Não posso deixar passar o lançamento da P-58, ontem, sem comentar a matéria apelativa publicada na edição da Folha no mesmo dia, dizendo que “conclusão de plataforma deve deixar rastro de demissões em cidade gaúcha“, a de Rio Grande, onde foi montada a embarcação, a partir de um superpetroleiro japonês, o Welsh Venture, desde outubro de 2011.
Curioso, porque não leio no jornal que o final da construção de um shopping center “deixa um rastro de demissões”, nem que o final de obra de um conjunto de prédios fizesse isso. Nem que tenha feito uma reportagem sobre o desemprego dos trabalhadores da indústria naval quando Roger Agnelli comprou na China e na Coreia os 12 supergraneleiros da Vale…
Depois, porque o jornal afirma que “a conclusão das obras em plataformas de petróleo deixará de 5.000 a 9.000 operários sem trabalho no polo naval do município”.
Bom, a P-58, quando muito, empregou 3 mil pessoas. Para chegar a este número, só se somarmos todos os que trabalharam em todas as três plataformas já entregues na cidade, a primeira delas em 2009/10.
Portanto, a conta da Folha está inflada até dizer chega.
Olhe para a fotografia dos trabalhadores do estaleiro durante a visita da presidenta…É cara de quem está prevendo ficar desempregado, ver a família em dificuldades?
A reportagem da Folha não resiste a uma destas imagens sequer.
Os trabalhadores que o estaleiro está cheio de encomendas: dois outros navios (P-75 e P-77) vão ser convertidos lá, a partir de março do ano que vem. Daqui a pouco mais de quatro meses, portanto.
Bem pertinho, no Estaleiro Rio Grande, como a gente mostrou ontem, montam-se os dois primeiros navio-plataforma da série de oito que serão produzidos lá.
Mas tem outras obras contratadas por lá.
Aliás, o que está se formando ali é nada menos que o maior pólo naval do país, onde já há 13 estaleiros e que está recebendo outro gigante, o Estaleiros do Brasil, em São José do Norte, um investimento total de R$ 1,2 bilhão, que vai fazer a integração dos equipamentos de processamento de óleo no casco da P-74, que está tendo o casco reformado no Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro.
Há ainda três navios-sonda para o pré-sal – dos 28 que serão feitos aqui – também já contratados ali.
Não há “rastro de demissões” numa indústria que passou de dois mil para 70 mil trabalhadores em 12 anos.
Mesmo um pequeno momento de descontinuidade numa empresa pode ser amplamente compensado em outras unidades ou mesmo com acordos de lay-off, por dois ou três meses, com garantia do emprego e redução temporária do salário, desde que negociada com o sindicato. E isso nem acaba acontecendo, porque muitos dos trabalhadores que estão no Sul vêm do Nordeste, onde na Bahia e em Pernambuco os estaleiros também estão cheios de encomenda.
Ao contrário, a Petrobras teve de investir para formar, através de um programa de educação profissional, o Prominp, 100 mil pessoas, desde 2004 e já anuncia para o primeiro trimestre de 2014 a abertura de mais 17 mil vagas em cursos profissionais – onde o aluno é remunerado – para formar trabalhadores e técnicos nas modalidade solicitadas por sua cadeira de fornecedores, sobretudo os navais.
A recuperação – agora nem isso: explosão – do setor naval, no qual já fomos a segunda maior indústria do mundo, que desapareceu e hoje já voltou a der a quarta maior do planeta, é à prova de urubus.
17 respostas
Isto só mostra que algum jornalistas realmente escrevem só aquilo que aprenderam na faculdade.
E não vou falar da profissão de JORNALISTA. Não!
Mas deve haver jornalistas de São Paulo, que não conhecem a força de trabalho que existe no Brasil.
HAVIA 3000 mil funcionários de varias empresas que fazem montagem, portanto viajem de lá para cá,
encheram a cidade, inflacionaram o mercado mobiliário, e alimentos, mas trouxeram para a cidade a fabrica de papel, com os empregados fixos. No mais o resto volta para onde houver solda, pedreiro, marceneiro, eletricista, o ESCAMBAU…que jornalista IDIOTA!!
Tenho certeza que não sabe trocar uma lampada na casa, chama o faz tudo!!! Que veio do Nordeste.
Jornalistas desse jornal não escrevem mais sobre os fatos e sim sobre o que o patrão quer, no caso, atacar o PT ainda que abrindo mão da realidade.
Esse jornal tem a missão de botar um ovo direitista por dia até as eleições.
Além de mais uma folhice, esquece ela que deixou um rastro de desemprego (reduziu postos na redação), e a coisa vai piorar quando esta empresa sub-sub-subalterna aos interesses juristas e americanos for para o saco.
O comentário da Folha que mais se parece Falha, é totalmente descabido. Como ao seu término dispensa empregados que são realocados em outras obras quando a economia não está imobilizada. Este é o caso da industria naval no momento, com vigorosa carteira de pedidos, garantindo empregos crescentes dete setor. Muito diferente dos tempo dos governos incensados pela Falha que liquidaram nossa industria naval .
Este pessoal da direita é muito burro mesmo! Continuam achando que ” fazem a cabeça do povo “. Fazem apenas a cabeça dos que já não mais a possuem, seus seguidores. Sindrome de Globo. Acham que estão falando para um bando de Simpsons, rsrsrsrsrsrs. Caminham a passos largos para a extinção. Recente pesquisa feita pela FGV, comprovou que 70 % do povo não acredita na imprensa e 80% nas redes de televisão. Claro, as pessoas vivem no mundo real e eles no mundo imaginário, perfeito para eles.
Muito bom o seu comentário. Essa sua ideia de que não estão conseguindo fazer a cabeça de gente acéfala é ótima. Ótima porque é verdadeira. Meus parabéns.
Não esquecendo que a maioria dos trabalhadores são especializados, e estão “afiados” no trabalho de montagem das plataformas. Nenhum empresário de juízo “meia boca” dispensaria estas equipes, sabendo que os concorrentes estão de braços abertos esperando. É muito capaz de grande maioria destes trabalhadores ganharem 4 meses de férias remuneradas, por conta do serviço bem feito, e pela sua fidelidade ao estaleiro.
O Brasil é o único pais em pleno emprego, menos o Estado de Alagoas que é Governado pelo PSDB a 8 anos, assim como Pernanbuco, em Alagoas, as verbas federal ficam paradas nas contas do Governo para instigar o alagoano a revoltar-se contra o Governo Federal, agora o Prefeito, tambem um NETO, e do PSDB vem pintando os bancos das pracas publicas de Maceio e os canteiros nas cores azul e amarelo, as cores do PSDB, dizem ser o novo, porem usando dos mesmos expedientes dos seus pais e seus avos, não esqueça que a renda do trabalhador a cada mês sobe mais. ALAGOAS pede SOCORRO, aqui nada anda, só o que vem sendo feito pelo Governo Federal, e o Governador a passear de helicoptero, as escolas estaduais que o ano passado foram fechadas em abril para reforma(incrivel), estão todas caindo aos pedaços, inclusive as universidades, a verba liberadas para melhorias nos centros médicos ,nada.
Pura hipocrisia da Folha. Ela representa um sistema econômico, o capitalista, que tem no desemprego uma arma econômica e política poderosa contra a classe trabalhadora. Portanto, sua preocupação com o desemprego é mais uma mentira deslavada.
Será que a Folha não está querendo falar dos Estados Unidos e da Europa?
Quem tem desempregado gente às carradas é exatamente a imprensa de que faz parte a Folha.
Só vou ficar satisfeito quando demitirem TODOS!
É Folha canolha ou Falha canalha?
É inacreditável a cara-de-pau que esse jornal tem de distorcer a realidade! CALÚNIA É CRIME! Foi por essas e outras que a Argentina crio a sua ley de medios. temos que DEMOCRATIZAR A MÍDIA!
Á prova de urubu, mas vulnerável ao tucano.
Palavras emocionantes, disseste tudo que eu gostaria de dizer mas não tenho essa capacidade de sintetizar meus sentimentos,estou emocionado!!!!!!!!!!!!