Enfraquecimento de Cunha é bom também para a economia

 

 

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A Unilever, multinacional de alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal anunciou ontem, em sua página, que seus investimentos no país vão chegar a R$ 1 bilhão, até 2017: uma fábrica de desodorantes em São Paulo e um centro de distribuição de alimentos em Pernambuco.

O comércio eletrônico registrou, no primeiro semestre do ano,  faturamento R$ 18,6 bilhões, crescimento nominal de 16% frente ao mesmo período de 2014. Muito mais que a inflação, portanto.

Então, onde está a crise?

Ela existe, sim, e está localizada em alguns setores, dos quais se expande para outros setores da economia e da vida cotidiana, esta também afetada pela alta do preço dos alimentos – impressionante a incapacidade de ação governamental neste setor – e da energia.

Fora daí, o que nos gera crise, se ela não é financeira, como demonstram os polpudores resultados que o setor segue registrando?

O primeiro fator, inquestionavelmente, é o corte das despesas públicas, que deixam de irradiar seus efeitos sobre a a renda, o emprego, a produção e os serviços.

Outro, especialmente sensível, é a paralisia do setor de petróleo, que responde por 13% do PIB brasileiro. Uma parte, certo, vem da queda do valor do óleo no mundo (mais de 50% desde o início do ano), mas muito maior é a situação de impasse e medo gerada pela Operação Lava-Jato. Não apenas na Petrobras, aliás, mas em todas as obras de construção pesada.

O terceiro componente, claro, é o encarecimento do crédito, que embora seja “crônico” no Brasil, impacta fortemente a decisão de compra de produtos de maior valor, como automóveis, eletrodomésticos e outros.

Por último, a insegurança econômica fazendo com que se postergue ou abandone investimentos de longo prazo, sobretudo os imobiliários.

Ou seja, é o “ajuste” que provoca o “desajuste”, porque há um engessamento da atividade econômica, que se reflete na queda de arrecadação de impostos e, num ciclo perverso, em uma realimentação da tendência de paralisia ou de retração.

E isso acontece com maior intensidade porque as poucas – e limitadas – medidas arrecadadoras empacaram na virtual insurreição do Congresso, em igual escala interessado em obrigar o Governo a viver sob a pressão dos gastos com suas “bondades”.

E o país, na iminência de uma crise por semana, com o dueto Moro-Cunha.

Com todos os seus defeitos, a nova composição política do Governo com o Legislativo, com o inevitável enfraquecimento de Eduardo Cunha, pode ser um caminho para romper este círculo perverso em que estamos contidos.

Até porque, se o setor financeiro só ganha com o quadro de confusão em que mergulharam o país, quem produz e vende, por mais que também aufira lucros financeiros, perde o que lhe dá mesmo dinheiro: o mercado para seus produtos.

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7 respostas

  1. INTELECTUAIS SE UNEM A JURISTAS PELO MANDATO DE DILMA

    Mais de cem personalidades do direito e intelectuais aderem ao manifesto que acusa grandes grupos econômicos e, em especial, de comunicação, de tentarem “contestar legítima vitória das urnas e estruturar verdadeiro golpe disfarçado de troféu da democracia” contra o governo da presidente Dilma Rousseff; o texto diz que ‘é urgente ressuscitar a histórica e republicana união dos juristas na defesa da legalidade diante de tentações fascistas’; ex-governador de São Paulo e jurista Claudio Lembo, o professor da USP Dalmo Dallari, o advogado José Roberto Batochio e a socióloga Julita Lemgruber estão entre os signatários do documento

    20 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 05:16

    FONTE: http://WWW.BRASIL247.COM/PT/247/BRASIL/193623/INTELECTUAIS-SE-UNEM-A-JURISTAS-PELO-MANDATO-DE-DILMA.HTM

  2. Domingo passado, a essa hora, a Globo já estava com seus repórteres nas ruas por todo Brasil, convocando os coxinhas para manifestação. Hoje, dia 20 tem manifestação dos trabalhadores, de movimento sociais e da grande maioria que, infelizmente, lhe dá audiência e ela nem está aí. Vamos boicotar a Globo.

  3. “Segundo a 32ª edição do relatório WebShoppers, produzido pela E-bit/Buscapé, o setor faturou R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, crescimento nominal de 16% na comparação com o mesmo período de 2014, quando se registrou R$ 16,1 bilhões. O ticket médio cresceu 13%, atingindo valor médio de R$ 377. Ao todo, 17,6 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra em lojas virtuais nacionais, contabilizando 49,4 milhões de pedidos no período. Moda e Acessórios mantém a liderança em vendas por categoria, com 15% do volume de compras. “

  4. “A Brasil Foods prevê que serão necessários 2 bilhões de reais em investimentos para a companhia atingir o faturamento previsto em 2015 de 50 bilhões de reais, disse nesta sexta-feira o diretor financeiro da empresa, Leopoldo Saboya.
    A meta de faturamento, que dobraria o volume atual da companhia, consta no plano estratégico de longo prazo (BRF 15) aprovado pela companhia e divulgado na quinta-feira, juntamente com os resultados trimestrais.”

  5. “SÃO PAULO – A TAM vai manter o plano de investimento no Brasil para o biênio 2015/2016, estimado em R$ 13 bilhões, apesar do corte na capacidade que a companhia fará este ano, que poderá ser de até 4% em termos de assentos-quilômetros disponíveis (ASK, na sigla em inglês), disse a presidente da companhia controlada pela Latam, Claudia Sender.”

  6. “O Brasil está entre os três países mais atraentes para receber investimentos, segundo levantamento feito pela consultoria internacional KPMG. De acordo com a pesquisa, feita com 300 executivos de multinacionais americanas, europeias e asiáticas, o País fica atrás apenas da China e da Índia.
    Boa parte desses investimentos estão vindo para a área de turismo. Dados do Banco Central revelam que os investimentos estrangeiros diretos no setor aumentaram em 76% nos últimos seis anos: passaram de US$ 119 milhões em 2008 para US$ 210 milhões em 2014.
    “Os investidores estrangeiros olham para a economia brasileira a longo prazo. De maneira geral, um grande empreendimento se estabelece no País por pelo menos 15 anos, o que é algo muito positivo, pois estamos falando em investimento produtivo”, explica o diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimentos no Turismo do Ministério do Turismo, Rogério Cóser.”

  7. Cunha diz que permanecerá no comando da Câmara.
    Resta saber, seguindo a Lógica do Genial Mané Garrincha, se ele combinou com os Russos.

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