Acaba de ser divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Semanal da Fundação Getúlio Vargas e o resultado da comparação dos preços de 16 de setembro aos de 15 de outubro indica uma alta de 1,29%.
Embora não idêntico, o IPC-S tem comportamento muito semelhante ao IPCA, medida oficial de inflação e, a menos que se registre inesperada e improvável queda forte nos preços, a elevação dos preços em outubro não deverá ficar muito abaixo da taxa do mês passado, e algo acima dos 0,86% de outubro do ano passado.
Há alguns dias o Banco Central está “torrando” dólares no mercado de câmbio, para tentar, pela cotação da moeda norte-americana, conter os preços internos a ela vinculados.
Conta, para isso, com a “ajuda” da desaceleração da demanda mundial de commodities que – exceção ao petróleo, que segue subindo – caíram ou pararam de subir, em grande parte pela redução das compras pela China, com a qual registramos, mês passado, uma queda de quase 8% na exportação, em volume.
A China cresce menos que os números gigantes habituais: o trimestre encerrado em setembro registrou alta de 4,9% no PIB do país. É enorme para nós, mas uma perda de velocidade séria para eles, que tinham assinalado 7,9% no trimestre encerrado em junho.
Mantidas as condições atuais – e há muitas nuvens capazes de mudá-las – vamos terminar o ano com uma inflação acima de 9% e pouco abaixo dos 10%.
Ha “pedalada precatória” para enfrentar a repercussão deste índice no Orçamento da União.