O Estadão informa que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de fato gravou seus diálogos com Gedddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Michel Temer, todos o pressionando para “dar uma solução” para o embargo, pelo Iphan, da obra de um espigão em Salvador onde o ministro da Secretaria de Governo é proprietário de um dos futuros (ou ex-futuros) apartamentos.
Portanto, a referência do porta-voz da Presidência a “boatos” é a tentativa de “vacina” contra o inevitável áudio e tentativa burra, porque só revela que a Polícia Federal – ou seu chefe, o Ministro da Justiça – levou ao conhecimento do Planalto o teor do depoimento de Calero e o material que este tinha.
Sigilo é só para nós, mortais, ou para os integrantes do governo deposto, que não podemos ter acesso ao que se tem.
E tem: minha avó é um bicicleta se não tem mais coisa aí.
Há, pelo menos, a revelação contundente do que todos já sabem: um governo de Temer e do PMDB só pode ser isso, um governo de vantagens, negócios e xavecos.
Já não há qualquer dúvida de que o presidente se acumpliciou a Geddel num destes últimos.
A dúvida que persiste é: será que vai pro Fantástico?
7 respostas
Será tema da capa da Veja? Sera que o Camarotte a Catanhede o Merval vão debater o assunto na Globo News? Sabemos todos, que são campeões da Moralidade e devem estar muito indignados.
Essas gravações vão silenciar por anos as panelas gourmet das sacadas dos Jardins e Ipanema.
Esses coxinhas são realmente desprovidos de massa cefálica.
Gedel se foi. Só falta o Golpista usurpador.
Urgentíssimo!
Essa gravação, se de fato existe, jamais será vazada. Não espero mais nada da nossa justiça (por falta de um termo melhor). Todos estão envolvidos nesse golpe miserável e não pararão até que calem todas as vozes que lutam pelo Brasil e pelo povo. Fantástico? Manchete no PIG? QUA QUA QUA. Só se fosse alguém do PT, aí o estatdalhaço seria enorme. E nem precisaria de gravação alguma, sómente um powerpoint chinfrim, da qual um certo procurador é expert. Bando de inconsequentes.
Brito, tese conspiratória: o tal ex-ministro foi do PSDB, na campanha do Serra. Passou para o PMDB do Eduardo Paes, ex-PSDB também.
A mídia e seus aliados naquele partido, assim como o “mercado”, vêm que o pacotaço de maldades, com Temer e PMDB, não vai adiante. O moço ministro se queixa ao Eduardo, que comenta com seus amigos e aliados. Rapidamente se encontra uma solução para alijar Temer que tenha uma aparência de legalidade muito maior do que o julgamento das contas de campanha: impeachment, e por uma razão absolutamente legal: uso do cargo para benefício pessoal ou de terceiros.
Aí, instruem o rapaz a bater o pé e forçar o Temer a intervir em favor do Geddel. Gravam – é só ligar o gravador do celular, nenhum segurança do Palácio vai pedir a um ministro para entregar o telefone, né? – e está armado o circo.
Vai cair, não duvidem. Só não sei se vem aí a imaculada conceição FHC ou algum tertius psdbista, já que essa solução seria agradabilíssima para o “mercado”, mas descontentaria deveras o governador de São Paulo, que espancou a turminha do ex-presidente, de Serra e dos aliados de ambos naquele estado, na eleição para prefeito da capital.
O perigo é que o PMDB, ofendido e avariado, resolva, na eleição indireta, na Câmara, dar seus votos a algum candidato da oposição e arraste o “centrão” com ele. Aí poderia acontecer alguma zebra impensável, desde a eleição do Sarney até a eleição (improbabilíssima) do Lula…
deve ficar entre Aécio Neves e José Serra.