E aí, D. Rosa, quantos dias mais de “brincadeira de arminha”?

Não há uma opinião jurídica séria que defenda o esparramo de armas liberado por Jair Bolsonaro.

Pareceres apontando a farta ilegalidade da medida vêm de todos os lados e restam poucas dúvidas de que senão por uma inimaginável covardia – como a de Sérgio Moro, que formulou um decreto que sabe ilegal, mas não ousou desagradar o “chefe” – a medida cairá.

Mas a Ministra Rosa Weber vai protelando, há dias, a decisão e o resultado está na edição de hoje de O Globo:

O tiro foi certeiro. Os decretos do presidente Jair Bolsonaro que afrouxam regras para cidadãos comprarem armas fizeram disparar o interesse por pistolas, revólveres e munições nos balcões das melhores lojas do ramo. De jovens que pedem para manusear espingardas por curiosidade a lojistas ansiosos por bons negócios em meio à crise de um país estagnado.

A reportagem narra como garotos imaturos acorrem às lojas para “experimentarem” carabinas e outros brinquedinhos. Todo o esforço de anos para reduzir o belicismo vai indo por terra, porque mesmo proibidas as armas, a atração por elas ficará.

Que dano traria suspender o decreto liminarmente, mesmo que, juridicamente, haja – é improvável – algo plausível?

Mas parece que a consciência jurídica no Brasil mudou muito: agora ela carrega um trabuco sob o paletó.

Fernando Brito:

View Comments (16)

  • Rosa Weber não é Adolf Eichmann, apenas mais uma faceta da banalidade do mal. Quando disse que a literatura lhe permitia condenar alguém e quando votou com a colegialidade contra a própria consciência, assim se mostrava. Nos dois casos, condenou seres humanos à prisão. Se a lei permitisse, não os enviaria à morte, como Eichmann? Pois não é isso que está fazendo agora, ao liberar armas de fogo, seguindo Bolsonaro? Quantos não morrerão com essa banal liberação do mal ? A quantas famílias enlutadas dirá que apenas seguiu a literatura ou uma suposta colegialidade? Eichmann em Jerusalem, Weber em Brasília, um julgado, outra julgando, a isso chegamos.

  • essa infeliz só condena sem provas - quando a literatura permite
    em outros casos - faz aquele bico ridiculo de quem cheirou e não gostou

    • Desde o julgamento-farsa do Mentirão, quando ela assinou o voto redigido por seu "assistente" Sérgio Moro, uma pérola do fascismo de toga.

      • O "clássico": "não tenho provas, mas condeno porque a literatura jurídica me permite".

    • Desde a morte de Teori não tem um ali que não trabalhe sob ameaça.

  • Não acredito que o fascismo bolsonariano ainda seja capaz de meter medo no Supremo. Pelo menos o bom senso deveria prevalecer.

  • Esperar o quê da Rosa Webber ?
    Uma NULIDADE JURÍDICA.
    PQP !

  • " Como vocês sabe eu sou contra...... , , mas no caso um pedido de meu ex auxiliar de gabinete , hoje então ministro da " justissa , meu querido marrequinho , que passou batido na constitucionalidade do projeto , vou segurar até os amigos do capitão comprar o que tem que comprara. O que eu não faço por ele e seu chefe " .

  • E pensar que passamos anos fazendo campanha para não darem armas de brinquedo para as crianças, não dá para acreditar que tudo deu errado.

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