A Folha faz o necrológio eleitoral de Marina Silva

Um curioso editorial habita a edição deste domingo da Folha.

É o que se dedica a fazer o necrológio eleitoral de Marina Silva.

Uma pergunta mais uma vez se coloca face à disputa presidencial de 2018: por onde anda Marina Silva (Rede)? 

Ora, todo mundo sabe por onde anda Marina Silva, o problema é que fica “feio” dizer.

Marina esteve e está com o golpe e com um processo de judicialização da política que, nas contas equivocadas que faz, a deixaria como a candidata politicamente correta e inofensiva.

Mas não é assim: virou um espantalho eleitoral.

Diz a Folha:

A aura de compromisso ideológico parece perder-se, assim, em oportunismo. Tanto no que se refere ao recurso, que foi inevitável em termos pragmáticos, de filiar-se a partidos diferentes em 2010 e 2014, quanto na visível dissolução dos aspectos mais marcantes de seu discurso em favor de uma agenda econômica liberal. Os apoios a Aécio Neves (PSDB), no segundo turno de 2014, e ao impeachment de Dilma Rousseff, possivelmente terão alienado eventuais eleitores à esquerda, sem atrair os mais antipetistas.

Que Marina Silva se tornou um lixo eleitoral, embora com o recall de duas eleições e do nicho evangélico, todos sabem,

O significativo no editorial é que a descarta como personagem “servível” no processo eleitoral, como foi naquelas duas eleições.

E o faz porque perceberam que Marina não é mais capaz de tomar para si e desvirtuar parte do eleitorado de centro-esquerda.

Marina é bananeira que já deu seus cachos. E seu sumiço vem do fato de, agora, a mídia lhe dar uma banana.

Fernando Brito:

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    • Gostaria de vê-la voltando para o Acre, sendo "seringueira", ou seja, tirando leite do pau...

  • Mais uma personalidade política que apostou no caos para se apresentar como a salvadora da Pátria. Triste fim. A tradução do editorial da Folha é denominar Marina como mais uma golpista, embora use outro termo: oportunismo. A gente já sabia disso, dissemos isso em 2010 e 2014. A mídia golpista preferiu jogar uma boia para Marina estimulando-a a bater no PT e tirar proveito dessa empreitada da Blá-blá-rina para outros objetivos. Ela que não deu bola para o fato de estar sendo usada. Deve ter pensado que daria a volta por cima. Como já havia feito Cristovam. E como fez Marta depois. Todos exemplos de figuras personalistas que carregam a mágoa por não terem sido escolhidos e assim se perderam nas vaidades pessoais. São pessoas que não enxergam que a força (eventual) que trazem consigo tem bases no coletivo, na força do Partido dos Trabalhadores, que sobrevive como força política apesar do massacre da mídia, dos poderosos de sempre, da ira da Casa Grande. Tolos !

  • Marina Silva, a `fada da floresta` é aquela que foi sem nunca ter sido.

  • Quando uma pessoa é desprovida de caráter, de carisma, de senso político, de inteligência e, por fim, de um projeto para o país, a pegunta correta deveria ser: Como essa pessoa chegou ao ponto de se candidatar para presidente?
    Casos de marina silva, aécio, bolsonaro, etc. e etc. e etc.

    • Cada qual teve ou tem uma serventia. No caso específico da ex-senadora e ex-ministra para ludibriar parte da esquerda. Como a máscara caiu, hoje passa a ser abandonada pela mídia tradicional por total irrelevância à estratégia de manutenção do golpe.

  • Como os demais partidecos que servem de linha auxiliar ao PT, Marina e sua Rede seguem o roteiro, simulando independência da matriz para tentar assumir o seu lugar e se a coisa começar a não der certo (como não está dando). Ah, ela apoiou o impeachment? Faz parte do teatro, tem que fingir independência e até oposição às diretrizes da chefia. E a chefia entende, embora os militantes conduzidos se revoltem com a "traidora".

    Mas vejam como agiram os deputados do partido e o senador da voz fininha, todos eles ex-petistas, que tentaram atrapalhar o processo com um ardor que nem os que permaneceram no PT demonstraram. E vejam a Marina, pessoalmente, a vida inteira envolvida até a raiz dos cabelos com os petistas no seu Acre? Ela continua no meio da turma, mas virou inimiga de todos? Contem outra.

  • Acho que nem com o público evangélico ela pode mais contar. A maior parte (pelo menos do que eu conheço) migraram para o Bolsonaro.

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