As informações confusas sobre o estado de saúde de Donald Trump, com os seus médicos oficiais e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows – os primeiros dizendo que o presidente está bem e o segundo alertando que ele tem sinais vitais “muito preocupantes” – não vão se esclarecer até segunda-feira e isso vai abalar fortemente os mercados financeiros do mundo.
Aqui, tem tudo para ser pior, por dois fatores: o primeiro, porque o destino político do Brasil está intimamente ligado à cobertura que lhe dá a proteção dos EUA; o segundo, o fato de que a moeda norte-americana pressiona a brasileira em um grau já extremamente forte, com negócios pós-market acima de R$ 5,68, valor que não era alcançado desde meados de maio, no pior da crise pandêmica.
Dificilmente vamos chegar a segunda-feira sem novidades sobre o estado de Trump, porque a pressão política é muito forte, a um mês das eleições. Como há eleições para boa parte do Legislativo e governos estaduais, a campanha não para nas bases políticas e a saúde de Trump é o grande tema entre os eleitores.
Pesquisas feitas desde o debate e até ontem apresentaram, sem exceção, melhores números para Biden e piores para Trump e as piores notícias são as da Flórida e da Pennsylvania. que somam 49 dos 270 votos no colégio eleitoral que escolhe o presidente nos EUA.
Na maior parte dos jornais norte-americanos, jornalistas e médicos consultados por eles criticaram como “evasivas” as explicações dadas pelos médicos do presidente.
Todos temer que ‘fake news” já viraram o normal nas notícias.