“É pouco, mas é meu”

Não são tão poucos que permitam à direita convencional aspirar a aparecer com outra solução, nem tantos que possam manter o país na insensatez em que está mergulhado.

A quantidade de manifestantes bolsonaristas pró-golpe que se reuniu hoje em algumas capitais mostra que, petrificada pelo ódio fundamentalista e por um fanatismo religioso medieval, mostra que, o “núcleo duro” do bolsonarismo está longe de desaparecer.

Jair Bolsonaro, do alto do helicóptero das Forças Armadas, criam, está satisfeito como um pecuarista ao observar seu rebanho. Mingua, é fato, mas está marcado, amansado, obediente a seu berrante presidencial, seja qual for a loucura que diga.

Estão convencidos de que o comunismo está à porta, que a pandemia é ideológica, que a China está por invadir-nos e que Messias, o Bolsonaro, é o enviado de Deus.

Seu caminho é o da radicalização e a intolerância é seu estandarte.

Não existe a possibilidade de um saída pela “não -polarização, poiso a polarização está dada pelas forças que hoje dominam o poder político no país.

Tornou-se impossível – e as camisetas “100% Bolsonaro” o demonstram – ser “meio-bolsonarista”.

Como a ensinar que, para haver aqui um capitalismo selvagem, é preciso de selvagens no poder.

É por isso que vai se desfazendo a perversa e mortal armação que se fez para tirar o Brasil do caminho da razão.

Não há razão possível quando se desperta uma turba de insanos.

Não há terceira via possível a isso.

 

 

 

 

 

 

 

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