Entreguismo na Amazônia: “o jogo mudou”, diz vendedor de minérios

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O Clube de Engenharia aprofunda aquilo que foi registrado aqui: é imenso o potencial da área que o Governo Temer está liberando para mineradoras privadas na Reserva Nacional de Cobre e Associados, conhecida pela sigla Renca, uma área imensa na Amazônia, quase equivalente às áreas de Sergipe e Alagoas, somados. Uma reserva onde, exceto em pequenas áreas anteriores ao seu estabelecimento como reserva, a exploração privada está proibida desde 1984.

E o governo militar assim o fez porque havia um conflito entre a Vale do Rio Doce, então estatal, e a British Petroleum , que estava requerendo o direito de prospecção em diversas de suas áreas.

Embora os levantamentos não sejam ainda os mais precisos – hoje, por detecção espacial, certamente os estrangeiros têm dados melhores que os nossos – os potenciais são, diz a geóloga do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Maria Glícia da Nóbrega Coutinho, diretora de Atividades Institucionais do Clube de Engenharia, semelhantes ao de Carajás.

Ouro em destaque, ocorrem também titânio, fosfatos, estanho, tungstênio, tântalo e terras raras, um conjunto de elementos estratégicos, cujo controle mundial, com 2/3 das reservas, está nas mãos dos chineses.

O texto traz ainda, a imperdível declaração do diretor da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais indicado por Michel Temer, Eduardo Ledsham, oriundo do período de Roger Agnelli na Vale e, depois de uma polpuda indenização, foi dirigir a empresa de miieração do próprio Agnelli, em sociedade com André esteves (Banco BTG Pactual).

O jogo mudou no Brasil“, disse ele a empresários do exterior, participantes do Mines & Money, uma feira do setor mineral. Isso, de acordo com ele, significa que ” o governo se afastou de uma tendência intervencionista para incentivar o empreendedorismo e a atração de investimentos estrangeiros”.

Como se vê, não foi apenas no petróleo que o entreguismo voltou com força total.

Os roedores da Terra, que extraem riqueza e deixam devastação afiam suas presas.

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6 respostas

  1. E NINGUÉM VAI MATAR NINGUÉM NESTA PUTARIA NACIOANAL…UM TIRINHO QUE FOSSE…UM BANDIDINHO DE GRAVATA QUE FOSSE ???MATAM PRETO E POBRE DIARIAMENTE, COMO SE FOSSEM DAR UMA CAGAD!!! UM ENTREGADOR DE RAPINA BAIXADO, SÓ PARA MOSTRAR QUE O POVO NÃO É TÃO OTÁRIO, COMO A FACÇÃO MARINHO QUER FAZER CRER ???

  2. Alguém lá em cima perguntou pelos militares. Para mim, os joelhos dobrados dos militares diante da entrega descarada de riquezas estratégicas do país, diante da capitulação em relação à preservação da soberania e dos benefícios até econômicos que ela traz e diante da opção golpista por deixar nosso povo desamparado e sem qualquer escada pela qual possam escapar da miséria, constitui a maior decepção dessa quadra de desgraças que está atingindo o país neste terrível momento.

  3. Desde o fim do século passado tanto a Inglaterra como a França já conheciam o imenso potencial em minérios valiosos e estratégicos que existe no Amapá. Pelo tratado de Utrecht de 1713, os limites entre o território francês e o brasileiro ficaram sendo demarcados pelo Rio Oiapoque. Mas quando houve a proclamação da República em nosso país, os franceses sentiram que o Brasil havia ficado fraco, já que tinha de repente perdido todo o apoio das mais diversas e poderosas famílias reais da Europa. Então, em 1895, decidiram invadir o território brasileiro, indo com suas tropas até à foz do Amazonas. Não querendo (e não podendo) resolver militarmente o conflito, a nossa República apelou então para o monarquista Barão do Rio Branco que, vendo que se tratava de uma questão emergencial de soberania, decidiu sair de sua aposentadoria para defender a Pátria. Pôs-se a percorrer a Europa em busca de solução diplomática para o entrave. Tendo a França aceitado uma arbitragem do presidente da Suíça, este deu ganho de causa ao Brasil, e a França se recolheu às suas fronteiras do tratado de Utrecht. Agora, vem o Temer e dá aos ingleses aquilo que a França não conseguiu tomar graças ao glorioso Barão do Rio Branco.

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