Fachin inocenta Gleisi de corrupção mas arranja “crime eleitoral” para não absolvê-la

Edson Fachin, que se dispôs a ser uma espécie de supremo escudeiro de Sérgio Moro na Lava Jato, deu um voto de contorcionista para pedir a condenação de Gleisi Hoffman no absurdo processo que está sendo julgado hoje.

As acusações são pífias e baseadas apenas em delações – que, aliás, se contradizem e mudam ao longo de todo o processo – e em rabiscos de iniciais “PB” que, insiste a promotoria, se refeririam a Paulo Bernardo, marido da hoje senadora e presidente do PT.

O argumento do subprocurador da República Carlos Vilhena , que a acusou, é de corar um frade:””Enquanto parlamentar, líder do Partido dos Trabalhadores, do qual hoje é presidente, a senadora Gleisi Hoffmann podia, devia, ter estancado a sangria que ocorria na Petrobras”.

Quer dizer que um deputado é obrigado a saber do que se passa nos contratos de uma estatal e nas negociatas de um diretor, Paulo Roberto Costa, que nem pelo seu partido havia sido indicado?

Haja teoria do domínio e da “adivinhação” de fato.

Porque não há provas, embora Fachin tenha preferido usar a expressão “insuficiência de provas”.

Ao que é possível saber de seu voto pelos jornais que estão cobrindo a sessão, está tentando fazer uma “conta de chegar” usando o desmoralizadíssmo depoimento do deputado Pedro Correia, do PP, que se presta hoje a “pau para toda obra” de Sérgio Moro.

Já uwe uma delação não serve como base para condenar, arranja-se outra, para que ela não seja “solitária”.

Correa diz que Paulo Roberto Costa teria transferido R$ 1 milhão para a campanha de Gleise por ordem de Dilma. Mas Paulo Roberto Costa diz que Dilma nunca lhe  pediu nada e que deu o dinheiro para ficar “amigo” de Paulo Bernardo.

Duas histórias totalmente diferentes e contraditórias, mas que, para o raciocínio rastejante de Fachin servem como prova de que o milhão existiu.

E, com pase nesta “prova” imaterial, pediu a condenação, já que não tinha como pedir por corrupção, por “falsidade ideológica” eleitoral, por não ter declarado o dinheiro como doação.

Evidente, no caso, a chicana para condenar alguém por crime diferente da denúncia que falava em corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que é vedado pelo princípio da correlação entre acusação e sentença.

É improvável que os demais ministros concordem com este “arranjo” para que Fachin, sem ter outra saída, fuja do papel de “absolvedor”, a que estaria obrigado se sua estatura moral não tivesse se reduzido  ao que se tornou.

Por isso, está enrolando a finalização do voto, para que o lobby da mídia possa tentar influenciar os demais juízes da Segunda Turma do STF.

 

Fernando Brito:

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  • Fachin é um exemplo concreto da máxima: "A ocasião e o poder não moldam o caráter, apenas o revelam".

    • Nem "monte" ele é, aquela massa disforme de merda está dissolvida no próprio vômito!...

    • A-CO-VAR-DA-DOS!!!

      Com o Supremo e com tudo...

      Voto técnico ainda existe? Sem preocupações com a "opinião pública" que, na verdade, é a opinião publicada.

  • Sr. Fernando receba meus parabéns por ainda ter saco de escrever sobre as putarias desenfreadas de que somos vítimas. De qualquer forma deve ser bom porque na realidade acaba sendo um desabafo. Eu sinto como se uma imensa caixa de gordura tivesse transbordado e nós minimamente conscientes estamos no meio. Nunca imaginei que um dia sentiria tanto nojo do país onde vivo.

    • EXATAMENTE, PRIMEIRA VEZ POR EXEMPLO QUE TORÇO CONTRO O BRASIL NA COPA.

  • É inacreditável como um sujeito é alçado à ministro do stf e se torna um indivíduo tão pusilânime....precisamos nos recordar bem do nome Fachin.. ele terá a sua merecida recompensa histórica.

  • Fachin, maçom do Paraná (tal qual Félix Fischer, relator da lava jato no STJ), embora ministro do STF, é subordinado do Moro mestre grau 33 na maçonaria. Busquem no Google.

  • faquinho sendo o que é: covarde. e deve mesmo ter sido contorcionista em outra encarnação

  • O ministro Fachin parece estagiário de Sérgio Moro. Ministro do STF não pode condenar sem provas. NO Brasil esse papel já é de Moro.

  • Fachin é um exemplo concreto da máxima: "A ocasião e o poder não moldam o caráter, apenas o revelam".

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