Falsificação de documentos: a nova e séria acusação a Bolsonaro

O depoimento do auditor Alexandre Silva Marques, autor do suposto “relatório” do Tribunal de Contas da União onde se dizia que o número de mortos pela Covid estava superestimado, disse hoje à Polícia Federal que o documento, embora fosse apenas uma “suposição”, exclusivamente sua, foi adulterado no Palácio do Planalto para passar a ostentar a logomarca e o cabeçalho do TCU, com os quais foi veiculado nas redes sociais de Jair Bolsonaro.

Segundo ele, foi assim que o enviou ao pai, o coronel Ricardo Silva Marques, amigo de Bolsonaro e seu colega de turma na Academia Militar das Agulhas Negras.

[O documento] não tinha nenhuma alusão ou identidade visual do Tribunal de Contas da União (TCU). Nesse arquivo em pdf que viralizou, não tinha nenhuma identidade visual, data, assinatura, nada. Era somente um só arrazoado”

Alexandre disse que seu pai enviou o documento a Bolsonaro com a mesma formatação de “rascunho” e que por isso acredita que as modificações foram feitas no Palácio do Planalto.

“Quando eu vi o pronunciamento do presidente Bolsonaro, eu fiquei totalmente indignado, porque achei totalmente irresponsabilidade o mandatário da nação sair falando que o tribunal tinha um relatório publicado, que mais da metade das mortes por Covid não era por Covid.”

É claro que Alexandre Silva Marques e seu pai, fonte original da mentira, não podem ser tomados ao pé da letra no que dizem, mas certamente a quebra de seu sigilo telemático, poderá verificar quais eram os documentos originais enviados por e-mail ou mensagem.

Semana que vem, na CPI, onde Alexandre vai depor publicamente, esta história escandalosa será esclarecida.

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