Facebook censura páginas com críticas a Aécio Neves

Estão ocorrendo muitos relatos de que páginas políticas do Facebook estão sendo arbitrariamente apagadas, e o critério tem atingido apenas um lado.

O internauta Victor Javier Ventura, que mantinha a página Falando Verdades, com mais de 17 mil fãs e alcance médio de 1,5 milhão de pessoas por semana, acaba de ter seu direito de expressão violado pela empresa norte-americana.

E agora está bem claro: todas as páginas apagadas continham críticas, a maioria bem humoradas, ao senador Aécio Neves.

A guerra eleitoral, pelo jeito, começou há algum tempo. É triste, todavia, que um dos lados da guerra prefira lutar desta maneira, censurando o adversário.

Ventura observa que o outro lado do espectro, a direita, ligada ou não ao PSDB, mantém dezenas, ou mesmo centenas de páginas, com fortes críticas à Lula, Dilma, ao PT, à esquerda, e nenhuma dessas páginas jamais foi apagada ou censurada.

Recentemente, Jefferson Monteiro, editor da página de humor Dilma Bolada, quase saiu do Facebook ao ter uma postagem sua arbitrariamente apagada. Tratava-se, mais uma vez, de uma montagem de humor sobre Aécio Neves.

O que está acontecendo?

A gravidade deste fato deve ser avaliada com seriedade pelos que lutam pela liberdade de expressão no país, porque essas páginas, antes de conterem críticas bem humoradas a determinadas figuras, contém trabalho acumulado, às vezes ao longo de anos.

Por mais irreverente que seja uma fanpage, há milhares de pessoas trabalhando e militando em torno dela, visto que toda “curtida”, todo compartilhamento, todo comentário, é manifestação de um desejo, uma emoção, uma opinião. Por trás da crítica, há um debate de ideias, ingrediente essencial à democracia.

Apagar uma página sem justificativa é uma violência. Alguém precisa fazer alguma coisa contra esse tipo de truculência virtual.

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