A coluna Painel, da Folha, diz que o procurador geral da República, Augusto Aras, informou ao Tribunal de Contas da União, os valores exatos recebidos – indevidamente, segundo o TCU – pelos procuradores da Força Tarefa da Lava Jato.
Passam de R$ 2,5 milhões em passagens e diárias recebidos durante anos, porque se caraterizavam como recursos continuados, o que, segundo o Tribunal, “resultou em interessante ‘rendimento extra’ em favor dos beneficiários, a par dos elevados valores das diárias percebidas”.
De fato, vários dos procuradores, de origem paranaense, viviam em Curitiba com suas famílias, embora estivessem, para justificar os ganhos extras, “lotados” em São Paulo.
Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol, por terem autorizado permanência deste esquema, foram apontados como “devedores solidários” e , assim, deverão ajudar no pagamento dos excessos.
É claro que o esquema de autoproteção da Lava Jato vai agir e suspender (ou até anular) as ordens de devolução.
Mas não vai diminuir o desgaste em que está lançada esta turma para quem a lei não é para todos.
