A Folha publicou agora á noite um longo e duro editorial como reação à abjeção cometida por Jair Bolsonaro contra sua repórter Patrícia Campos Mello:
O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando. Seus jagunços avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária. Presidentes da Câmara e do Senado, ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores de estado, repórteres e organizações da mídia tornaram-se vítimas constantes de insultos e ameaças.
Há método na ofensiva. Os atores agredidos integram o aparato que evita a penetração do veneno do despotismo no organismo institucional. Bolsonaro não tem força no Congresso nem sequer dispõe de um partido. Testemunha a redução de prerrogativas da Presidência, arriscada agora até de perder o pouco que lhe resta de comando orçamentário.
Escolhe a tática de tentar minar o sistema de freios e contrapesos. Privilegia militares com verbas, regras e cargos, e o exemplo federal estimula o apetite de policiais nos estados. Governadores são expostos por uma bravata presidencial sobre preços de combustíveis a um embate com caminhoneiros.
Pistoleiros digitais, milicianos e uma parte dos militares compõem o contingente dos sonhos do presidente para compensar a sua pequenez, satisfazer a sua índole cesarista e desafiar o rochedo do Estado democrático de Direito.
Ok, muito bem.
Mas é preciso fazer o rochedo mover-se, porque as instituições estão acovardadas e precisam ser desafiadas a agir, porque a maior arma das ditaduras é a intimidação. E que os monstros, quanto mais se os tolera, maiores ficam.
É preciso desafiar, como é de sua competência, a Procuradoria Geral da República a acionar, junto com a colega ofendida, pela difamação evidente.
Se o senhor Aras acoelhar-se e não quiser cumprir seu dever, ao menos que a Nação saiba que não tem mais fiscais da lei. Aliás, talvez, nem mesmo leis.
Veremos se a Folha, como é seu dever, colocará seu texto em primeira página, porque não é uma notícia qualquer.
View Comments (32)
PGR? De quem? Do Aras? Vamos esperar sentados. Tá tudo dominado.
Tudo bravata da Folha. Eles NÃO querem e NÃO podem investir contra Bolsonaro, porque é o representante DELES e de tudo que eles querem em termos de governo.
Tudo bravata da Folha. Eles NÃO querem e NÃO podem investir contra Bolsonaro, porque é o representante DELES e de tudo que eles querem em termos de governo.
O representante deles é o Paulo Guedes. Aliás, representante dos mercados financeiros que, por sua vez, comandam os donos da mídia. Querem um liberalzinho qualquer, ou mesmo a turma do PSDB com os banqueiros e corretores de valores no comando como era no tempo do FHC. Não queriam o Bolsonaro, preferiam ter eleito um Alckmin ou coisa semelhante mas tiveram que aceitar o que conseguiram para tirar o PT do jogo. Agora precisam encarar o monstro que criaram. Quanto a nós, o dilema é claro: Ou nos unimos às poucas vozes que se levantam contra a extrema direita, ainda que sejam duvidosas como a da Folha, ou seremos totalmente massacrados pelo monstro.
O representante deles é o Paulo Guedes. Aliás, representante dos mercados financeiros que, por sua vez, comandam os donos da mídia. Querem um liberalzinho qualquer, ou mesmo a turma do PSDB com os banqueiros e corretores de valores no comando como era no tempo do FHC. Não queriam o Bolsonaro, preferiam ter eleito um Alckmin ou coisa semelhante mas tiveram que aceitar o que conseguiram para tirar o PT do jogo. Agora precisam encarar o monstro que criaram. Quanto a nós, o dilema é claro: Ou nos unimos às poucas vozes que se levantam contra a extrema direita, ainda que sejam duvidosas como a da Folha, ou seremos totalmente massacrados pelo monstro.
bozo é descartável. com ele ou sem ele o golpe continua
Folha fuica. nem mais nem menos.
Perfeita análise, Brito. Esperemos que as instituições decidam reagir ou desmascarar de vez seu desmonte. Se vivemos no faroeste, sem que a lei sirva para mais nada, é melhor que todos saibamos logo e abandonemos as ilusões.
Ninguém tem dúvidas de que existe uma tonelada de fundamentos para o impeachment. Mas, quando olho para o Congresso Nacional, perco a esperança. Porque o CN não é solução. É parte do problema.
Tira o Bozo e sua quadrilha de rebentos, quem assume? um General. Trocaremos meia duzia por seis.
Não vejo em nosso país nenhum "Estado democrático de Direito" e, muito menos, um rochedo que o proteja. Vejo instituições que já foram republicanas e democráticas num passado recente em frangalhos e completamente submissas a um Estado Policial com sua característica principal, ditatorial.
Ajudaram a criar o monstro, agora que dêem jeito de matar o mesmo!
Ora, a trolha....quem diria. ...o jornaleco que mais incentivou essa turma que está aí......o jornaleco da ficha falsa.....dos calunistas xiitas.....quem diria........
Cria-se assim o paradoxo do golpista democrata. Esquecendo, pela economicidade, do passado tenebroso em defesa do arbítrio, façamos de conta que Folha não é uma velha centenária. Partindo de 2014, Folha fez campanha acirrada pelo golpe, com seu diretor, à época, defendendo-o e reagindo apoplético quando, na Europa, foi questionado a respeito. Fez mais, aliciou-se ao lava-jatismo e à república de Curitiba na persecução mediática-judicial ao Presidente Lula. Mais adiante, defendeu Bolsanaro e seu projeto, como havia defendido a Temer e ao mesmo projeto de Nação. Ponte para o futuro, transformada em pinguela e, na sequencia, em um Salto para o Passado, para o atraso, para o que deveria chamar-se Plano para País Nenhum.
Agora, tal Madalena, arrepende-se e, tal qual Catilina, discursa indignada? Ora, pois... Eu tenho idade suficiente para ter sido enganado por ela uma vez, quando acreditei que Folha era um posto avançado da luta pelas liberdades civis, pela cidadania plena e pelo Estado de democrático de Direito. Isso foi no início da década de 80, quando eu era bem mais moço e bem mais ingênuo.
Agora? nem fodendo!
Foi a mesma história em 1964.
A elite mesquinha e inconformada em dar algumas migalhas aos miseráveis criou um monstro que agora ameaça devorar a todos
Cadê será o "Batedores de panelas"? Já,já, baterão panela por não ter o que comer. Panelas vazias