Marcelo Auler, em seu blog, mostra que não é só Gilmar Mendes que precisa ser questionado por julgar casos em que pessoas próximas estão envolvidas.
O Ministro Luiz Fux, mantém parado há mais de 5 anos, com um pedido de vistas, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que, há pelo menos um ano e meio, envolve situação de interesse de sua própria filha, Marianna Fux, que se tornou desembargadora, no Rio de Janeiro, numa escolha para lá de polêmica.
É que Marianna pode estar sendo beneficiada pelos “penduricalhos” pagos a juízes que a ação que Luiz Fux mantém na gaveta julga inconstitucionais. Eles podem tê-la ajudado a receber, só nos seis primeiros meses de 2017, cerca de R$ 291 mi reais como remuneração bruta, aproximadamente 30% a mais que o pai, ministro do Supremo Tribunal Federal e, em tese, limite da remuneração de qualquer servidor público brasileiro.
Auler nem entra na discussão sobre ser ou não legal. Apenas registra que, na entrevista que deu à Folha onde diz que “só o Poder Judiciário pode levar nossa nação a um porto seguro”, Fux critica os abusos remuneratórios no Judiciário sem lembrar que, possivelmente, alguns deles beneficiam sua filha, como diz o jornalista:
Fux, ao defender a divulgação destes valores [pagos aos juízes], acrescentou: “Às vezes há um esquecimento proposital de que o juiz é um servidor público. Como servidor, o juiz deve receber aquilo que todo servidor recebe. Na hora de analisar um juiz não pode analisar o Judiciário, mas sim, um servidor público”. Ao que parece, esqueceu o telhado de vidro na família.
Leia o texto completo da reportagem no Blog do Marcelo Auler.
7 respostas
“esquecimento proposital” que justificativa mais cínica, canalha e perniciosa que um ministro da suprema corte constitucional da republica do Brasil poderia se expressar fora dos autos a respeito de uma ilegalidade judicial que pulula na área do judiciário, a quem a constituição responsabilizou como poder, pela sua guarda e aplicação.Esse país atual é para mim, um ilustre desconhecido, sinto vergonha de morar nele.Ontem durante a parada militar, o ministro da defesa com posse de “ditador africano”, empunha uma faixa (parecendo a presidencial) enquanto o ocupante do cargo (Temer) num canto do palanque parecia mais,um esquisitão e desconfiado, como moleque, pego em flagrante, após ter praticado um malfeito, na espera de um puxão de orelha ou levar uns “bolos” de palmatória do seu pai.Até imaginei que seu governo estivesse tutelado pelo tal ministro com ar de “jagunço”.Se a recatada e do lar, chegasse mais um pouco para a sua direita, até se pensaria ser o “casal presidencial” naquele palanque.
Há 400 anos havia algo de podre no Reino da Dinamarca (Shakespeare-Hamlet).Hoje a podridão campeia,
pra falar (com responsabilidade) só no que tem PROVAS. Ilação, convicção e sonho não valem bulhufas.
O Rolando Lero do STF é assim mesmo. Aliás, todos, na frente das câmeras, são os guardiões da moralidade. Fazem aquele discurso pra lá de rebuscado e coisa e tal, mas na hora H vão para a festa porque ninguém é de ferro.
A indignação encenada por ele em relação ao áudio da J&F é de uma canastrice sem tamanho.
A nomeação da filha, segundo as noticias da época, foi de uma indecência sem limites e a pouca resistência que teve prova que o nosso judiciário é uma organização perigosa, pra dizer o mínimo.
Enfim, o Brasil é um país Fufuca (sensacional esse nome) do legislativo ao Judiciário.
Fux rei do bico quando estava no STJ.
Sem reforma do Estado Brasileiro, que vai ficar pra logo depois do dia do juízo final, vamos ficando cada dia mais próximos do mundo de Rafael Braga.
Poder judiciário presta péssimos serviços, muito lento, servidores que podem escolher qual processo põe na frente, prejudicando a parte e advogado, são investigados por eles mesmos, ou seja, é a própria versão modernizada do judiciário romano. Dá para cortar a folha do judiciário do país em 80%, mandando muitos cretinos para o olho da rua e se utilizar das comissões de arbitragem, muito mais rápidas. Mas está tudo blindado. Povo que se lasque!! Dançamos!!
Depois esses mesmos que entraram pela porta dos fundos em concursos, cargos públicos e vestibulares vem fura nossos olhos com a propalada meritocracia.