Observe, distinto leitor e gentil leitora, o gráfico aí de cima.
É a ilustração da ótima matéria BC vai à Justiça cobrar R$ 39,8 bi em multas de empresas e clubes de futebol , manchete de hoje do Estadão.
E é, também, a prova mais escandalosa de que a editoria do jornal crê que seus leitores sejam idiotas.
Os 12 clubes de futebol – velhos desencaminhadores de recursos nas transações de compra e venda de passe de jogadores do e para o exterior- que são exibidos com suas dívidas milionárias somam, ali, uma provável sonegação de cerca de R$ 109 milhões.
A sonegação total apurada pelo Banco Central é de R$ 39,8 bilhões.
E, segundo a própria matéria, 126 empresas sonegadoras que estão sendo punidas com essas multas por ilícito cambial concentram nada menos do que R$ 26,2 bilhões deste débito.
É só ter terminado o ensino fundamental para saber que R$ 109 milhões representam 0,416% destes R$ 26,2 bilhões dos grandes sonegadores.
Fichinha.
Onde estão os outros 99,58%?
A matéria admite que são bancos e grandes empresas.
Anônimos, é claro.
O único “empresário” que aparece no texto, assim mesmo lá no final, é Sérgio de Paulo Pacheco, que está condenado a 28 anos de cadeia há quase 20 anos, por estar metido nos escândalos de Arthur (des)Falk, com sua corretora Interunion.
E uma cervejaria, a Schincariol, por delito anterior à sua venda para os japoneses da Kirin. Os vendedores, os herdeiros Gilberto, Adriano e Alexandre Schincariol, são todos ilustres frequentadores da lista de 124 bilionários do Brasil, segundo a revista Forbes.
Dois casos que não evitam uma conclusão inevitável: se são 126 os grandes devedores, porque o distinto público só pode saber de dois?
Por que os clubes de futebol – repito, useiros e vezeiros em desviar dólares – são apresentados como sendo os grandes ralos , quando não representam nem meio por cento das maiores dívidas?
Se o Estadão teve acesso a uma lista reservada e resolveu divulga-la em nome do interesse público, não pode esconder uns e mostrar outros.
E pior, esconder os maiores.
O Estadão está na obrigação de divulgar toda a lista dos grandes devedores, sob pena de, com razão, estar “blindando” os sonegadores “amigos”.
13 respostas
Assine a petição da ESTATIZAÇÃO DA REDE GLOBO no seguinte link:
https://secure.avaaz.org/po/petition/Jose_Eduardo_Cardozo_Ministro_da_Justica_Estatizacao_da_Rede_Globo_e_Editora_Abril/
Perdão por fugir do assunto mas já sabem dessa lista?
http://www.avaaz.org/po/petition/Senado_Federal_Impeachment_de_Joaquim_Barbosa/?cyowTab
todos os clubes de futebol devem algo em torno de 10% do que deve a PIG platinada aos cofres públicos. DARF Globo, queremos ver a DARF!
Ao que parece, ganham mais com o que não publicam do que com o publicado.
As pessoas devem aprender ler nas entrelinhas.
O que não é dito é mais importante do que é dito.
Explicando melhor, o que é dito é para tirar o foco do que não é dito.
É assim que o PiG manipula o coxinha homer simpson.
A intenção do Estadão – “em comatoso estado”- com essa reporcagem parece ser uma só: alimentar os blacks blocs, os coxinhas do facebook e os bandidos paramilitares adestrados em academias clandestinas contra a copa, e, consequentemente contra o governo. Ou seja, ele quer ver sangue nas ruas, pra não morrer sozinho!
O Estadão não acha que o leitor é burro, o leitor do estadão É burro, e o jornal sabe disso e escreve para ele.
CONIC divulga nota de resposta à Folha sobre ONG Koinonia
dom, 02/02/2014 – 10:49 – Atualizado em 02/02/2014 – 10:50
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) divulgou nota de resposta à matéria da Folha de S. Paulo que levanta suspeitas sobre a escolha da ONG Koinonia para atuar junto ao Ministério da Saúde. O texto afirma que o pai do ministro Alexandre Padilha, Anivaldo Padilha, havia havia se desligado da entidade assim que o filho assumiu a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, em 2009.
Veja a nota na íntegra.
A CESE, Coordenadoria Ecumênica de Serviço, entidade nacional sediada em Salvador, Bahia, e que completou 40 anos de atuação em 2013, acompanha a trajetória de Koinonia – Presença e Serviço desde sua fundação há 20 anos.
Conhecendo de perto suas ações em diversas áreas, a CESE pode atestar sua competência, idoneidade e dedicação na defesa intransigente da justiça, de melhores condições de vida para a população brasileira, em especial aos setores mais marginalizados. Tem sido assim na área de saúde, com reconhecimento de seu trabalho na prevenção da AIDS, pelo governo do Estado de São Paulo, também na batalha contra a intolerância religiosa na Bahia e no Rio de Janeiro, apoio a setores rurais e juventude na prevenção contra as drogas e violência no Vale do São Francisco, aos quilombolas e povos indígenas em várias circunstâncias e regiões, sendo esses apenas alguns exemplos de seu empenho.
Lamentamos que uma vez mais a Folha de São Paulo, importante veículo de comunicação, se preste a fortalecer o processo de criminalização das ONGs. Essa questão vem sendo abordada por diversas organizações nacionais e internacionais e foi foco da Nota pública “Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil e o Controle Da Corrupção – O que está por trás do descaso do Governo?”, assinada por52 redes e 232 entidades no final de setembro passado.
Não tem sido fácil para as organizações da sociedade civil se adequarem às exigências dos convênios e, quando conseguem êxito nos editais, encontra-se um motivo para questionamento. O próprio artigo da FSP assinala que Anivaldo Padilha, pai do Ministro da Saúde, se desligou da direção da Koinonia quando o filho assumiu o comando da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, em 2009, para “cumprir o que determina a legislação e evitar qualquer tipo de conflito de interesse ou prejudicar a continuidade dos programas”. Não deveria ser considerado esse comportamento ético?
Finalmente, queremos chamar a atenção para a urgência de um novo marco regulatório da relação das organizações da sociedade civil com o governo, para que se possa avançar na realização de importantes políticas públicas e reconhecendo a necessidade de uma justa colaboração entre Estado e Sociedade para a promoção e garantia de direitos às populações desfavorecidas em nosso país.
É por essas e outras que eles tremem de medo da “LEI DE MÍDIAS”, porque teriam que praticar o Jornalismo que respeita os “Leitor”, e não o Jornalismo que “Subestima a Inteligência” do “Leitor”.
Oh, Estadão… Será que esses bancos e empresas não são relevantes o suficient para serem citados? Bobinho eu, acredito em vocês…
Resta-nos saber o seguinte: essas empresas estão sendo acobertadas por amizade? Ou o Estadão ficou muito feli$ em esquecer delas?
“…Se são 126 os grandes devedores, porque o distinto público só pode saber de dois”.
O Estadão, evidentemente, não vai dar os nomes dos tubarões. Prefere falar dos bagrinhos.
Mas, e o BC, será que também não dará os nomes dos tubarões? E a transparência?
Os valores roubados com a sonegação são maiores até do que os da corrupção. Abaixo, um texto sobre sonegação de impostos.
http://odia.ig.com.br/noticia/opiniao/2014-02-01/frei-betto-sonegacao-global.html
Onde estava o governo trabalhista nos últimos 12 anos? Como essas dividas não foram cobradas. Porque ainda vale o sigilo para quem sonega impostos, se todos os demais crimes merecem publicidade?
Porque o Banco Central não disponibiliza esta lista para toda a imprensa, pois aí com certeza teríamos alguns blogs que se prezam pela verdade, que iria publicar os nomes dos grandes devedores, aí sim a Groubo apareceria.