Direito de resposta: chefe da Funai diz que já foi a terra indígena

Em junho, diversos veículos de comunicação – BBC, G1, UOL, entre outros – publicaram que o atual presidente da Funai só havia estado duas vezes em terras indígenas. Depois, o Estadão, com base nos dados do Portal da Transparência, disse que ele não havia ido lá uma só vez.

O sr. Marcelo Xavier, delegado de polícia que ocupa o cargo indignou-se com as reportagens e enviou a este blog – que republicou a informação dos repórteres Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes, da Coluna do Estadão – um pedido formal de direito de resposta.

E vem dizer que esteve não duas, mas dez vezes em terras indígenas nos três anos em que ocupa o cargo.

Seja, pois, verdade que foram 10 em 36 meses, o que dá mais de 100 dias entre uma e outra.

Não há nenhum problema a dar a Xavier ou a qualquer outra pessoa o direito de resposta e isso se faz da forma mais fiel possível, reproduzindo a sua correspondência registrada a este blog, abaixo.

Direito de resposta é sagrado, como é sagrado o direito de crítica a um dirigente público de área sensível, cuja inação ficou patente na falta de proteção aos indígenas revelada pelo assassinato do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira. Bruno, aliás, afastado da Funai por considerar que já não podia desempenhar seu papel na proteção dos povos originários da região.

Portanto, reproduz-se abaixo a carta do delegado Xavier, a qual, infelizmente, não traz nenhum anúncio de preocupação com uma ação mais incisiva do órgão que já foi um Serviço de Proteção aos Índios de Cândido Rondon.

Ei-la, na íntegra:

O que o senhor Xavier chama de resposta é uma lista de releases de sua assessoria, que também reproduzo integralmente:

 

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