Missão para o embaixaburguer Eduardo Bolsonaro, assim que estrear como representante do pai – do país é que não será – nos Estados Unidos: convencer a opinião pública norte-americana que é falsa a informação verdadeira de que se está acelerando o desmatamento da Amazônia, estimulado pelas declarações de Jair Bolsonaro.
Ainda ontem, todos se recordam, ele disse que a nomeação do filho era um passo para trazer mineradores norte-americanos para explorar terras indígenas no Brasil.
Hoje, com destaque na capa da edição dominical do The New York Times, reportagem de Letícia Casado e Ernesto Lodoño, chefe do escritório do jornal no Brasil, traça um relato que não poderia ser mais claro sobre os efeitos do discurso do ex-capitão insuflando o avanço sobre a mata.
Trago o trecho inicial:
Sob líder de extrrema-direita, reduz-se
a proteção da Amazônia e florestas caem
A destruição da floresta amazônica no Brasil aumentou rapidamente desde que o novo presidente de direita assumiu o poder no país e seu governo reduziu os esforços para combater a extração ilegal de madeira, pecuária e mineração.
Proteger a Amazônia esteve no centro da política ambiental do Brasil nas últimas duas décadas. Em um ponto, o sucesso do Brasil em desacelerar a taxa de desmatamento tornou-se um exemplo internacional de conservação e o esforço para combater a mudança climática.
Mas com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, um populista que foi multado pessoalmente por violar as regulamentações ambientais, o Brasil mudou substancialmente de rota, recuando dos esforços que fez para desacelerar o aquecimento global ao preservar a maior floresta tropical do mundo.
Enquanto fazia campanha para presidente no ano passado, Bolsonaro declarou que as vastas terras protegidas do Brasil eram um obstáculo ao crescimento econômico e prometeu abri-las para exploração comercial.
Sete meses depois, isso já está acontecendo.
A parte brasileira da Amazônia perdeu mais de 1.330 quilômetros quadrados de cobertura florestal desde que Bolsonaro assumiu o cargo em janeiro, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a agência do governo que rastreia o desmatamento.
Somente em junho, quando a estação mais fria e seca começou e o corte de árvores se tornou mais fácil, a taxa de desmatamento aumentou drasticamente, com aproximadamente 80% mais cobertura florestal do que em junho do ano passado.
O desmatamento da Amazônia está aumentando à medida que o governo de Bolsonaro recua com medidas de fiscalização, como multas, advertências e apreensão ou destruição de equipamentos ilegais em áreas protegidas.
Uma análise de registros públicos feita pelo New York Times descobriu que tais ações de fiscalização pela principal agência ambiental do Brasil caíram 20% durante os primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2018. A queda significa que vastas extensões da floresta tropical podem ser derrubado com menos resistência das autoridades da nação.
View Comments (17)
Não esquecendo que, através de Bolsonaro e a mando do império, esta nova missão já foi dada ás forças armadas com sede no Brasil, a de, no processo de destruição ambiental e de massacre dos povos indígenas e caboclos, servir de capitães do mato para as indústrias estrangeiras - mineração, agro-pecuária, farmacológica, química etc (já são capitães do mato para aquelas com sede no Brasil) -, e, o mais triste, pela reação de estrondoso silêncio do dito oficialato de farda ou de pijama, tudo indicando que "missão aceita e prontos para cumpri-la", talvez como sub-divisão do Comando Sul Estadunidense (SouthCom), para onde já foi enviado um sub-general brazuca para servir de sub-comandante das sub-tropas de auto-ocupação, reportando-se a Washington.
Mas, faz sentido. As oportunidades de enriquecer e/ou de poder e fama estão abertas, e há preferências para militares, policiais e milicianos, tanto os de bota, bomba, tiro e porrada, para fazer o trabalho bruto, como os de colarinhos brancos e engomados, para servir de novos testas-de-ferro, laranjas-chique do capitalismo internacional. Pelo que parece, Jair Bolsonaro ainda vai ser erigido, em substituição ao Duque de Caxias, como o novo símbolo das forças armadas, o Marechal Conquistador da Amazônia (sem problemas, dar-lhe-ão o novo título, como lhe deram o de capitão, que nunca foi de fato, mas apenas de pijama, para mamar - vagabundo - desde os 33 anos de idade).
Excelente comentário, caro Francisco.
Faço minhas, todas as palavras do seu texto.
É muito triste.
Excelente o termo "auto-ocupação". Os militares, que até já vinham sendo vistos com bons olhos, diante dos descalabros e da destruição descarada que um desgoverno - que todos entendem como sendo o desgoverno deles - vem fazendo ao país, jamais serão perdoados pelo povo brasileiro. Parece que eles ainda estão boquiabertos, a esperar que a qualquer momento comecem a brotar do chão o leite e o mel do fantástico paraíso neoliberal que incutiram em seu imaginário. Vão esperar eternamente. Também o entreguismo de empresas estratégicas, que se segue a famigeradas privatarias, é e sempre será rejeitado pela população e tem um cheiro insuportável de traição. E quando ficar evidente que este desgoverno está começando a produzir o maior fracasso econômico de todos os tempos em um país que tinha pressa em se tornar potência mundial, então ficará claro também que os militares enveredaram por um caminho que está longe de ser o caminho do interesse do Brasil e do povo brasileiro, deslumbrados com doutrinações bem arrumadinhas de mui-amigos.
Taí um bom motivo para todas as nações mui amiguinhas do Brasil intervirem na Amazônia, não?
Um viva! para todos os Militares deste governo!
Não basta que a imprensa internacional denuncie a destruição da floresta e o extermínio dos indígenas. Ela tem o dever de comparar a situação atual com aquela que vigia nos governos do PT, quando o meio ambiente era exemplarmente respeitado, inclusive com o inestimável trabalho de demarcação de terras e vigilância feito pelo Exército, e quando os indígenas estavam em crescente valorização de suas culturas, assistência educacional e de saúde cada vez mais efetiva, e respeito absoluto a seus direitos.
Os Governos dessas nações agora indignadas com o "Coiso", ajudaram no golpe contra o PT.
O Brasil está sendo servido no banquetes das nações e cada uma delas pega o seu pedaço.
Isso é novidade? Quanta ilusão!
Segundo os bolsominions, The New York Times, The Economist (que disse que o Bozo não está cumprindo sua principal promessa eleitoral, combater a corrupção), The Wall Street Journal, Le Monde, El País e outros, são todos jornais e revistas comunistas ou esquerdistas, desmoralizados em seus países!!! Se querem a prova, vejam os comentários no site Infomoney, que publicou a matéria de The Economist.
URGENTE - Turma do Nordeste. Se depender da tese da advogada Tânia Mandarino, do coletivo Advogadas e advogados para a Democracia, é possível que tenhamos mais um crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro para incluir na lista. Leiam no DCM, o post 'Ameacas de Bolsonaro a Greenwald configura crime de responsabilidade'. Achei interessante o argumento da advogada quanto a restrição - por Bolsonaro - do direito a liberdade de imprensa de Gleen ferindo seus direitos individuais, o que atenta contra o artigo 5, da Constituição e o art. 4, inciso III, da Lei 1.079.
Complementando o raciocínio da advogada, elenco os direitos fundamentais de Gleen que foram feridos:
O art. 5, inciso XIII, preceitua que "É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelece"; e, o inciso XIV, preceitua que "É assegurado a todos o acesso a informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".
Perfeito
David Alcolumbre - Presidente do Senado - é senador eleito pelo estado do Amapá. Espero que ele saiba defender os indígenas do seu estado, bem como as terras de preservação ambiental que eles ocupam.
Nordeste é atualmente a força do campo progressista. A terra que era dominada pelos coronéis sofreu um processo de conscientização política com a impessoalidade dos programas sociais do Governo Lula/Dilma. Aqui a Lava jato não teve efeito político e Bolsonaro tomou uma surra com 70 por cento dos votos para Haddad.
A RENCA é nossa.....putz
NY não votou no Trump e nem votará na próxima eleição. Temos que nos preocupar com a opinião dos WASP que elegeram o Bolsonaro deles. Esses acham que está tudo lindo. O mesmo vale para a opinião pública nacional. Nosso alvo tem que ser a comunidade evangélica, a periferia de SP e RJ, que votou em peso em Jair e afins. Temos que mudar a opinião dos comerciantes classe média do Sudeste, que acham direito trabalhista um absurdo. Temos que convencer o pequeno agricultor que tem medo de sem terra. Que acha meio ambiente bobagem. Do contrário vamos pregar para convertidos.
como no ex emprego dele parece q servem é galinha, está mais é para embaixafrango...embora reconheça que embaixaburguer soe melhor