Com a formalização da negativa a todos os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula – alguém duvida de que será assim? – termina hoje a fase fática do processo contra o ex-presidente no caso do tal triplex do Guarujá.
Restará apenas o exame da regularidade penal e processual, tão contaminada quanto o foi um processo que, mesmo antes de iniciado, tinha resultado certo e sabido.
Para os que não se recordam, tudo começou com um caso de incorporação imobiliária do qual os nomes de Lula e de Marisa Letícia foram pinçados e mandados, por conveniente “convicção” com o caso Petrobras, para o matadouro de Curitiba e para Sérgio Moro, o açougueiro da lei.
O processo-mãe, que ficou em São Paulo, terminou com a absolvição de todos os citados, em primeira e segunda instâncias.
O “recorte” lulista, ao contrário, concluiu-se da forma como sabemos.
Ou seja, no que estava destinado a ser: uma condenação que cumprisse o objetivo traçado desde 2014: “pegar Lula”
Até o momento em que, para obter – como obteve – um “descontão” nas penas, um empreiteiro se valeu de uma acusação vaga – o apartamento estaria “atribuído” a Lula e seu valor seria “descontado” de uma “caixa de propinas” por sua própria e exclusiva decisão – só havia duas “provas” que, francamente, não resitem a um sopro: uma visita de potencial comprador ao apartamento e um papel sem assinatura, rasurado sabe Deus lá quando, com o número da unidade condominial.
Nada além disso e de elegações vagas de que “ouvi dizer” e comentários de que “a obra ficou muito boa”.
Chega, agora, a revisão processual nos tribunais superiores e, afinal, a fase em que se pode esperar que a responsabilidade política que eles ao menos deveriam ter em não deixar que a determinação política das instâncias inferiores faça com que sentenças politizadas dêem sequência ao estupro da lei pela Justiça.
Porque nada além de política pode gerar uma condenação com um conjunto processual tão esdrúxulo, onde alguém é condenado por ter recebido um apartamento que não recebeu em troca de contratos que o próprio Juízo não sabe especificar quais foram, mas por uma nova versão de “domínio do fato”.
Não é, infelizmente, provável que se vá fazê-lo, porém.
Não apenas a nomeação de juízes – inclusive e, talvez, sobretudo nos governos Lula e Dilma – costuma ficar ao sabor do campo conservador da Justiça e dos acordos políticos de governabilidade quanto, mesmo para os que vêm de fora deste critério, a toga suprema parece ter o condão de tornar exibidos e ferozmente conservadores.
Há, porém, a política, no melhor dos sentidos, aquele que cuida do que é melhor para o conjunto da sociedade, até mesmo que ele se reparta entre visões de mundo diversas, ideologias e partidos, como esperança.
Está evidente que, a persistir o arreganho judicial executado por Curitiba, o Brasil está a caminho de um regime fascista. Quem não o percebe, achando que , sem Lula, pode prevalecer uma solução política convencional, está cego pela suposição de sua própria pompa.
Ou a Justiça acha que sobreviverá, intacta, à ascensão de um fascista violento?
O que era visto como “piada” é hoje um monstro de imensas proporções.
E vamos sacrificar o único que tem forças para enfrentá-lo.
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#GilmarPeçaVistaDoHC; #MarcoAurélioPeçaVista; #RosaWeberPeçaVista; #LewandovskiPeçaVista; #ToffoliPeçaVista; #CelsoMelloPeçaVista. O STF precisa conhecer no mérito o processo contra Lula.
Com a palavra a ministra rosa weber .
O Judiciário,sempre foi e sempre sera´FASCISTA.Ou seja,tem lado..Ao lado dos seus senhores,seus inventores.Supor coisa diversa,é sonhar que a sociedade de classes,coisa de relatos antigos,e tendo nos nossos dias,como sendo COISA ULTRAPASSADA,de acordo com as vontades dos SENHORES DE SEMPRE,e cujo combate,pelas milhões de vítimas históricas dessa sociedade,passa inevitavelmente,pelas armas.fORA DISSO,É SONHAR,SOMENTE SONHAR.
A justiça veste toga preta, mas a caneta justiceira tá nas mãos da Globo. E Tia Cármen Lúcia vem falar em apequenamento do Judiciário, só se for auto apequenamento.
Filme do momento reeditado para o Brasil: Minority Report - Lula pode ser condenado pela possível intenção de cometer um crime.
Os "Precogs" são, dentre outros:
Carmem Engavetadora Lúcia
Deltan Dallagnol
Sérgio Moro
Gebran Neto
Mauricio Gerum
Vallisney de Souza Oliveira
Gebran Neto citou sem conhecimento ou agiu de má fé?
"''Esse debate que agora está sendo equivocadamente vinculado de maneira exclusiva ao ex-presidente Lula, no fundo, é sobre qual o limite do poder do Estado brasileiro para começar a punir uma pessoa.''
A análise é de Alamiro Velludo Salvador Netto, professor titular do Departamento de Direito Penal, Medicina Forense e Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Advogado criminalista, também é pesquisador visitante na Universidade de Salamanca (Espanha), na Universidade de Bolonha (Itália) e na Universidade Pompeu Fabra (Espanha).
Ele, que é contra a execução provisória de pena após sentença em segunda instância, falou ao blog sobre a possibilidade do STF de alterar essa interpretação – o que poderia garantir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fique em liberdade até o fim dos recursos à condenação pelo juiz federal Sérgio Moro por conta do caso do triplex do Guarujá.
Alamiro foi citado pelo desembargador João Pedro Gebran Neto em seu voto que condenou Lula no Tribunal Regional Federal da 4a Região. Contudo, como reclamou em uma rede social na época, a citação de um texto seu foi feita de forma descontextualizada.""
O recorta e cola de Gebran Neto:
https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2018/03/21/caso-lula-jurista-diz-que-prisao-apos-segunda-instancia-viola-constituicao/
Esse recorta e cola é a demonstração da má fé e do despreparo desses sujeitos. E não é isto coisa de agora. O despreparo, a desfaçatez, a elitização são coisas de sempre. A conduta atual apenas emergiu de modo grosseiro e exibicionista por conta da mídia criminosa. Mas, dessa gente pouco ou nada se espera. Não é sem motivo a expressão popular cunhada há tanto tempo: "de bunda de criança e de cabeça de juiz nunca se sabe o que vem". É somente a sábia expressão do que, mesmo em sua simplicidade e incultura forçada pela elite através do aparato estatal e institucional o povo intui. Mesmo mantida alijada dos processos realmente decisórios, a alma do povo reage com humor e profunda sabedoria, que os gebran, moros e dalanhóis da vida, eternos onanistas de condomínio, desconhecem.
Peço licença para um protesto. Está difícil de falar mal dos fascistas até na blogsfera. O site DCM me bloqueia todos os cadastros que faço, apesar de não postar palavrões nem pregar violência. É a mesma ferramenta que outros blogs usam, inclusive o Tijolaço, onde isto não ocorre.
Acho que está faltando no Brasil algum roteirista, ou diretor de cinema, ou coisa que o valha, para fazer um filme ou documentário sobre o Golpe de 2016, ou, em contraposição ao filme-propaganda-do-golpe da Netflix, um vídeo com nome: A Mecânica do Golpe. São muitas as pontas desse acontecimento tramado pela CIA e pelo Departamento de Estado norte-americano, e que mudará para sempre a possibilidade de um Brasil minimamente soberano. O elo central do golpe passa obviamente pela Globo e pela Lava Jato, mas inclui também os moleques que convocaram manifestações verde-amarelo pela Paulista e todas as peças publicitárias em favor do golpe que resultou na derrubada de uma presidenta honesta em nome do combate a corrupção, para entregar todas as riquezas minerais e outras aos grupos de rapina internacionais; para reescravizar a mão de obra local, cortando todas as conquistas sociais e trabalhistas de mais de um século de lutas; para perseguir a maior liderança popular do país e destruir o PT, único partido ligado aos movimentos sociais com alguma chance de recuperar o governo federal; para destruir o que restou do parque industrial brasileiro, privatizar a Petrobras, entregar o pré-sal, o espaço aéreo, as riquezas da Amazônia, enfim, entregaram tudo, tudo, mantendo a capa da suposta legalidade institucional garantida por uma justiça corrupta e canalha, um parlamento de pilantras vendidos, facilmente chantageado; um esquema mafioso de domínio midiático e uma população bombardeada pela propaganda falsa desses meios, incluindo aí a minisérie da Netflix com seu diretor neofascista o palhaço (com o perdão dos verdadeiros circenses) do Padilha. Muito já se escreveu sobre o golpe, mas o povo brasileiro entende melhor as coisas pelo instinto e pelos meios audio visuais. A eleição de Lula e um bom documentário (ou filme) poderia ajudar a selar o destino deste golpe geopolítico que está destruindo o Brasil enquanto nação. E comprometendo os destinos de toda a América Latina.
É o mo(a)rinho vai dar a milésima entrevista, sem ter conseguido o seu sonho maior, prender lula!
É realmente nojento tudo o que está sendo feito pela justiça no Brasil acumpliciada com o golpe (tendo sido cevada por altíssimos salários e egolatria midiática, ciosa na defesa de sua manutenção) e agindo da forma mais venal. É bom que o futuro presidente do Brasil, seja ele quem for (parto da hipótese quase certa de que Lula não conseguirá se candidatar), lembre-se que o Lula e o pt só estão comendo hoje o pão que o diabo amassou porque criaram corvos, seja por uma inqualificável ignorância política ou por uma constrangedora covardia, que em muitos momentos é a marca registrada do pt. Agora os corvos estão comendo-lhes os olhos. E perde o povo brasileiro e perde o país. Um povo um pouco mais politizado e um pouco mais instruído estaria analisando esta questão de forma mais desapaixonada e menos condicionada ao herói único tipo dom sebastião que vai nos salvar a todos.
Não se esqueça que quem começoou ou recomeçou foi A FOLHA DE SÃO PAULO pasquim da famiglia FRIAS.
A mesma famiglia que emprestava carros de distribuição para o Fleury et caterva das Forças Armadas de merda que o Antigo Brasil tem para que transportassem presos e mortos tido como terroristas.
Ulstra e Boilesen esse último um sádico conforme diagnóstico da escola que frequentou na Dinamarca, o que eram?