Espionagem americana abre caminho para o Brasil ter caças russos

O jornalista Mauro Santayanna antecipa, em seu blog, a possibilidade de uma reviravolta no programa de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, associando a compra dos jatos de quarta geração Sukhoi SU-35 – como os Boeing F-18, os  franceses Rafael e os Grippen, da Suécia, selecionados no programa FX-2, da FAB – com participação no projeto – atualmente em testes, do moderníssimo T-50, quase invisível ao radar como o seu correspondente americano F-22 Raptor.

Um amigo com relações na Aeronáutica me diz que o SU-35 que participou da concorrência do programa FX-2 não foi eliminado por deficiências operacionais, mas por dúvidas quanto à transferência de tecnologia, ajudadas por uma “pressão amiga” dos americanos.

Nos últimos meses, os russos têm emitido sinais contínuos de que transferir tecnologia não será problema. E voltam à carga com o oferecimento de uma parceria nos jatos que o sucederão, o que havia sido oferecido em 2008, chegando a ser objeto de um protocolo de intenções, mas foi recusado pelo Ministro da Defesa da época, Nelson Jobim.

O escândalo da espionagem americana pode ter mudado completamente os planos de voo da alta cúpula da FAB.

Fernando Brito:

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  • A descoberta a tempo da espionagem serviu para nos livramos de comprar caças americanos com controle remoto na mão do Pentágono.

    • Esse é o X da questão.

      Comprar qualquer caça norte-americano significa comprar aeronaves que já vem de fábrica com chips secretos da NSA embutidos, sendo constantemente monitorados pelo Pentagono.

      • Alguém aqui confia nos USA?
        Temos interesses conflitantes portanto não podemos nem devemos confiar.
        Ingenuidade achar que parceiros não espionam parceiros. Outras coisas mais muito piores fazem também, como sabotar caças, torturar e matar.
        A Russia por questão de geopolítica tem muito mais interesses convergentes com o Brasil. Os russos não são bonzinhos ou amigos parceiros. Temos interesses comuns. É por esse prisma que a questão deve ser vista. O Brasil hoje representa um obstaculo aos interesses de dominação dos USA na América latina tratado até pouco tempo como quintal e no mundo. Além claro de possuir imensas riquezas que interessam ao império. Meu único temor é não termos militares a altura do hoje Brasil potencia. Muitos ainda vivem no seculo passado apavorados com os comunistas comedores de criancinha. Não entendem que o mundo mudou e o Brasil mais ainda. Deveriam os militares despreparados para esse novo mundo pedirem para sair.

        • "Muitos ainda vivem no seculo passado apavorados com os comunistas comedores de criancinha."
          Perfeito!

  • Será que os militares que tomarem decisões rejeitarão as malas de dólares?

    • Partindo da premissa que a alusão aos dólares decorra do testemunho publicado ontem na rede sobre o suborno do Comandante do 2º Exército à época do golpe de 1964 (General Amaury Kruel), imagino que a situação de hoje não permita a concretização do crime, em caso de tentativa. E também porque a definição final caberá à Presidenta Dilma Roussef. A escolha, que tem se revelado muito problemática de ser feita, quer pela natureza do objeto a adquirir, quer pelos valores envolvidos, deverá ser pautada (embora não só por isso) por critérios diplomáticos. Confesso-me sem conhecimento para tanto, mas a impressão que dá é a de que a postergação "sine die" da decisão tem lá sua utilidade.

    • É o cerne da questão. Temos militares a altura de um Brasil protagonista no mundo?
      Em 1964 os milicos atuaram como capitães do mato dos USA. E caçaram com gosto os fugidos que não se adequaram a nova ordem. Hoje estarão conscientes de que o mundo mudou e o Brasil não é mais o quintal dos USA. Tratado como local de desova e onde o império depositava seus dejetos? Os USA continuam vendo o Brasil com o olhar de 1964. Não por acaso é o pior tratado entre os membros do Brics. Tratado com insignificância pelo fato de não ter a bomba atômica.

  • Nossas Forcas Armadas, precisam ter o que for de melhor, independente de quem fabrica. Confiamos na sua capacidade de escolher.

  • Espero que construam algumas bases secretas de pesquisa e desenvolvimento de armamento, controladas pelas forças, utilizando pessoal civil e militar, com verbas também secretas, controladas por um comitê suprapartidário, com participação de membros do TCU, MPU, Senado, Câmara, Presidência e Forças Armadas.

    Não podemos ficar dependentes do "mercado". Nenhuma potência confia plenamente sua defesa nas mãos de empresários, naturalmente mais voltados para a ampliação dos lucros do que para o patriotismo e a defesa dos interesses nacionais.

      • Caro Mauro, evidentemente, as iniciativas já realizadas não deixam de ser muito possitivas.

        Contudo, creio ser essencial manter parte do nosso sistema de desenvolvimento e produção de armamentos para nossa defesa em segredo.

        Uma legislação que permita o investimento secreto e a criação e manutenção desses centros de tecnologia de defesa é o primeiro passo.

    • Walfredo, será que o nosso método de enriquecimento de urânio não já foi devassado pela força tarefa da lava-jato com a prisão do Almirante Othon?

  • O mais lógico é o Brasil optar pelo SU 35. O problema é a alta cúpula da aeronáutica, de Saito e seus amigos, que só aceita o F18.

  • São armas de Guerra.
    Que bom se fossem alimentos.
    But, que venham os Russos.

    • Antes de serem armas de guerra, infelizmente, são armas de defesa. Principalmente na era do pré-sal.

  • È com muita alegria que me deparei com este post do Fernando abordando um tema da defesa nacional! Saravá! O nacionalismo de esquerda começa a se manifestar e enfiar também a sua colher tão nescessária para agregar mais pessoas a este tema tão caro, que é a soberania de hoje e do futuro da nação, frente a trupe alienígena que nos espreita,cobiça e controla.

    Senhores:nossos militares não são "aqueles" paranóicos que só falam sobre as ameaças futuras a nossas riquezas e território,eles são profissionais pagos e que estudam muito para tentar prever o que nós leigos não temos tempo para pensar,e reafirmar diuturnamente que é imperativo nos prepararmos na paz para a guerra,e ao mesmo tempo orar ao senhor para que ela nunca nos atinja.

    Sim! nós somos pacíficos,mas o mundo não é;é conflituoso,caótico e tem donos que atropelam qualquer um na defesa de seus interesses,e nós! não somos um destes donos.

    Esta frase é emblemática:
    "O escândalo da espionagem americana pode ter mudado completamente os planos de voo da alta cúpula da FAB."

    A Fab parida nos Eua do ventre norte-americano,a Fab de seus jovens e brilhantes heróis da 2.a GG,não esquece suas origens.

    O Ocidente bem ao North e seus equipamentos são sua zona de conforto,o oriente lhe causa "desconfiança" e arrepios,o tema é crítico e o momento também,a vaselina do GF é abundante,a Embraer empresa privada se tornou associada da Boeing lamentavelmente em meio ao processo praticamente emparedando o GF na direção de uma escolha que parecia sua e não do estado brasileiro,enquanto este lhe pedia isenção.

    As chances deste governo demonstrar que tem culhões de elefante e não de esquilo e optar por caças russos,na minha opinião é diminuta.

    Mas não nego que sonho em ser desmentido pela presidente.

    Aos companheiros deste espaço e ao próprio Fernando se quizerem se aprofundar mais um pouco, faço o convite para que nos visitem e se registrem em um espaço onde junto a alguns amigos antigos nos divertimos,rimos muito,reclamamos demais e também falamos a sério sobre geopolitica,politica de defesa,equipamentos e outros temas correlatos.

    http://defesa.forums-free.com/

    Um grande abraço!

  • Caro Fernando

    Acredito que o título ficaria melhor apropriado como: Espionagem estadunidense.

    Saudações

  • e disso que o brasil precisa muito e cada ves mais quanto mais poder nos tivermos mais melhor sera a nossa capacidade de nos proteger ainda mais com a descoberta do dos imensos canpos de petroleo valeu que venha os caças russos .