Embora aqui a pandemia do coronavírus está sendo dada como coisa passada, o sinais que vêm de fora são assustadores.
Quinta-feira, 23, o mundo registrou o maior número de testes positivos para a doença – 982.822 -, quase todos na Europa (519 mil) e nos Estados Unidos (267 mil).
É verdade que o número de mortes caiu a menos da metade do que se registrava no início deste ano – 7 mil contra 15 mil óbitos diários em janeiro-feveiro-março – mas ainda assim uma perda imensa de vidas e, novamente, concentrada entre os europeus (3.650) e os norte-americanos (1.297).
Na maioria, são países com vível de vacinação bom ou razoável, mas que passaram, com o alívio da pandemia, a ver crescer a recusa á vacinação.
Ontem, hoje e amanhã, mais de 5 mil voos foram cancelados pela companhias aéreas, um quarto deles nos Estados Unidos.
Não sabemos com que força isso chegará aqui, torcendo para que seja pequena, embora alguns dos indicadores de internação hospitalar tenham voltado a crescer.
Mas pode contar que, economicamente, as consequências já estarão chegando ao mercado financeiro brasileiro.
Já em níveis muito ruins, ações e câmbio podem piorar e anular qualquer perspectiva otimista que ainda sobreviva ao quadro de deterioração econômica.
Barbas de molho, porque ardem as dos vizinhos.