” Mais da metade – exatos 57% dos paulistanos – disse sim categoricamente.
Claro, no período em que a pesquisa foi a campo a crise hídrica já estava instalada. Tanto que perguntas sobre o tema foram incluídas. Detectou-se que para 42% da população os principais responsáveis pela crise no abastecimento de água na cidade são a falta de planejamento do governo do estado e o próprio governador.
Mais: 82% consideram que há grande risco da cidade ficar sem água por longos períodos nos próximos meses. E 68% já tiveram problemas com o abastecimento de água.
O que assusta os paulistanos não se resume tão-somente a ver as torneiras de suas casas secas. É o efeito dominó que a falta d’água detonará em todos os setores da vida cotidiana urbana.
Num rápido exercício de imaginação, a primeira consequência do triste fim do Sistema Cantareira seria haver um colapso nos demais reservatórios. Certamente eles suprirão as regiões antes abastecidas pelo Cantareira. Não darão conta.
Se um rodízio do tipo 5 x 2 – cinco dias sem e dois dias com água – sugerido pela Sabesp for mesmo adotado como ficará a indústria, o comércio, as escolas e creches, os hospitais, as delegacias, a padaria da esquina?
Nesse estado de coisas, estabelecimentos terão que reduzir os horários de funcionamento. Muitos funcionários ficarão sem emprego, alunos sem aula, mães sem onde deixar seus filhos, com creches fechadas.
Com menos água os agricultores já estão perfurando poços para irrigar suas plantações. Como resultado teremos em breve frutas, legumes e verduras muito mais caros nas feiras e supermercados. O custo de vida vai subir.
Mais e mais poços ainda serão perfurados ameaçando seriamente a quantidade e qualidade das águas dos lençóis freáticos.
Caminhões-pipa serão tratados como artigo de luxo disponível apenas para uma camada privilegiada da população. Água mineral será comercializada a peso de ouro, com os estoques definhando.
As periferias já desassistidas sofrerão ainda mais sem água potável, sem saneamento básico, sem qualquer cuidado. O perigo de uma proliferação de doenças causadas pelo consumo de água contaminada estará rondando.
Haverá manifestações, revolta, caos. Regiões antes abastecidas pelo Sistema Cantareira serão desocupadas. A debandada da cidade, como apontou a pesquisa da Rede Nossa São Paulo, pode concretizar-se.
Se congestionamentos, filas, poluição e transportes públicos ineficientes torram a paciência de qualquer cidadão imagine o que terá de suportar diante da desordem de dias assim.
Não se trata de profetizar um futuro catastrófico e pessimista, digno de Ensaio sobre a cegueira, de Saramago. Mas a realidade está aí. É um quadro nada improvável, caso não despenque um dilúvio bíblico sobre o Cantareira nas próximas semanas.
Parece que só o governo paulista não enxerga e deixou tudo chegar a tal ponto. Perdeu a grande chance de – um ano atrás – admitir a situação, escancará-la publicamente, traçar planos de emergência para os próximos meses difíceis, reflorestar e proteger a região dos mananciais, fazer um pacto com a população pelo racionamento de água e conquistar a pronta adesão de todos.
Óbvio, os cidadãos certamente iriam compreender e formar uma corrente de solidariedade em nome da sobrevivência. Todos fariam esforços para economizar água e adaptar-se a uma nova realidade.
Se há males que vêm para o bem, quem sabe agora caia a ficha dos eleitores. Quem dera passem repugnar a mentalidade tacanha de boa parte dos políticos brasileiros: aqueles que cultuam a vaidade e o imediatismo e escondem a verdade para ganhar votos. E passem, então, a escolher os que simpatizam com a honestidade, o bom planejamento, a sustentabilidade. Com o bem comum.
O governador de São Paulo deixou para trás a oportunidade de demonstrar que tem essas qualidades. Ao contrário, provou que passa longe de ser um estadista assim. Agora ficamos nós inseguros diante de um futuro incerto. Perdendo a paz e a compostura.
Seja mais claro, e esclareça as dúvidas do seu leitor.
Quantos benefícios (seguro desemprego) são atualmente pagos?
Quanto representa esse aumento de tantos por cento? (Me refiro ao número de cidadãos que recebem o benefício sem realmente necessitar). Pois caso tenha aumentado tudo isso, existia um número X de cidadãos que não deveriam ter recebido.
Olha o que eles querem fazer com o seguro desemprego
http://www.bahianoticias.com.br/noticia/166629-vale-do-sao-francisco-pf-desarticula-fraudes-de-seguro-desemprego-tres-estao-presos.html
Prezado Brito, bom dia.
Concordo plenamente com você. Só acho que a Presidenta Dilma deveria ir à televisão explicar as mudanças para a sociedade. A comunicação governamental realmente é desastrosa.
O povo trabalhador e honesto é a favor do SD, mas regulamentado. Os trabalhadores honestos sabem que tem muita gente, mas muita gente, que trabalha seis meses e nos outro seis recebe salário desemprego, e assim passa a vida. Os empregadores de pequenos comércios, serviços, etc. também sabem. São revoltados contra isso e querem que a lei regule essa farra. Em cidades pequenas, onde o boca a boca ainda funciona, certos seguimentos como cabeleireiros, por exemplo, não empregam pessoas que só permanecem no emprego pelo tempo necessário para sair e pedir o SD.
Isso é uma realidade que precisa ser regulamentada com urgência.
Se o GF for à TV explicar ao povo as medidas a serem tomadas receberá todo o apoio.
Pode parecer bizarro, mas quem está recebendo seguro desemprego não necessariamente é computado como desempregado…
Afinal ele só é desempregado se estiver procurando emprego!
Fui micro e pequeno empresário desde 1986. Não suportei a crise de 2008 e em 2011 desativei a pequena empresa. Essa crise foi, apenas, o toque final. Muitos foram os fatores, mas considero o mais importante não ter condições de competir com aqueles que lavam o dinheiro. Se você já leu o Fausto de Sanctis vai notar a grande diferença entre lidar com o descaminho e enfrentar a lavagem.
Leia, também , os comentários do Roberto Saviano sobre o que passou com o pequeno empresário, na Itália, durante a crise de 2008.
Bem, o seguro desemprego tem que ser analisado profundamente e revisto.
Pais de família não podem receber o mesmo tratamento recebido por jovens que provocam a demissão para receber esse seguro e os 40% da multa (continua esse valor?). O número de empregados dessa empresa sempre girou entre 12 a 16. A cada ano que se passava, aumentava a rotatividade. Isso é péssimo para o pequeno empresário! A maioria não deseja demitir funcionários com certa experiência. Mas o que fazer se começam a faltar, trazer atestados de saúde falsos e perpetrar outras coisas? Demitir com justa causa, só quando o erro é muito grave e a prova irrefutável.
Muitos procuram, depois, um trabalho sem carteira assinada. Eu não adotava essa prática. Lembro-me de uma moça que me pediu para esperar cerca de duas semanas, tempo para receber a parcela seguinte. Concordei, porém, avisando que em seguida assinaria a carteira. Quando devolvi a carteira assinada, fez um grande escândalo e abandonou o trabalho. Outra, durante o inventário, deixou um copo plástico com resto de refrigerante no meio do estabelecimento. Como ela não o encontrou ao retornar do almoço, fez um retirada do caixa de R$ 5,00 como compensação. Era um copo descartável. O que fazer? Provocam a demissão!
Alguns solicitam a demissão por justa causa. Já faz parte da cultura!
Muitos ficam sem trabalhar!
Agora, setores da economia, como muitos supermercados, demitem para contratar mão de obra mais barata.
Há uma grande diversidade de situações. É complexo!
Tenho uma sugestão para encontrarmos um caminho diferente:
https://www.facebook.com/lafaiete.spinola.3/posts/239669346190481
Olhaí, Fernando, se deseja mesmo informar seu público, e não apenas alimentar o ódio contra os trabalhadores (fraudadores que devem pagar seus pecados), leia e tente contestar.
“Em 2014, foram lavrados apenas 384 autos de infração (multas) por manter empregado sem formalização recebendo Seguro Desemprego, num universo de 78 mil empresas que receberam autuação por alguma irregularidade. Para ter uma dimensão, nesse mesmo período foram lavrados 16.770 autos de infração contra empresas que mantinham empregados sem registro, e 299.826 mil autos no total. Assim, à luz de diferentes parâmetros de ilegalidade, o conluio não parece ser fenômeno recorrentemente detectado pela Fiscalização.”
http://www.cesit.net.br/seguro-desemprego-promessas-e-interesses-de-classe/