Manchete de O Globo hoje, o anúncio de uma “guerra” entre São Paulo e Rio de Janeiro é como a famosa “Batalha de Itararé” de 1932.
A batalha que não houve.
Esta, agora, pode render papel pintado e honorários polpudos a advogados, mas água não rende.
Porque a tal represa que Alckmin mandou deixar de comportas fechadas, a de Igaratá, no Rio Jaguari, não abastece São Paulo.
Alckmin pegou o Rio Jaguari errado.
O rio Jaguari do sistema Cantareira é afluente do rio Piracicaba, enquanto que o rio Jaguari da represa de Igaratá é afluente do rio Paraíba do Sul, que só abastece diretamente de água a cidade de Santa Isabel, com 50 mil habitantes.
Sua função, mais do que produzir eletricidade, é regular a vazão do Rio Paraíba do Sul.
É verdade que Alckmin diz que vai levar as águas desta represa para o Atibainha – este, sim, abastece São Paulo – mas isso é duvidoso, complicado e, sobretudo, demorado.
Porque as duas represas distam cerca de 20 km entre si e, pior, a de Igaratá, de onde Alckmin anuncia que vai tirar a água, fica “apenas” 160 metros acima do reservatório do Atibainha.
Portanto, além de uma adutora imensa e de túneis sob rocha atravessando o relevo da serra, o General Alckmin precisa mobilizar um valente esquadrão de bombas, para percorrer esta distância a esta altura.
Não é impossível tecnicamente. Tanto que se bombeia água para abastecer o Rio de Janeiro, na Usina de Santa Cecília, em Barra do Piraí, para cruzar a Serra das Araras. E também em São Paulo, onde as águas do Cantareira são elevadas em 120 metros, para chegarem à cidade.
Mas, mesmo que fosse a saída técnica – e há imensas controvérsias sobre isso – a obra é para anos, não para meses.
Além do mais, se Alckmin manda fechar a represa porque ela está muito baixa, como é que pretende tirar dela mais água para São Paulo?
Vai matar o moribundo?
Tudo o que Geraldo Alckmin faz nesta crise de água em São Paulo é factóide marqueteiro.
A ele, algo tem de se reconhecer: é um dos maiores caras-de-pau que este país já conheceu.
Resta menos de um palmo de água no reservatório do Atibainha ( exatos 18 cm) antes que a água só possa sair dali pelas bombas de sucção.
A “Gambiarra 2” começa a trabalhar amanhã ou depois, enquanto a imprensa dá atenção à Batalha do Itararé.
Ou da Batalha do Chuchu, como é melhor chamá-la.
Não tem, como se diz na terra dos meus avós, a menor “sustança”.
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Reeleito ou não, Alckmin, com essas atitudes, passará para a história como o mais irresponsável e insensato governador de SP. Dure a água até antes ou depois da eleição, o estrago já está feito e terá efeitos desastrosos para o estado e para o país. Os historiadores podem retocar biografias, torcer os fatos ou publicar desejos, como faz certo comentarista da Cultura. A realidade, porém, falará mais alto. Guardem isso na memória. A covardia e o oportunismo cobrarão suas faturas!
Vamos aos fatos. Alckmin é esperto e joga pra galera dele, pro eleitorado de Sumpaulo. A rejeição do PT talvez ocorra em razão da “falta de prestígio” de Sumpaulo junto ao Governo Federal, em razão da falta de investimentos federais em Sumpaulo.
Pois bem, Sumpaulo era um estado pronto, com rodovias, um grande porto, parque industrial, usinas de cana-de-açucar.
Depois de 20 anos de Governo tucano, em que fizeram mais algumas pistas na marginais, partes do Rodoanel – e cobrando tarifas escorchantes nos pedágios -, alguns quilômetros de Metrô, parece que Sumpaulo está ficando pra trás perante o Brasil. Há outros lugares se desenvolvendo na Brasil, com ajuda do Governo Federal. Vejam só, não chega mas nordestinos em Sumpaulo.
Agora falta água, falta Metrô, falta atendimento na Santa Casa de Misericórdia, mas a culpa é do PT.
Assim fica fácil. Depois de 20 anos de Governo tucano, sem fazer quase nada, depreciando tudo – mas pagando bem aos acionistas da SABESP -, é só arrumar alguém e colocar a culpa neles.
uns quatro anos atras a sabesp, fazia propaganda em todos os estados dom brasil, dizendo que era a unica empresa de abastecimento de agua do brasil. empresa modelo, como dizia o ex-governador serra. agora , a sabesp esta tudo falido. será que os acionistas vão vender suas ações para uma empresa americana.? a troco de banana pobre.?
São Paulo Minas e Paraná formam a Republica de Tucanolândia onde os idiotas acreditam que essa gente governa , quando na verdade só roubam e o povo se sente feliz em se ferrar.
Que continuem assim , se achando , quando na verdade são um bando de malandros agulhas.
Ou o Alckmin foi péssimo em geografia ou ele é sem vergonha.
Chico Buarque canta: Aquele que não teve nem nunca terá, o que não tem juízo....
Alô, São Paulo! Quer água? Espreme chuchu!!!
Vinte anos de governo. Esse é o tempo que o Estado de São Paulo é governado pelo atual governo que teve três governadores. As tentativas de desviar o foco desse problema do abastecimento de água, com apoio da mídia, tenta omitir que durante todo esse tempo pouco foi feito para garantir e preservar um bem tão essencial como é a água. Num momento a estiagem é responsável, noutro procura-se um tipo de solução que alcance as manchetes.
Quando a unica preocupação é com a eleição; que se percebe não ter sido criada nos órgãos técnicos a condição de apresentar uma solução com a seriedade que a sociedade e os próprios técnicos merecem. Isso é um problema que não apareceu da noite para o dia, veio em decorrência de uma infraestrutura que não foi ampliada na medida da necessidade. Aconteceria agora ou depois, como resultado disso.
Problemas desse tipo exigem seriedade, tanto para que não sejam gerados quanto para que sejam solucionados. O que está em questão é a condição de vida da própria sociedade. Todos são afetados pela falta de garantia no suprimento de água. É uma questão de encarar o problema como algo de interesse público.
Tem um erro básico no post, embora só confusão... Onde se lê " fica “apenas” 160 metros acima do reservatório do Atibainha." com ACIMA grifado leia-se ABAIXO. Do contrário a água desceria por gravidade, sem necessidade de bombeamento.
Será que já pode incluir no Wikipédia do gov a falta dágua em sumpaulo?
Sem esquecer o Alto-Tiete, que também está numa situação crítica e, praticamente, não tem volume morto. A Sabesp aponta 18,6% de volume armazenado, só que em uma das represas, a Jundiaí, há apenas 4,8% do seu volume útil, e é dela que vai a água para o Taiaçubeba (que está com apenas 13,8% do seu volume útil) onde fica a captação. Sei não, mas se tiver 2º turno, a água vai acabar ate lá.