Logo virão os editoriais exigindo as cabeças de Mauro Osório (AGU) e Henrique Alves (Turismo).
Afinal, os dois já foram publicamente desmoralizados pelo Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Porque Michel Temer sofre uma crise aguda de autoridade que o faz tremer diante de qualquer decisão.
E aí vamos para manchetes do tipo “Temer decide (decide?) manter ministro implicado na Lava Jato”.
A “medalha de ouro” para a corrupção, que lhe apontou o The New York Times por fazer “soar oca” a promessa de combater os desvios, soa, até para os mais condescendentes, falsa.
Não se sente em condição de chacoalhar o delicado condomínio de interesses – uma imensa parte deles, impublicável – sobre o qual se mantém.
Então, prefere deixar que os dois apodreçam no cargo e caiam.
PS. No “lote” está inclusa também Fátima Pelaes, a ex-deputada apontada como desviadora de verbas, que Temer escolheu para simbolizar as mulheres em seu “time de machos”.
