Em 64, a ditadura também veio em nome da ordem e da liberdade.

tanques

Eu morava numa pequena rua do Méier, a Travessa Miracema, num apartamento térreo e tomava café da manhã, como sempre, com meu pai, num quartinho que era uma espécie de copa. E, como todos os dias, ouvíamos rádio, um portátil Semp, com sua capa de couro marrom e a novidade: “all transistor”, isto é, sem válvulas, como os caixotões.

Meu pai ergueu-se de súbito e saiu. O portão do prédio era baixo, como eram baixos os portões naquele tempo, e não se fechou. Fui atrás dele, assustado, segui-o pela calçada até que ele parasse. Parou e vi um tanque rolando preguiçosamente pela Rua Dias da Cruz, a principal do bairro.

Foi só o que vi do golpe na rua, pois fui corrido para dentro de casa.

Depois, vi livros e papéis sendo queimados e um “tio”, muito assustado, fazendo pouso lá em casa.

Minhas memórias infantis deste período são pequenas. Lembro do filho de uma professora, amiga de minha mãe, em dificuldades ou desaparecido, nem lembro mais.

Lembro da frase tristemente chistosa: “O que você acha? Eu não acho nada, porque o último que achou não acharam mais”. E da vizinha mais odiada do prédio, Madame Vila Kennedy, que se orgulhava de seu marido ser lacerdista e ter participado de remoção dos pobres para aquelas lonjuras da Zona Oeste.

Cresci sob a ditadura e talvez só pela idade tenha escapado do fim trágico que muitos jovens, poucos anos mais velhos, tiveram.

Alcancei a maturidade já nos estertores do regime e o que sofri não foram senão umas bordoadas e algumas ameaças em carinhas do CCC, o Comando de Caça aos Comunistas. Tenho uma delas até hoje, com um ridículo machado pingando sangue.

Talvez por ter visto o que foi um regime sem liberdades, eu as preze tanto e me arrisque a andar na contramão de alguns “libertários”  que, no seu barulhento autismo, não enxergam além de seus narizes empinados de donos da verdade.

A falta de lucidez política – natural até em muitos e imperdoável nos mais velhos – está abrindo caminho para os esgares autoritários.

Não, não estou me referindo aos facínoras miúdos que aparecem nas redes sociais defendendo a lei da selva, o moralismo udenista (pelo qual todo mundo é ladrão, inclusive eu, acusado de receber dinheiro estatal – não tem importância que não receba de fato um tostão – para defender um governo de natureza trabalhista e nacionalista, ainda que falho e imperfeito) e a demonização da política.

Falo do espanto do qual muitos não estejam tomados, como eu, ao ver que são cada vez mais inquestionáveis os movimentos que apontam para uma ruptura democrática no Brasil, como de resto em toda América Latina.

A pesquisa Datafolha, que este blog antecipou , em dois posts (aqui e aqui) é um escândalo contra a democracia, travestido de liberdade de informação.

Não, não é democrático promover pesquisas para aferir o grau de apoio ao fim da democracia, à tortura, ao fechamento de partidos e sindicatos, à censura aos meios de comunicação (que é algo totalmente diferente de seu controle social), ao fechamento do Congresso às prisões indiscriminadas e à revogação dos direitos fundamentais dos cidadãos.

Não tem finalidades sociológicas, mas propagandísticas, que nem mesmo dependem de que se forme uma eventual maioria  em favor destas monstruosidades.

É o sinal para que se formem, se é que já não estão formados, núcleos que visem sua legitimação política em torno do “restabelecimento da ordem”  que não está abalada, embora a mídia, como um partido único, apresente o país como em caos ou em chamas.

Com a prestimosa ajuda dos delirantes blocos do “nós somos a revolução” que nem mesmo sabem dizer que revolução seria esta.

A direita os trata bem, mesmo quando lhes bate e pede polícia, porque lhes dá um tamanho que não possuem.

Transforma-os em espantalhos a justificar o rebote autoritário.

Assistimos à sabotagem de um governo democrático e eleito e, pior, vemos que esse governo também o assiste, sem reação.

Reação não é um papelucho propondo que não tenha máscara em manifestação ou que se tire tal ou qual franquia dos movimentos sociais e dos eventuais protestos.

Reação é combate político, é esclarecimento da população, é desmascaramento de conspirações, é apelar para o que o povo brasileiro deseja: desenvolvimento, progresso, paz e o direito que meus filhos têm – como o seu jovem pai não tinha – de decidir para onde caminhar.

A liberdade não é o algoz das liberdades, mas a covardia o é.

Temos um gaguejante ministro da Justiça, que ouve calado os que se levantam contra os abusos serem chamados de incitadores da desordem, mas que não vai ter a coragem de ir a público indagar o que se quer com uma “pesquisa” que quer,  supostamente, detetar o volume de apoio à subversão da ordem democrática.

Leia isso de novo, por favor: o volume de apoio à subversão da ordem democrática!

Pois é disso que se trata e não uma simples curiosidade estatística, por jamais se fez isso ao longo de mais de 30 anos de democracia e de existência do Datafolha.

Por que agora?

Por que há um cheio de golpe cada vez mais forte.

Ontem, Fernando Henrique Cardoso, disse que país precisa de um “sacolejão”.

Que tipo de “sacolejão”?

O do voto, ao que parece, não está ao alcance deste desejo de “sacolejar”.

A pesquisa CNT divulgada hoje, que dá a Dilma  folgada vantagem (43,7%)  sobre a soma de Aécio (17%) e Eduardo Campos (9,9%) transfere para outros campos este desejo de “sacolejar”.

Os tolos que ajudam com provocações a este clamor por ordem talvez sejam mais infantis que eu, aos meus cinco anos, correndo a ver o que assustava meu pai.

Porque não quero o mesmo para meus filhos e porque não somos crianças tolas e assustadas.

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42 respostas

  1. A pesquisa do Datafolha é uma coisa muito séria. Se houvesse um Conselho de Defesa da Democracia, algo assim, deveria ser acionado para interpelar judicialmente os responsáveis pelo jornal. Sabemos que a Folha deu forte guinada que atingiu os limites da extrema direita. E estes limites começam a ser expostos em ação concreta contra a Democracia. Claro que há perguntas irrelevantes para tentar confundir, se o fato redundar em interpelação, mas será fácil neste caso demonstrar a essência da mensagem central que esta pesquisa busca introduzir na opinião pública. É preciso denunciar a pesquisa da Folha do modo que for possível, uma pesquisa desta dimensão não é ação política que se deva ignorar.

  2. Pessoal, também não é o fim do mundo! Conversando com a minha avó, ela me explicou algumas coisas sobre a ditadura. Não havia baderna, não havia tantos crimes, a coisa era mais organizada.

    1. kkkkkkkk….é sempre a mesma ladainha de sempre para que seja instalado um regime autoritário e sanguinário como o que dominou por aqui de 1964 a 1985, agora o inimigo não é mais o “comunismo” ( se bem que alguns retardados ainda insistem nessa tese bisonha e sofista para encorpar as fileiras do neofascismo vejista).

      Perseguição e tortura a opositores políticos, milagre econômico para a elite e setores da classe média (a classe trabalhadora continua esperando o seu pedaço do bolo até hoje), cassação de mandatos, terrorismo de Estado, proto-fascismo, concentração fundiária,patrulhamento-ideológico, apartidarismo….

      Esse papo de que não havia “baderna” é em parte verdadeiro, uma vez que o porrete e a bala comiam soltos para quem se levantasse contra a tirania governamental.

      Não vivi nessa época mas defender esse regime é pura psicopatia!!!!

      1. Não é psicopatia, é liberdade de expressão. Talvez, alguns aqui, não saibam o que significa liberdade de expressão. Psicopatia é defender a mordaça para os meios de comunicação!

        1. Luís, o que você acharia de uma pesquisa sobre se as pessoas deveriam ser assassinadas? Ou se deveriam ser “desaparecidas”? Ou se deveriam ser esquartejadas? Ou estupradas, eletrocutadas? Condenar isso é “mordaça”?

          1. Fernando, pensando por esse lado, eu te dou razão! Eu não havia pensado nisso. É, realmente é complicado. Aliás, até a própria presidente, entre tantas outras pessoas, sofreu tortura. Mas eu acho que esse tipo de manifestação que vem ocorrendo não é mais legítima. E também sou contra esse negócio de “não vai ter copa”.

        2. Estava saindo da adolescência quando da ditadura. Trabalhava numa grande construtora, hoje miliardária, que me fotografou e todos os funcionários para saber se não havia um comunista. Também, havia na FIESP, uma lista negra de empregados que faziam grave por melhores salários ou que entrava na justiça para receber o que de direito. Você pensa que este blog existirá, numa nova ditadura? Quem você acha que serão cassados, presos, torturados e mortos? Acha que serão jogados de aviões, ainda vivos, os presos amarrados e amordaçados? Ou morrer preso a um jipe que rodou várias vezes até que o preso morra, como aconteceu ao Angel? Ou morrer suicidado como aconteceu com o jornalista Wladimir Erzog, que fugiu de um país comunista para morrer em plena ditadura aqui no Brasil.? Será criada uma OBAN? Não sabe o que é isto, procure saber. E pense que perderemos o nosso lindo Brasil. Eu tenho 71 anos, nasci numa ditadura, convivi com outra e, de acordo com o que está ocorrendo, morrerrei numa. QUE SACO!!!!!!

          1. Luis:
            Sinto muito que a única tortura que veja seja a mais visual possível.Mas leve em conta pessoas que foram alijados de suas ocupações ,até mesmo exilados por conta em não acreditar nestes golpistas traiçoeiros que visavam única e exclusivamente o bem próprio.

        3. “Nós temos nojo e ódio da ditatura” “Ulisses Guimarães”, Presidente da assembleia nacional constituinte, ao proclamar o encerramento da constituição cidadã de 1988.
          Ninguém quer colocar mordaça em ninguém amigo, se você quer entender bem esta questão, é só você se aprofundar sobre o assunto e você ira descobrir que o que querem eu, Fernando Brito e tantos e tantos outros milhares de brasileiros é que se cumpra a constituição, nada mais do que isso.

    2. Desculpe-me, mas sua avó é uma imbecil.
      E pelo visto a coisa é genética…
      Pode censurar, Brito, mas é que estou sem paciência para tratar com canalhas do tipo “olha, não é bem assim”.
      O que sabe esse cretino sobre a “gloriosa Revolução”, além daquilo que sua avó estúpida lhe disse?
      Ah! tenha a santa paciência!

        1. Por que não? Aceitou o seu. Que é, voce é a favor da censura? Eta, ditadorzinho!!!!!! Entenda, isso que é democracia, não como os blogs cheirosos que não aceitam a minha opinião.

    3. Caro Luis Felipe… você levou umas boas bordoadas né rapazinho? Cheguei a dar risadas.. Mas deixe eu te dizer uma coisa, fiquei com pena de você não pela surra mas pela sua completa falta de compreensão dos males que a ditadura causou ao Brasil e o atraso social, econômico e político que ela nos infligiu. Rapaz pare de ouvir a vovó e leia 100 vezes os comentários do Daniel, do Fernando Brito, da Maria Libia e principalmente a do Romildo! Você se imaginou no lugar dele? Acredite rapaz foi uma fase triste do país que nos causou muita dor tanto física como moral. Luis leia mais os blogs sujos, liberte-se e seja feliz!

  3. As pessoas de maneira geral, em todo o Brasil, devem já ter percebido como, de uma hora para outra, se tornaram mais frequentes cenas de estresse incontido em locais públicos como bancos, supermercados, transportes coletivos, etc., em que um indivíduo irado começa a gritar grosserias aos ventos, xingando o governo, os políticos, o país, algumas vezes até lançando profecias sobre a chegada iminente do “justiceiro vingador”. Os mesmos que financiam pesquisas como essa da Folha, podem também simultaneamente estar pagando provocadores profissionais para encenar essas explosões de cólera, assim como para espalhar boatos, cientes que são do efeito manada que podem provocar. Neste exato momento, a mesma Companhia das Índias Angloamericanas põe em marcha seu arsenal de táticas para insuflar o fascismo na Ucrânia, e desmantelar aquele país geopoliticamente estratégico do Cáucaso. As cenas falam por si:
    http://www.youtube.com/watch?v=GxY60DondC0
    http://rt.com/news/kiev-clashes-parliament-voting-538/

  4. Quero saber o seguinte: o que pensam os jornalistas da Folha sobre essa pesquisa? Foram consultados? Participaram de sua elaboração? Algum deles discorda de tal abordagem em uma pesquisa como esta? Qual a função de tal pesquisa no trabalho deles? Poderão criticá-la? O que acha a ombudsman sobre isso? Em suma, qual é a de vocês, jornalistas da FSP, diante dessa pesquisa? Com a palavra Jânio de Freitas, Clóvis Rossi, e alguns poucos outros que ainda tem algo a dizer! A opinião destes pode clarear um pouco quais as reais intenções deste diário. O resto, come na mão do patrão! Dirão o que o chefe mandar.

  5. querem um novo golpe só para atrassar este país em mais 50 anos…na venezuela já estão tentando mais uma vez….é de interesse dos eua e todos nós sabemos o atraso da AL!!!

  6. Eu vivi a ditadura e presenciei muitas pessoas amarradas aos cavalos da polícia sendo arrastadas pelas ruas. Vi meu pai ser preso e apanhar da polícia. O meu pai teve sorte pois através de amigos conseguiu ser internado em um manicômio (Hospital Grafeguim) no Rio de Janeiro) para não ser preso, torturado e morto. Tirou diploma de doido e os militares o deixaram em paz. Passávamos fome, emprego era difícil de se arrumar.
    Mesmo depois o meu pai deu uma de doido e junto com meu irmão saíamos de madrugada para pichar muros (ABAIXO A DITADURA.
    Ainda tem gente que quer de volta a ditadura.

    1. romildo, obrigado pelo depoimento. muito mais construtivo que o do coxinha acima elogiando “pero no mucho” a ditadura.

  7. Fernando. Nao sei como voce pode aceitar, esses cinicos apologistas de direita, debochando descaradamente de todos que aqui expoe suas opinioe. Lastimavel.

  8. SR. Fernando Henrique Cardoso, como todo o brasileiro que tem aquilo roxo, quero te mostrar o que realmente está precisando de um sacolejão, me procura que eu te mostro o que todo o brasileiro que tem aquilo roxo quer mostrar para o Sr. dar um belo sacolejão…te espero!

  9. Concordo inteiramente com o Fernando Brito.
    Também vivi boa parte da vida sob regime militar ditatorial.
    Sei bem como eles fazem para impor a ordem e a quem permitem certas “liberdades”.
    Sei também quem são esses arautos do golpe, tanto os nacionais e como os estrangeiros:
    São os mesmos de sempre.
    – Estão aqui deitando falação encrustados e protegidos nas redações dos “jornalões”, nos estúdios de TV e rádios e no comandando e manipulação pela internet exércitos de analfabetos políticos e inocentes úteis.
    – Estão aqui vestindo soberbas togas pretas, transformando tribunais em palanques políticos, vendendo sentenças, criminalizando a Política, violentando a Constituição e os Direitos Humanos e afrontando sagrados princípios democráticos.
    – Estão aqui os golpista donos do capital, corruptores da máquina pública, financiadores de campanhas eleitorais e de candidatos corruptos. Chantagistas do Estado.
    – Estão lá fora, teleguiando suas embaixadas, dando “apoio logístico” e garantindo política, financeira e militarmente toda “operação”.

  10. Caro Fernando Brito
    Em geral respeito as opiniões e textos apresentados neste site, que acompanho faz tempo. Mas dessa vez peço licença para criticar. Este artigo ao meu ver é uma demonstração de ampla irresponsabilidade.
    Golpes não se fazem na ausência de golpistas. Quem são os golpistas de 2014? O Exército? A ilação é tão absurda que dá pena. Setores conservadores e direitismo sempre existirão nas Forças Armadas, mas o fato é que a esta corporação não interessa o oneroso exercício de um poder cuja contestação será ampla. Não estamos mais em 1964: a sociedade brasileira se organiza e se comunica de forma substancialmente distinta e qualitativamente superior. Os setores nos quais a nostalgia da ditadura militar é ampla são por princípio pouco mobilizados, o que talvez explique o saudosismo.
    Qual outro grupo organizado poderia aspirar ao golpe? A oposição? Qual é a capacidade dos partidos oposicionistas em mobilizar os contingentes necessários para um golpe? Onde ocorrem de fato tais mobilizações? Sem apresentar dados a respeito o texto todo se perde no vazio.
    Venezuela? Trata-se de caso bastante distinto do nosso. Gostemos ou não de Hugo Cháves, o fato é que a politização das classes baixas venezuelanas – e a concomitante mobilização social gerada nos setores antichavistas – está na base dos enfrentamentos urbanos que vemos nos últimos dias. Me parece que a oposição venezuelana é pelo menos tão canalha quanto a nossa: mas suas vias foram determinadas por um processo mais amplo que não encontra paralelo entre nós. Nossa sociedade tem poucos nós de mobilização que poderiam gestar o ovo da serpente, ao menos em seu atual momento.
    O jogo da oposição midiático-política (ou político-midiática, como queira) consiste numa desestabilização cujas finalidades são eleitoreiras. Jogo sórdido que devemos combater a todo custo. Mas o alerta de golpe deve ser provado de forma inequívoca: do contrário, torna-se o mero e baixo reflexo das artimanhas gestadas nas redações dos grandes jornais, revistas e redes televisivas. Como esquerdistas devemos ser superiores a isso. Infelizmente, alguns articulistas da imprensa progressista estão em débito neste quesito.

  11. O clima em nada se assemelha ao de 1964 e olha que naquela época para dar o golpe foi uma dificuldade que só uma mala com 2 milhões de dólares resolveu a parada.
    O mundo outro, o Brasil é outro, além do que a história só se repete como farsa. Vamos parar de caganeira!

  12. Em 1964 estudava num colégio interno no interior do RJ (sem TV);
    No período 65-68 estava “preso” numa escola técnica, também no interior do RJ (8 horas p/dia), com 30 dias de férias no fim do ano (Informação: TV sob domínio da Globo);
    De 1969 a 1973 numa faculdade no interior de SP comecei a perceber e conhecer um pouco o “outro lado” quando tivemos colegas “desaparecidos”(Informação: Jornal da Tarde e Pasquim);
    A partir daí comecei a reagir – pelo VOTO! E como exemplo em 82 tive a honra de votar e trabalhar pelo PDT na eleição de Brizola.
    Hoje em dia, fico pensando que se tivesse vivido minha juventude com a mesma INDIGNAÇÂO que tenho hoje, não estaria mais aqui escrevendo esse texto.
    Fico triste em ver que hoje em dia, mesmo tendo a disposição tanta informação ou seja, não somente um lado da moeda, saber que muitos tentam fazer a “mesma história” se repetir, e mais triste ainda, vendo tanta gente embarcando na “mesma farsa”…

  13. Quando começar de verdade a campanha eleitoral, o nosso povo que de bobo não tem mais absolutamente nada, vai continuar a prestar atenção nos discursos e nas propostas dos candidatos.
    Alguém tem alguma vaga lembrança em discursos ou propostas da direita em que a palavra “POVO” tivesse sido incluída?
    As urnas vão dar o maior sacolejão. aguardem!

  14. … E o matuto, aqui, sente cheiro de golpe desde o dia em que nasceu em Pindorama!…

    Atualmente, o golpe é de natureza jurídico-midiático, devidamente chancelado pela CIA e pelo Pentágono! Só não sente o cheiro golpista quem não tem células olfativas (sic), a exemplo da ABIN do ‘[tíbio] PT da Governança’!

    … E dá licença que eu preciso espirrar(!)…

    República da [eterna] ‘Anã’ oPÓsição ao Brasil! “O cheiro do PÓ ‘cheiroso’ e dos cavalos ao do povo!”
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

  15. …”O sacolejão” do FHC talvez “empurre forças no tucano [Eduardo] AZARedo, e o mesmo se digne a honrar o mandato: coragem para prestar os devidos esclarecimentos na tribuna da Câmara dos Deputados!… Lembram do petista João Paulo Cunha?!… “Intonci”, “escuta esta”:

    (…)
    Após reunião com a bancada da legenda tucano, integrantes da sigla informara que a defesa do parlamentar, ex-governador de Minas, o deputado federa Marcus Pestana, também do PSDB, apresentará na tarde desta quarta-feira (18), por escrito, a defesa de Azeredo.
    “Como toda pessoa inocente acusada injustamente, ele está abalado, a família fica abalada. Só os canalhas e corruptos não se preocupam com a própria honra”, disse Pestana, que também preside o PSDB em Minas Gerais e é um dos principais aliados do ex-governador do estado.
    (…)

    FONTE: mídia “democrática” nativa!

    República da [eterna] ‘Anã’ oPÓsição ao Brasil! “O cheiro do PÓ ‘cheiroso’ e dos cavalos ao do povo!”
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

  16. Entendi o “sajolejão” que o FHC, de triste memoria, acha que o pais precisa.
    Pegar todos aqueles que ameaçam impedir que ele e sua gang volte ao poder e fazer o seguinte?
    “Levar para a cadeira do dragão”,
    “Levar para o garote vil”,
    “Levar para o pau de arara”,
    “jogar em alto mar de avião amarrado”,
    “jogar em alto forno na siderúrgica em Niterói”
    “jogar na jaula dos gorilas”
    “Matar suicidado em uma cela de prisão com barbante”,
    “Afogar em uma piscina de criança”,
    “Enfiar um charuto acesso no fiofo do camarada”,
    “Estuprar a esposa e filha na presença do marido e pai”,
    “Obrigar o sujeito a assistir o programa do Faustão, do Luciano Huck e o Fantástico”.
    “Enfiar uma agulha bem grande e grossa logo debaixo das unhas dos dedos das mãos e dos pés”,
    “vender todas as estatais que ainda temos a preço de banana para os brilhantes amigos e com financiamento do BNDS”,
    “Comprar apoio parlamentar para aprovar uma reeleição ao preço de 200 mil reais cada um, com disse o deputado Ronivon”
    “Acabar e afundar com o programa “Minha casa minha vida”
    “Perdoar a DARF da amiga globo e injetar lá mais outros bilhões de dinheiro suado do povo para financiar mais BBB para o povo ficar cada vez mais BOBO”,
    “Afundar de vez com a Petrobrás, enterrar de uma vez por toda o Getulismo e como consequência todo e qualquer governo trabalhista que existiu ou possa existir depois do GETULIO”,
    “Apagar da memoria de todo brasileiro a lembrança de GETULIO, DE JANGO, DE BRIZOLA, DE LULA E DILMA”,

  17. Enquanto o FHC, de triste memoria quer um sacolejão no pais, a presidenta Dilma trabalha duro para que o pobre e miserável deste pais tenha um sacolão cheio de frutas, verduras, legumes, carne, proteínas, cereais para levar para casa para ele e sua família, de preferencia morando em uma casa, mesmo que financiada pelo programa minha casa, minha vida, mais sabendo que pagando e pagando direitinho a casa um dia vai ser sua, mesmo que demore, sustentar sua família, com o trabalho do seu suor e sabendo que amanha ou depois não vai estar desempregado, o homem esta feliz como jamais foi na vida. bye bye padim, bye bye a é sim, bye bye FHC

  18. A trincheira de luta é a mídia. O governo tem que usar melhor a mídia. De imediato, deveria usar mais cadeias nacionais de rádio e televisão para informar de forma bem didática sobre suas ações. O grosso da população não tem informações por exemplo sobre os reais gastos com a Copa e os benefícios que trará. Não sabe sobre as grandes obras que estão sendo feitas por todo o país. Eu escuto cada bobagem, fruto de pura desinformação. Black Bostas…oposição… esses não são o principal inimigo, mas sim o PIG.

  19. Luis Felipe Gonçalves Salvatore. Gostaria de colocar uma coisa muito importante. Democracia é liberdade.É liberdade de pensamento. É liberdade de expressão. Mas, democracia também é sinônimo de cidadania, de Estado de Direito e é “Ordem e Progresso” sim. Ditadura não. Ela fere todos os direitos dos cidadãos, bons ou maus. A frase colocada por sua “vózinha”: “Não havia baderna, não havia tantos crimes, a coisa era mais organizada” não pode ser contextualizada. Primeiro porque o mundo era diferente. Se não existia baderna era porque os porões da ditadura estavam cheios de pessoas comuns como nós que só queríamos ter o direito de expressão – como estamos fazemos aqui. Se não havia tantos crimes e a coisa era mais organizada é porque vivíamos todos com medo, até mesmo os assaltantes, ladrões, facínoras…mas se formos analisar estaticamente, existiam sim. Os bandidos, delinquentes, ladrões, etc.,etc; eram executados, enterrados, ferindo o princípio primordial do Estado de Direito, de ampla defesa. Então a “ordem e a organização” era, acabar com os marginais a todo custo, executando penas com as próprias mãos. Eu nunca gostaria de ver isso novamente. Já bastam os 45 dias que fiquei escondido para não ser pego pelo DOPS, só porque expressava minhas opiniões. Obrigado.

  20. “E a besta perdendo a batalha no céu baixará à terra e travará a mais sanguinolenta das guerras”.
    Depois do PIG e o STJ desamascarados o que virá se as massas não estiverem organizadas contra qualquer golpe?

  21. A comparação com 1964 parece que tem elementos pertinentes, afinal a história tem continuidade. Mas como alguns comentários apontaram aqui, há diferenças relevantes na conjuntura. Mas é justamente a conjuntura mundial que nos deve deixar no minimo alertas. Desde a crise mundial de 2008 que vários movimentos contestatórios tem explodido pelo mundo; há claramente uma estratégia para conter qualquer saida a esquerda para esses movimentos e para governos que eventualmente apontem para essa direção, mesmo que minimamente.
    Não quero fazer uma elaborada ‘teoria da conspiração’; coincidencias e acasos existem, mas coincidencias que se acumulam não são mero acaso, mera coincidencia. OS movimentos contestatórios organizados – dos partidos de esquerda tradicionais a movimentos renovados como o OCcupy – foram crescentmente barrados nas ruas, na internet e na midia tradicional por ‘novos’ movimentos libertários, anarquistas, black blocks, anonymous e muitas vezes aberta ou veladamente neonazistas, como na Ucrânia. Do Occupy nos EUA á Espanha, passando pela ‘primavera’árabe, toda tentiva de organizar a população pela esquerda foi barrada por esses ‘movimentos’. Em todos os casos o resultado foi uma guinada eleitoral cada vez mais a direita – como na Espanha – ou um golpe aberto como no Egitom ou uma guerra civil como na Siria e como parece indicar a direção da Ucrania ou da Venezuela.
    Desde o ano passado que os ‘levantes’ passaram a ocorrer primordialmente em países como governos de esquerda – mesmo que ‘rosa pálido’ como o Brazil e a Tailandia – e em países estratégicos do ponto de vista geopolitico, com a Ucrânia e a Turquia.EM todos esses lugares o roteiro é o mesmo: uma manifestação com algum tipo de reivindicação pontual e com poucos adeptos é reprimida com brutalidade pela policia, levando ao aumento do numero de pessoas em manifestações e a revolta que ‘sai do controle’ e termina com violencia, ocupação de prédios publicos e em alguns casos a reivindicação da derrubada do governo(mesmo que seja o governo local…). Muita coincidencia para acreditar que é mero acaso.
    TRata-se de uma revolução espontânea? depois de tantas coincidencias não da para acreditar nisso. Trata-se da tentativa de um grupo de ‘dominar o mundo’? talvez a tentativa de manter o mesmo grupo de sempre no controle – os 1%, a elite, o capital, chame como quiser – já que este grupo parece ter percebido que não tem mais condições de se manter no poder através do pão e circo para o povo e esta substituindo isso por repressão e propaganda.
    Olhando para a conjuntura mundial não acredito em um golpe amanhã no Brasil; olhe para a conjuntura internacional e veja que a estratégia e o resultado favorável ao avanço da direita foi em cada caso adaptado as condições de cada país.
    No geral me parece tratar-se me parece da ‘estratégia de tensão global’: criar o tumulto, o caos, a confusão, fazer a propaganda, o jogo de informação e contrainformação, disseminar do ódio de forma generalizada. Trata-se de conquistar corações e mentes em todo o mundo para o facismo com face renovada.

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