É curioso como, de alguma forma, vivemos a tal “ditadura” que a direita alucinadamente aponta existir no Brasil.
Está à solta na mídia o mais desavergonhado macartismo já visto desde os tempos do “dedodurismo” que marcou os primeiros anos da ditadura militar.
E, legitimado por ele, a criação da onipotência policial .
A Polícia Federal, elevada à condição de altar de santos pela mídia, força o Ministério Público e negocia com o Congresso – especialmente com os parlamentares citados na própria Lava-Jato, uma mudança na Constituição que a torne “independente” do poder legítimo, aquele que é eleito.
Os delegados chegam ao ponto de “peitar” publicamente o Procurador-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, ao divulgarem nota em que “manifestam preocupação com os prejuízos à investigação criminal e o atraso de diligências em cerca de nove inquéritos da operação Lava Jato, que tramitam no STF, os quais estão muito aquém daqueles em andamento na Justiça Federal do Paraná”.
Delegado de polícia não manda em inquérito judicial, cumpre diligências que lhes são determinadas pelo Ministério Público ou pelo Ministro-relator.
Mas o presidente da Associação dos Delegados é ameaçadoramente explícito ao Estadão: “A Polícia Federal quer trabalhar. Se o Supremo entender que tem que ser exclusivamente do jeito que o procurador-geral quer, a PF não assume a responsabilidade nem os riscos dos resultados. Se a PF não tiver como contribuir na forma como entender mais adequada e se o procurador-geral quiser assumir integralmente a responsabilidade, paciência.”
Mais afrontoso, impossível.
O Ministério Público, a esta altura, deveria estar vendo o que gerou a sua tolerância com a formação de uma cumplicidade total com a formação de um núcleo promíscuo de delegados, procuradores e um juiz que se arroga jurisdição sobre todos os fatos que desejar, em qualquer ponto do país e que não pode ser contestado, sob pena de execrar-se perante a opinião pública qualquer um que o contrarie.
As tragédias da democracia ocorrem assim: em nome da moralidade e da ordem, a vida de uma nação começa a ser dominada pela histeria policialesca, que há quase 50 anos fez Stanislaw Ponte Preta começar assim o seu “Festival da Besteira que Assola o País”, o imortal Febeapá.
“É difícil ao historiador precisar o dia em que o Festival de Besteira começou a assolar o País. Pouco depois da “redentora”, cocorocas de diversas classes sociais e algumas autoridades que geralmente se dizem “otoridades”, sentindo a oportunidade de aparecer, já que a “redentora”, entre outras coisas, incentivou a prática do dedurismo (corruptela do dedodurismo, isto é, a arte de apontar com o dedo um colega, um vizinho, o próximo enfim, como corrupto ou subversivo – alguns apontavam dois dedos duros para ambas as coisas) , iniciaram essa feia prática, advindo daí cada besteira que eu vou te contar”
O Estado Policial não é uma ferramenta da polícia, é da política.
A descrição do macartismo que Philip Roth faz, em seu romance “Casei com um Comunista” (Cia das Letras), é o mais duro retrato disso.
“O negócio de McCarthy, na verdade, nunca foi a perseguição de comunistas; se ninguém sabia, disse, ele sabia. A virtude dos julgamentos-espetáculo da cruzada patriótica de McCarthy era simplesmente a forma teatralizada. Ter câmaras voltadas para aquilo apenas lhe conferia a falsa autenticidade da vida real. McCarthy compreendeu melhor do que qualquer político americano anterior a ele que as pessoas cujo trabalho era legislar podiam fazer muito mais em benefício de si mesmas se representassem um espetáculo; McCarthy compreendeu o valor de entretenimento da desgraça e aprendeu como alimentar as delícias da paranoia. Ele nos levou de volta a nossas origens, de volta ao século XVII e a nossos antepassados. Foi assim que o país começou: a desgraça moral como entretenimento público. McCarthy era um empresários dos espetáculos e, quanto mais desvairados os pontos de vista, tanto mais ofensivas as acusações, maior a desorientação e melhor a diversão para todo mundo.“
A propósito: de homem mais temido dos EUA, Joseph McCarty morreu desacreditado.
37 respostas
SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO:
http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/04/pf-diz-ao-supremo-que-nao-localizou-testemunha-que-citou-anastasia.html
Talvez a Polícia Federal não tenha mesmo encontrado o Careca. Por outro lado, se ele fosse uma importante testumha contra o PT, poderia ficar sossegado, nada teria a temer. O PT, mesmo com seus pecados que pesam tanto quanto os de outros partidos, trabalha na luz e não nas sombras.
Diz Claudio Lembo: “Pior a ditadura e toga, do que a ditadura militar.
Tá na hora de pessoas que defende Direitos Humanos no Brasil, denunciar as arbitrariedades junto aos organismos internacionais, em especial a ONU.
JB fez escola.
Digo Ditadura de toga
Depois que Dr. Janot, colocou o cartaz no peito, com a seguinte frase, “EU SOU A SALVAÇÃO DO BRASIL”,e pousar para o PIG, esperar o que deste Sr.
Nossa esperança é que ele termine seu mandato o mais depressa possivel.
Lula e Dilma tem sorte em escolher procuradores gerais…
Na epoca da ditadura, dedos duros eram queridinhos dos militares, agora dedos duros, alem de queridinhos de parte do juticiario e do PIG, são premiados…
Comparar o ex-advogado da prefeitura de Maringá a Joseph McCarty é muito… A Joaquim Barbosa se encaixará também no quesito DESCRÉDITO.
São instruções internacionais. A transformação exigida se deu muito rápida, por isso espanta quem não sabe de que se trata. Nossa imprensa já era muito reacionária e mentirosa, mas para trazê-la no padrão exigido pelos golpistas internacionais, fizeram dela um monstro. Submeteu-se totalmente às instruções internacionais.
O Brasil faz escola ( com didática e bem desenhada ) na eterna criação de projetos “Caracu” :
Sua elite entra com sua bela cara , por exemplo quando o Sepúlveda disse ter criado um monstro , o glorioso e incontrolável MP com suas inúmeras facetas . Que por sua vez , na condição de deuses e sábios , geraram os seus (nossos e que de pequenos não tem nada ) monstrinhos . Que agora mostram as garras , subvertendo todo o processo : O poder policial , total e sem contrôle social . E o povo , que sempre paga a conta , como entra na história desse interminável ( e pior , silencioso ) laboratório de projetos infalíveis ? Precisa desenhar ?
Todos sabem que os salvadores da pátria terminam desmoralizados, é o fim merecido, mas até que assim seja arrebentam com o país e mostram que as instituições criadas para protege-lo nada fazem, apenas assistem passivas, como se nada pudesse ser feito.
Vide JB, hoje, totalmente desmoralizado.
[MAIS UMA] BOMBA! EXTRA!…
IMPEACHMENT JÁ… Do Geraldo Alckmin “do [José] (S)erra, Beto ‘Rincha’, ‘Aécio Furnas Forever’ &$ demais DEMoTucanos”!
Ah esse ‘Cafezinho’ “que detonou a soNEGAção BILIONÁRIA das organizações (sic) Globo soNEGAdoras!…
Chama “o juiz do ‘braZil'”!
Pausa para rir desta desgraça (ir)responsável pela [seletiva] ‘Guantánamo do Paraná’!
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João Dória também recebe verba pública de Alckmin
Por jornalista Miguel do Rosário
postado em abril 21st, 2015
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.ocafezinho.com/2015/04/21/joao-doria-tambem-recebe-verba-publica-de-alckmin/
Estou adorando essas quimeras!
Quanto mais se forem digladiando na fogueira das vaidades mais perto chegaremos da civilização.
Acorda Povo. O único representante de Você é Você mesmo!
… Mais BOMBA do melhor ‘Cafezinho’ do Brasil!
Aquele ‘Cafezinho’ “que os Marinhos da soNEGAção BILIONÁRIA não tomam nem que as ‘vacas’ do Projac tussam”!
Pausa para rir!
“Chama o ‘juiz do braZil’!”
O (ir)responsável pela ‘Guantánamo do Paraná’!
E do ‘pós-doctor’ em ‘Direito Penal do Inimigo’!
Mais risos
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[Operação]Zelotes vai analisar 230 mil emails!
Por conspícuo e impávido jornalista Miguel do Rosário
postado em abril 21st, 2015
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.ocafezinho.com/2015/04/21/zelotes-vai-analisar-230-mil-emails/comment-page-1/#comment-73955
Delegado de polícia é uma figura que (em geral) não agrega nada (isto qualquer investigador pode atestar) e, por isto, só existe no Brasil e em mais tres ou quatro outros países, na maioria, da África. Será que não estaria na hora de repensar estas figuras e reestruturar as polícias para que se tornem mais eficiêntes e menos ‘propriedade’ de alguns delegados.
Essa coisa é filha da ditadura. Porque não morreu com ela? Será que a porra não morreu?
Continuando, o tal de ministro da justiça não tem, como uma de suas atribuições, que controlar essa quadrilha?
Será que ele sabe disso?
Eu tenho mais dúvidas ainda, porque nós da esquerda não elegemos um juiz de primeira instancia para julgar, o trensalão, a lista do hsbc, furnas, aeroporto do Aécio, etc, etc.. Isto que eu não entendo do nosso governo. Como pode fazerem o julgamento do jeito que querem do mensalão e da Petrobras, e não podem julgar os casos citados? Não consigo entender isto, alguém pode me explicar? Algum jursta de plantão por ai no feriado?
Enquanto não investigarem a fundo o caso FURNAS não dá para levar a sério a PF – principalmente o núcleo antipetista do Paraná – e muito menos o MP, igualmente antipetista. A operação Lava Jato para mim foi uma das grandes farsas arquitetadas pelos donos do PIB do Brasil juntamente com grupos estrangeiros. O juiz Moro e a Globo são os instrumentos dessa farsa, que quase destruiu a maior empresa do Brasil – a Petrobras -, gerou milhares de desempregos, alimentou a crise política e econômica, e quase derrubou a presidenta Dilma – tanto antes das eleições, com as delações seletivas na novela do telejornalismo da Globo – como depois, no terceiro turno golpista da direita brasileira. E ainda continuam agindo impunemente, prendendo principalmente pessoas ligadas ao PT, mesmo sem prova material alguma, mesmo sem qualquer condenação contra essas pessoas. Se podem prender com base em indícios e delações, por que Aécio, Anastasia, Eduardo Cunha, e os tesoureiros do PSDB, PMDB, PPS, DEM, PSB, PP – que receberam dinheiro das empresas do lava jato-, estão soltos?
QUem nao lembra do delegado da PF, que foi enxortado para adido em Portugal.? Quem foi mesmo juiz, que dizia haver um estado policial? Impressiona os monstros foram gestados, e agora a sociedade acorda e cobra deste parlamentares corruptos hipocritas, e outros tantos covardes e o pior vem e ja está no nosso meio. Um odio, preconceito gratuito e que coloca em cheque nossa ainda fragil democracia.Seria o caso de um nova inteligencia identificar com quem estes cabras se comunicam dentro e fora do Brasil. Os exemplos da historia são muitos….
A esta altura onde anda a corregedoria da PF?
Enquanto isto a regulação da mídia brasileira é debatida no Pradva. O governo está esperando o que? Na Grécia criou-se em apenas um ano e meio o Jornal Popular Cooperativo, de esquerda e de circulação nacional. Veja tb o site Desenvolvimentistas – Muito bom.
http://port.pravda.ru/cplp/brasil/20-04-2015/38518-batalha_comunicacao-0/
http://www.desenvolvimentistas.com.br/
Depois de tanto ‘brilharem’ na mídia, receberem prêmios, dar coletivas, serem chamados por diretores de jornais (FSP), os espetaculosos justiceiros do judiciário agora estão numa rinha de egos. Cabe a gente assistir a esse triste espetáculo em que já não há mais respeito à simples hierarquia. Vai dar zebra…
[EM TEMPOS FASCIGOLPISTAS jurídico-midiático…
Hora do recreio!]
A propósito, por que Diabos o PIG não divulga as investigações relacionadas à Operação Zelotes?!
LÁ VEM [MAIS] DELAÇÃO PREMIADA DO MATUTO! Risos
“O problema todo foi a escolha do nome da Operação da Polícia Federal!”
Explico:
“a palavra ‘Zelotes’ é composta pelo prefixo ‘Zé’!
E pelo sufixo ‘lotes’!
Portanto, a CORRUPÇÃO no Coaf da Receita Federal envolve um [suposto] ‘Zé’ [(S)erra?!] e ‘lotes’ [de dinheiro?! Sujo e, depois, lavado?! No HSBC do SUIÇALÃO [do tesoreiro Marcio Fortes do PSDB do tempo da ‘Privataria Tucana’], preferencialmente?!…
Pano rápido!
Limpa as sujeiras, “MAS, ‘cheirosas’”, diria a ‘Calunista’ do PIGolpista Eliane TACANHÊde! Eliane TUCANêde, para os íntimos de carteirinha – e de MENSALÃO do BLOGUEIRÃO ‘Téo Implicante Pereira’ “dos governadores Alckmin, (S)erra, Beto ‘Rincha’, não necessariamente nessa ordem”!
RESCALDO:
se, ao menos, o ‘Zé’ da Zelotes fosse acompanhado do nome Dirceu!
E/ou do sobrenome Oliveira!
E/ou do Silva!
E se tivesse Silva, “aí é que seria ‘bão’, ‘seu moço’”!
Pegaria o [‘Zé’] Dirceu!
E, “de quebra”, o Luiz Inácio Lula… Da Silva!
Ufa!
Pausa para rir!
Das nossas desgraças tropicais!
Messias Franca de Macedo – matuto bananiense!
Feira de Santana, Bahia
República de ‘Nois’ Bananas
Juiz lava-jato
A Lava Jato e o arbítrio privado, individual e egóico?
E o futuro da democracia torna-se pobre, sórdido, embrutecido e curto.
Publicado em 21/04/2015
O Conversa Afiada tem a honra de reproduzir do blog “Democracia e Conjuntura” artigo irretocável do professor Rogério Dultra dos Santos
(…)
FONTE [LÍMPIDA]: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/04/21/a-lava-jato-e-o-arbitrio-privado-individual-e-egoico%E2%80%8B/#comment-1926269
A FONTE [LÍMPIDA!]: ORIGINAL
http://democraciaeconjuntura.com/2015/04/19/juiz-lava-jato/
http://br29.com.br/porque-moro-nao-mandou-prender-a-irma-de-aecio-ela-tem-foro-privilegiado/
Porque Moro não mandou prender a irmã de Aécio? Ela tem foro privilegiado?
Na última quinta-feira (16), a hashtag #ExplicaMoroPorqueSoPT alcançou o primeiro lugar nos Trends Topics Brasil, no Twitter.
A hashtag expressa o sentimento de que está havendo dois pesos e duas medidas sobre quem é investigado na Operação Lava Jato conduzida pelo juiz Sérgio Moro, conforme a filiação partidária.
O petista João Vaccari Neto teve prisão preventiva decretada desnecessariamente, apenas porque os investigadores suspeitam dele, a partir de delações premiadas. As delações ainda são duvidosas porque estão mais no terreno da ilação, longe de serem comprovadas.
O caminho normal seria averiguar a suspeita, investigar e, somente depois, se for o caso, denunciar. A prisão só pode ocorrer (assim reza a lei) se houver provas que levem à condenação após transitado em julgado.
Vaccari se manteve o tempo todo à disposição da justiça, não tem poder para obstruir investigações, e não teve nenhuma atitude que justifique uma prisão cautelar. Está preso porque é petista. Fosse de outro partido, estaria solto.
Enquanto isso, o doleiro Alberto Youssef narrou em delação premiada que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) dividia propinas com o ex-deputado José Janene (PP_PR), pagas pela empresa Bauruense, fornecedora de Furnas. Disse que quem recolhia o dinheiro para Aécio era a irmã dele.
Aécio tem foro privilegiado e não pode ser investigado na vara do juiz Sérgio Moro, mas a irmã dele não. No mínimo, os investigadores teriam a obrigação de tomar depoimento e indagar se ela já visitou a empresa Bauruense.
Foi fazer o quê lá? Já recebeu dinheiro daquela empresa? De quem? De que forma? Por quê? Para que? E para quem?, etc.
Se Vaccari, que já prestou depoimento, disse que só recebeu doações legais para o partido e que nada tinham a ver com propinas, teve seu sigilo fiscal e bancário quebrados, além de seus parentes, as mesmas medidas teriam de ser aplicadas à irmã de Aécio.
Ela também teria que ter seus sigilos bancários quebrados, inclusive de um empresa de Factoring que ele teve e que apareceu nas investigações do mensalão tucano. Outra de publicidade em sociedade com Aécio, além das rádios, também deveriam ter os sigilos quebrados.
Se as diligências sobre Vaccari decepcionaram os investigadores, que agora buscam “tapiocas”, porque não encontraram nenhuma Ferrari na garagem, uma investigação sobre as rádios de Aécio e de sua irmã encontrará uma estranha frota de carros importados de luxo, coisa que nenhuma rádio usa como veículo de trabalho.
Esta frota foi descoberta a partir do escândalo do bafômetro. O senador Aécio, foi parado em uma blitz na madrugada do Rio de Janeiro, tinha habilitação vencida e preferiu ser multado a fazer o teste do bafômetro. O carro que ele dirigia era um Land Rover, mas não era de sua propriedade. Estava em nome da rádio Arco-íris, dele e de sua irmã, sediada em Belo Horizonte.
Aécio, por ser parlamentar, não pode exercer cargo de dirigente da Rádio, logo nem podia argumentar que era carro de serviço da rádio. Tudo indica que houve ali um flagrante de debitar despesas pessoais do senador tucano nas despesas da rádio, o que os Policiais Federais, Procuradores e Auditores da Receita Federal poderiam esclarecer em quais artigos do código penal se enquadra esse tipo de conduta, tanto do senador como dos gestores da rádio que não tem foro privilegiado.
Se Vaccari foi preso, por imparcialidade e coerência do Juízo do Dr. Moro, a irmã de Aécio também deveria ser. Mas na verdade, nenhum dos dois deveriam ser presos enquanto investigados, sem que representem ameaça às investigações.
Se alguém deveria ser preso preventivamente, e não sabemos quem é, seria quem está supostamente obstruindo a parte tucana das investigações na Lava Jato, a ponto de sequer colher depoimento da irmã de Aécio e de outros envolvidos sem foro privilegiado, na conexão Bauruense-Furnas.
Moro anda de colete à prova de balas.
Na minha modesta opinião de cidadão que paga impostos e exige o direito de opinar sobre fatos relevantes para o país, esta Operação Lava Jato, o juiz Moro, alguns delegados federais e procuradores do Paraná, juntamente com a Globo e afins, formam um complô golpista. E mostram a fragilidade das instituições no Brasil, já que um pequeno grupo, que não recebeu um voto sequer, é capaz de colocar em risco a democracia brasileira.
Esta operação lava jato surge sob encomenda, e se transforma, durante as eleições de 2014, no grande motor da oposição de direita contra o PT, contra Lula e o governo Dilma. A Globo montou um verdadeiro seriado em horário nobre para detonar o governo federal, com vazamentos seletivos sempre contra o PT e alguns aliados sem expressão. A delação feita por Youssef contra Aécio no caso de Furnas não apareceu durante as eleições. Mas, o tesoureiro Vacari, mesmo sem qualquer prova material, era citado todos os dias.
O golpe final foi a capa da Veja: “Eles sabiam”, que foi distribuída em SP como panfleto da direita cooptada e lobotomizada por essa mídia golpista. Mas, para a infelicidade da direita, a maioria da população, com sua sabedoria que transcende as tramoias palacianas, reelegeu a presidenta Dilma.
Irresignados com a derrota, a direita e sua mídia tentam o terceiro turno, combinando mobilizações de rua, ações midiáticas e espetaculosas do juiz Moro e seu grupo, com o diário bombardeio da mídia golpista. Enquanto no congresso, a direita tenta aproveitar a situação de crise criada para emplacar medidas conservadoras, que vão desde a maioridade penal até a terceirização generalizada do trabalho.
Até agora, o saldo real da Operação Lava Jato, retirando o discurso ideológico e falso moralista do combate à corrupção, foi o seguinte: 1) no plano econômico, quase destruiu a Petrobras, inviabilizou várias empresas, gerou milhares de desempregos, e paralisou importantes investimentos tanto na indústria naval quanto na indústria da construção civil, todas importantíssimas para a economia brasileira, incluindo a geração de grande número de empregos, além de impostos; 2) no plano político, quase derrubou o governo Dilma, criando uma fragilização que acentuou a crise econômica; 3) no plano institucional e democrático, que é político também, destruiu normas elementares da democracia brasileira, e mundial até, como a presunção de inocência, e não poder prender as pessoas que não foram condenadas (usar a prisão como forma de tortura para arrancar do acusado aquilo que interessa ao promotor ou ao juiz). O nome disso é ditadura, um regime de exceção que o Brasil conheceu bem nos anos de chumbo.
Não há sequer coerência e isonomia por parte do grupo liderado pelo juiz Moro. Se prendem o tesoureiro do PT cujo crime é, segundo dizem, ter recolhido propina em forma de doação legal, por que os tesoureiros do PSDB, do PMDB, do PP, do PSB, do DEM, do PPS, que também receberam doações das empreiteiras da Lava Jato, estão soltos? Se a fonte é a mesma, por que somente quando cai na conta do PT é que as doações são ilegais? E nas contas dos outros? Que mágica é essa, afinal, que na mão do tesoureiro do PT, é dinheiro sujo, enquanto que nas mãos dos tesoureiros do DEM, dos tucanos e do PMDB, entre outros, sendo da mesma fonte, se tornam dinheiro limpinho e cheiroso?
Além disso, vejamos outro caso. O complô do juiz Moro, ao prender Vacari, tenta envolver uma gráfica da CUT, que nada tem a ver com o chamado esquema da Petrobras. Já pediram quebra de sigilo fiscal do tesoureiro e de toda a sua família; agora vejamos o comportamento deste mesmo grupo de investigadores e do juiz da Globo em relação ao caso de Furnas. O principal delator do esquema do chamado Petrolão deu detalhes da ligação de Aécio Neves, de uma de suas irmãs, de uma empresa de SP, com uma diretoria de Furnas na partilha das propinas mensais. Verdadeiro mensalão. O que fizeram o juiz Moro, seus delegados, procuradores, Janot e a Globo? Simplesmente arquivaram o caso, que poderia ser, ao contrário da gráfica da CUT, uma fonte para se descobrir milhões de reais de supostos desvios.
Ora, com uma justiça partidária como esta, amparada por uma mídia que é monopolizada e claramente partidária antipetista, fica difícil aceitar que algo sério está se fazendo. O cidadão comum não dispõe das informações que os círculos de poder dispoem, mas ele não é bobo. Mais cedo ou mais tarde ele (nós) vai perceber que está sendo enganado. E que há um verdadeiro complô golpista montado no país e agindo impunemente, já que instituições como PGR, PF, CNJ e STF, além do congresso, estão completamente engessadas.
Vivemos a situação inusitada de um juiz, uma emissora de TV e um grupo de delegados federais e procuradores do Paraná terem mais poder do que todas as instituições superiores juntas. Inclusive mais do que presidenta da República, a única que isoladamente recebeu a maioria dos votos da população. Que democracia é essa?
Moro ainda por cima, mente ao dizer que a mulher de Vaccari depositou dinheiro na conta da irmã. Quem depositou dinheiro na conta foi a própria titular, ou seja, a cunhada de Vaccari, segundo o advogado do caso. Um juiz que mente ou faz uma confusão como essa, não tem maturidade para acompanhar nenhum processo.Como dizia Bilac: Ora, direis, perdeste o senso. E não virar nem ver nenhuma estrela sequer.
Fernando, a sua análise está certíssima. O foco é esse mesmo – a onipotência policial. Só que “Estado Policial não é uma ferramenta da polícia, é da política”.
Estao querendo tornar o Brasil um Estado policial visando dominaçao política com vistas a neutralizar a vontade popular, um Estado sem povo.
Para essa gentalha quanto menos expressao o povo tiver, menos democracia existir será muito melhor para eles.
Querem “enfiar” o Estado Democrático de Direito a 3 dedos abaixo do rabo do cachorro, isso sim.
Triste é que essa sociedade histérica por uma justiça às avessas nao percebe que está sendo manipulada para terminar refém de um sistema de vigilancia e controle que vai lhe custar caro e acabará resultando num retrocesso sem volta.
Povo despolitizado e hipócrita é facilmente manobrado e termina por delegar a sua liberdade nas maos de seus futuros algozes, aí, depois nao adianta mais espernear porque a sua vontade nao será mais respeitada.
As instituiçoes da justiça brasileira estao descendo a ladeira de maos dadas com a mídia para excluir o povo da escolha do seu próprio destino.
O povo nao percebeu que o que está em jogo é a sua liberdade e a sua vontade. Que acorde enquanto houver tempo para isso.
A PF do Zé não serve, a PR do Janot, também não e, muito menos o judiciário do Moro. Quem pode pôr cada um no seu lugar em prol do Brasil de todos seria O Congresso Nacional, então, não vejo luz no fim do túnel. Só o povo politizado na rua, o que também, está difícil.
É , o cara tem uma trave no olho e está procurando cisco para golpe.
“ah, é, ssim” que banca a caixinha para eleição. Mas isso também não é corrupção? Faça o que o Dr. manda mas não faça como ele faz.
Hei, você aí, me dá uma caixinha, aí que eu tiro você da minha listinha aqui. Repararam que não tem um tucano na lista; não que o Anastasia é Arara , né? Não conta…
13 de março 2013
Disputando uma vaga na lista tríplice do Ministério Público para o cargo de procurador-geral da República, Rodrigo Janot contratou uma assessoria de imprensa e vai tirar um mês de licença-prêmio para se dedicar exclusivamente à campanha.
No período, quer visitar procuradores em praticamente todos os estados brasileiros.
Para dar conta dos compromissos, Janot conta com um grupo de procuradores que já fez até mesmo uma caixinha para os gastos de campanha.
Por Lauro Jardim
Essa operação lava-jato serviu para nos mostrar que os bandidos estão de posse da lei.
Tem um dizer popular que fala que ninguém gosta de polícia… nem mesmo a mãe do policial…
Esse texto só reforça isso. O articulista utiliza seu filtro ideológico para atirar nos delegados, por uma suposta vontade de liberdade absoluta em relação ao poder eleito. Com todo respeito, isso é uma mentira. Pelo que se depreende do projeto legal o que se pretende é autonomia financeira e administrativa, e não independência. Algo como as agências já possuem.
Quer queira o articulista ou não, foi a Polícia Federal a responsável, seja no governo Lula, seja no governo Dilma, pelas grandes operações de combate à corrupção. Só que o contingenciamento de recursos vem reduzindo ano a ano a verba destinada à Polícia Federal, em contrapartida a outros órgãos. É de se perguntar: porquê?
O articulista, ligado ao PT, esquece que quem utilizou de subterfúgios para condenar petistas de forma questionável, no processo do dito “Mensalão” foi o Ministério Público, através de dois próceres seus: o PGR, Gurgel, e o Ministro do STF Joaquim Barbosa.
Esquece ainda o articulista que a cunhada do Vaccari(esquece ou não sabe) ficou injustamente presa por erro do juiz Sérgio Moro induzido por prova apresentada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, e não pela Polícia Federal.
Voltando um pouco mais, lembro do caso do helicóptero do pó, dos Perrela: Não sei se o articuista sabe, e não sei se o Nassif e demais comnetaristas desse blog sabem, mas quem pediu a anulação da prisão e do processo foi o Procurador da República do caso e não a Polícia Federal. Pesquisem, já que aqui se fala que se faz um jornalismo diferente da grande mídia.
Como já falei antes, é sempre mais fácil bater na polícia…