Emenda é pequeno passo para diretas. A caminhada é na rua

faixadiretas

A aprovação, na Comissão de Constituição de Justiça do Senado da proposta que estabelece  eleições diretas no caso de vacância dos cargos de presidente e vice é, claro, muito positiva, mas está longe de ser a chave política para o restabelecimento de um poder legítimo no Brasil.

Politicamente, tal como aconteceu com a Emenda Dante de Oliveira, só existirá se a maciça vontade do povo brasileiro (90,6% a favor, como registrou uma pesquisa – converter-se em mobilização, com aconteceu naquele já longínquo 1984, com a campanha das Diretas-já.

A pressão popular sobre o Congresso, se existir, é algo tão forte que, naquela ocasião, proibiu-se a transmissão da votação (até mesmo a radiofônica, recordo que a fizemos, no Rio, com telefone fixo e alto-falantes).

O mais importante, hoje, foi a falta de disposição da bancada governista em exibir-se defendendo eleições indiretas, mesmo que pudesse formar maioria.

Não que eles sejam dados a pudores, como demonstraram no espetáculo dantesco da votação do impeachment.

Mas, por rejeição das ruas, chegarão ao ponto de ter de se vergar aos eleitores.

Embora, como disse ontem o senhor Rodrigo Maia, eles gostem mesmo de servir ao “mercado”.

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9 respostas

    1. … Não é possível que as instituições [supostamente] republicanas deste país em frangalhos continuem a jogar, deliberada, adrede, covarde e criminosamente contra o Brasil!
      Chega!
      Já deu!
      O povo brasieliro está sofrendo demais!
      A nação não resistirá a tantos solavancos!

  1. Ou é eleição ou é indireta, não dá pra juntar as duas coisas. Não existe eleição indireta. O que ocorre numa “eleição indireta” é um acordo entre os golpistas para a escolha de um nome que agrade às várias facções e, como os golpistas são maioria no congresso, a escolha dos chefões do golpe é referendada. Basta dar uma olhadinha na maneira que era durante a ditadura. A ideia é simular a existência de democracia, já que aquele monte de lixo foi jogado dentro do congresso através do voto popular, portanto seriam “representantes” do povo agindo em seu nome. Ave Maria!
    Os aliados da ditadura de 1964 dominavam o congresso, a emenda Dante de Oliveira não passou. Será diferente agora? O congresso que rasgou a constituição para colocar esta gente no poder vai fazer alguma coisa diferente agora? Quanto irá valer cada voto contrário à aprovação da PEC no plenário? Este senadores e deputados estão pouco se lixando para a vontade popular.

  2. Amigos, o Tijolaço esqueceu de contar que a PEC prevê diretas em caso de dupla vacância até o terceiro ano de mandato e, se aprovada este ano, passa a vigorar no próximo, quando o Presidente Temer já estará no quarto ano. O Lindinho tentou uma manobra para anular essa regra consolidada, mas teve que voltar atrás. Ou seja, para atingir o objetivo final é necessário:
    1 – Aprovar a PEC (o que não é fácil)
    2 – Fazer isso até o final do ano (ainda mais difícil),
    3 – Convencer o STF a permitir a sua aplicação imediata (e de imediato)
    4 – Fazer o Temer sair no período entre esta aprovação e o final de ano.
    Companheiros,
    Em termos de ações práticas, devemos começar a pressionar o Congresso e o STF com as nossas manifestações de 5 mil pessoas. E devemos fazer de tudo para o Temer NÃO SAIR agora, pois se ele sair antes da aprovação vale a regra atual, de eleição indireta. Então, camaradas, realpolitik acima de tudo, nada de atacar o Presidente nos próximos meses.

    1. O Temer deve ser atacado sem trégua. Há uma forte disposição por parte das elites de fazer com que o povo brasileiro aceite passivo ser governado por um ladrão que além de confundir bom governo com governo neo-liberal, tenta a todo custo acabar com as conquistas sociais, sem entender que, como dizia Montesquieu, não há estopim mais eficiente para provocar uma revolução que a perda de vantagens conquistadas pela classe trabalhadora. Na burguesia, a perda de vantagens encaminha para a corrupção. Na classe trabalhadora, encaminha para os levantes épicos.

    2. Ernesto coxinha malandro pensando que tira onda. Um vez comedor de alfafa, sempre comedor de alfafa, pato.
      Tenho certeza que tens medo de urna e de voto popular – já perdeste 04 eleições e perderás outras tantas junto com tua turma da direita corrupta histórica. Simplesmente porque não tem projeto de nação, só tem a oferecer ódio de classe, entreguismo e exploração.

      1. Tudo bem. Mas sejamos práticos, o que você prefere:
        Tirar o Temer logo e deixar a direita eleger o sucessor indireto que vai até 2018?
        Manter o Temer até a aprovação da PEC para tentar as diretas com o Lula antes da sentença do TRF4?
        x
        Uma coisa ou outra.

  3. Mas essa PEC seria para um mandato tampão, de 1 ano? E o legislativo segue o mesmo? Sei não… De remendo em remendo a Constituição está ficando um farrapo.

  4. Eleição direta para presidente esse ano só vai resolver o problema da governabilidade se o mandado for para 5 anos com o fim da reeleição.

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