Gilmar Mendes bufa, mas não vai atropelar a Justiça

lombroso

Como se previa (prever o obvio não tem graça) o Ministro Gilmar Mendes reagiu aos “coices” à observação do Procurador Geral da Justiça, Rodrigo Janot de que  apontou como inconveniente Justiça e o próprio MP se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”.

 

Dura, mas civilizada crítica, bem diferente do grosseiro diapasão daquele que, segundo o insuspeito Joaquim Barbosa, está acostumado a falar “com os seus capangas lá do Mato Grosso”, onde Mendes  acha que pode dizer coisas deste naipe:

 

“O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria Geral da República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”

 

Imagine, para avaliar o grau de ofensa, o  que se conteria numa afirmação idêntica, só que partida de Janot:

 

“O Ministro deveria se ater à  sua função de magistrado e não procurar aturar como advogado de Aécio Neves”.

 

Gilmar Mendes, que demonstra interesse em escrafunchar as contas de Dilma até achar algo que lhe permita criar o fato político de pedir a cassação de seu mandato e abrir caminho para que a oposição torne este pedido razão bastante para o impedimento da presidenta, vai demonstrar o mesmo rigor, agora que a Ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo de prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves no TSE apontou 15  irregularidades na contabilidade entregue pelo tucano, inclusive o “sumiço” de alguns milhões de reais doados pela Odebrecht?

 

Ou alguém estaria errado em imaginar que Mendes, na próxima sessão do TSE em que se toque no  assunto, vá deixar de despejar sua ira nos outros ministros, a maioria deles incapazes de reagir exigindo decoro e dignidade no exercício da função?

 

Seja como for, a grosseria verbal de Gilar Mendes corresponde, inequivocamente, a uma percepção de que não estão todos avassalados diante de sua fúria e que não será simples como com os “capangas do Mato grosso”  fazer suas vontades.

 

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44 respostas

  1. Curriculum desse sr… Habeas corupus nos caso dantas … zé riva (MT) … abdelmassih … cristina Meinick (a que sumiu com o processo de sonegação da rede bobo) … entre outros … Não emitamos juízo !!! Mas a mim parece um cara muito suspeito em que todos os seus habeas corpus tenham envolvido pessoas da “high society”. Isso tudo além de não explicar a lista de furnas, em que seu nome aparece na frente de R$ 815mil … Vamos investigar a IDP do GM… Por que dispensa de licitação ??? Quem escolhe essa empresa pra dar palestra ? Por que ? O que ela ganha além da ridícula palestra ? Algum apito amigo ? Ministro do STF pode ter empresa ? ou participação ? Faz igual o Lula e mostra a relação das empresas e órgãos públicos que o contrataram tucano de toga !!!

    1. Adiciona o amianto cancerígeno e a escolinha com desvio de verbas no curriculum do Sinistro.

  2. Se há algo asqueroso numa instituição é a presença de crápulas travestidos de presidente de partido, nem desfaçam, agem como tal e com a liberdade dos astutos e mau intencionados, “verboraja” mesmo como um bufão e faz questão de selo, para isso basta epenas uma câmera ou um microfone para amplificar sua fala insana capitulada e desmedida de qual quer valor de juízo. Juiz sem equilíbrio e parcial não se comparam nem a rábulas ou “bacurais”, pois estes sim, não se escondem em togas desmerecidas. Tem algo muito errado na justiça brasileira e é pior que os modos dos bandidos da lava jato. Pois subtraem do povo a justiça sem imparcialidade. A idade que traz a sensatez, parece que nesse trouxe a vontade de mimar menino mimado com a fúria da irresponsabilidade, parece que tomou o país de assalto para uma turma mais suja do que os sujos e mal lavados, nem se comparam a pau de galinheiro, pois esse se resolve com água, mas uma alma suja por capanguices não tem nada que lave, é o poder sujo pelo poder sem disfarce. Nem que para isso destrua a estabilidade dos que lhes pagam salários altíssimos, o povo trabalhador, o que que é roubado, subtraído em impostos e taxas inimagináveis para sustentar e turma de fabricantes de HCs noturnos.

  3. No Rio Grande do Sul, do povo politizado pela RBS, o Governador pagou hoje só 600 pila pro funcionalismo, alguns nem receberam, o Banrisul já descontou direto o empréstimo na folha. Enquanto A Gang da Toga Gaúcha…leia-se: juízes, dezenbargadores, procuradores, promotores e conselheiros do tribunal de contas, passam a receber 800 pila por mês de “bolça CAVIAR” -vulgo vale refeição de pobre. Detalhe -sórdido- retroativo à 2011 – total (sem a correção) 38 mil pilas (um carro zero). Sem contar esta gang já recebe 4.300,00 pila por mês pra auxílio moradia…tadinhos , a maioria tem casa própria de alto padrão. E cara de pau do Governador agora de manhã deu entrevista pedindo unidade, humildade, compreensão, paciência e todas as baboseiras de praxe…só aos miseráveis dos professores, policiais etc…A gang da toga e a gang do Legislativo…leia-se Deputados, estes já com o integral da bufunfa no bolço. É a famosa “independência” orçamentária dos poderes…não seria melhor chamarmos de suruba orçamentária, onde SÓ OS POBRES SÃO OS FODIDOS???

    1. Sempre fui um admirador do povo gaúcho pela sua consciência política, pela Campanha da Legalidade, por ser o Estado de origem de Getulio e Jango, só não entendo como foram eleger este ivo sartori. Alguém sabe me explicar?

      1. Caro C.Paoliello. Eleger Sartori é o efeito globobo, que não é colateral, é vital e vitalício. O Tarso Genro vinha melhorando o RS, e o povo politizado pela RBS/globo não quis reelege-lo porque era PT. E pior que uma grande maioria do funcionalismo estadual votou no gringo incompetente…agora vão chorar na cama que é lugar quente ou quem sabe se queixar à Z elotes Hora…talvez resolva…

  4. Esta deprimente figura tem que parar de falar asneiras e trabalhar. E deve começar devolvendo o processo sobre o financiamento de empresas a políticos. O PGR deveria cobrá-lo…

  5. Ele baba de ódio.
    Será que pensa que ninguém percebe que ele é
    pau mandado do PSDB/DEM?

    Baba baby , você perdeu.
    A democracia ganhou.

  6. E agora, Gilmar? O que vai dizer sobre as contas de seu protegido? Vai contestar? Vai espernear? Vai se suicidar? Vai entrar na justiça contra a Ministra Maria Thereza? Vai continuar com essa cara de menino que tiraram o brinquedo dele? Vai continuar babando quando fala? Vai continuar com sua arrogância de merda?

  7. EU FICO A ME PERGUNTAR, PORQUE NENHUM SENADOR DA REPUBLICA NÃO PEDI A CASSAÇÃO DO GILMAR MENDES. ESSE BILTRE, NÃO AFRONTA SÓ OS COLEGAS DO STF NÃO, ELE AFRONTA TODAS INSTITUIÇÕES E O POVO BRASILEIRO. JÁ PASSOU DA HORA DE DÁ UM BASTA NESSE MELIANTE.

  8. os partidos de esquerda deveriam se unir e abrir um processo de impedimento contra esse ministro, estão até demorando para faze-lo.

  9. Em alguns comentários, fizeram referência à face (rosto) do indigno Gilmar Dantas, mas ele não tem rosto! aqui no Nordeste chamamos essa coisa mal feita que ele tem, chamamos de Carranca.

  10. O indigno “Gilmar Dantas” não vai nem se pronunciar quanto o processo de investigação das contas de campanha do aÉbrio Neves.

  11. Este Gilmar Mendes é um brucutu! Como conseguiu galgar tantos cargos heim, só pelas mão da Direita Brasileira mesmo.

  12. PODER
    Nos rincões dos Mendes
    Em sua terra natal, o presidente do STF e a família agem como coronéis
    Leandro Fortes
    DE DIAMANTINO (MT)
    Existe um lugar, nas entranhas do Centro-Oeste, onde a vetusta imagem do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, nada tem a ver com aquela que lhe é tão cara, de paladino dos valores republicanos, guardião do Estado de Direito, diligente defensor da democracia contra a permanente ameaça de um suposto – e providencial – “Estado policial”. Em Diamantino, a 208 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso, o ministro é a parte mais visível de uma oligarquia nascida à sombra da ditadura militar (1964-1985), mas derrotada, nas eleições passadas, depois de mais de duas décadas de dominação política.
    O atual prefeito de Diamantino, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, de 50 anos, é o irmão caçula de Gilmar Mendes. Por oito anos, ao longo de dois mandatos, Chico Mendes, como é conhecido desde menino, conseguiu manter-se na prefeitura, graças à influência política do irmão famoso. Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar Mendes, primeiro como advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, como ministro do STF, atuou ostensivamente para eleger o irmão. Para tal, levou a Diamantino ministros para inaugurar obras e lançar programas, além de circular pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, a pedir votos para o irmão-candidato e, eventualmente, bater boca com a oposição.
    Em setembro do ano passado, o ministro Mendes foi novamente escalado pelo irmão Chico Mendes para garantir a continuidade da família na prefeitura de Diamantino. Depois de se ancorar no grupo político do governador Blairo Maggi, os Mendes também migraram do PPS para o PR, partido do vice-presidente José Alencar, e ingressaram na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, como se sabe, Mendes costuma, inclusive, chamar às falas, quando necessário. Maggi e os Mendes, então, fizeram um pacto político regional, cujo movimento mais ousado foi a assinatura, em 10 de setembro de 2007, do protocolo de intenções para a instalação do Grupo Bertin em Diamantino, às vésperas do ano eleitoral de 2008.
    Considerado um dos gigantes das áreas agroindustrial, de infra-estrutura e de energia, o Bertin acabou levado para Diamantino depois de instalado um poderoso lobby político capitaneado por Mendes, então vice-presidente do STF, com o apoio do governador Blairo Maggi, a quem coube a palavra final sobre a escolha do local para a construção do complexo formado por um abatedouro, uma usina de biodiesel e um curtume. O investimento previsto é de 230 milhões de reais e a perspectiva de criação de empregos chega a 3,6 mil vagas. Um golpe de mestre, calcularam os Mendes, para ajudar a eleger o vereador Juviano Lincoln, do PPS, candidato apoiado por Chico Mendes à sucessão municipal.
    No evento de assinatura do protocolo de intenções, Gilmar Mendes era só sorrisos ao lado do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a quem levou a Diamantino para prestigiar a gestão de Chico Mendes, uma demonstração de poder recorrente desde a primeira campanha do irmão, em 2000. Durante a cerimônia, empolgado com a presença do ministro e de dois diretores do Bertin, Blairo Maggi conseguiu, em uma só declaração, carimbar o ministro Mendes como lobista e desrespeitar toda a classe política mato-grossense. Assim falou Maggi: “Gilmar Mendes vale por todos os deputados e senadores de Mato Grosso”. Presente no evento estava o prefeito eleito de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), então deputado estadual. “O constrangimento foi geral”, lembra Capistrano.
    Ainda na festa, animado com a atitude de Maggi, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) aproveitou para sacramentar a ação do presidente do STF. “O ministro Gilmar Mendes tem usado o seu prestígio para beneficiar Mato Grosso, apesar de não ser nem do Executivo nem do Legislativo”, esclareceu, definitivo. Ninguém, no entanto, explicou ao público e aos eleitores as circunstâncias da empresa que tão alegremente os Mendes haviam conseguido levar a Diamantino.
    O Grupo Bertin, merecedor de tanta dedicação do presidente do STF, foi condenado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro de 2007, logo, dois meses depois da assinatura do protocolo, por formação de cartel com outros quatro frigoríficos. Em 2005, as empresas Bertin, Mataboi, Franco Fabril e Minerva foram acusadas pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça de combinar os preços da comercialização de gado bovino no País. Foi obrigado a pagar uma multa equivalente a 5% do faturamento bruto, algo em torno de 10 milhões de reais. No momento em que Gilmar Mendes e Blairo Maggi decidiram turbinar a campanha eleitoral de Diamantino com o anúncio da construção do complexo agroindustrial, o processo do Bertin estava na fase final.
    Ainda assim, quando a campanha eleitoral de Diamantino começou, em agosto passado, o empenho do ministro Mendes ara levar o Bertin passou a figurar como ladainha na campanha do candidato da família, Juviano Lincoln. Em uma das peças de rádio, o empresário Eraí Maggi, primo do governador, ao compartilhar com Chico Mendes a satisfação pela vinda do abatedouro, manda ver: “Tenho falado pro Gilmar, seu irmão, sobre isso”. Em uma das fazendas de soja de Eraí Maggi, o Ministério do Trabalho libertou, neste ano, 41 pessoas mantidas em regime de escravidão.
    Tanto esforço mostrou-se em vão eleitoralmente. Em outubro passado, fustigado por denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, o prefeito Chico Mendes foi derrotado pelo notário Erival Capistrano, cuja única experiência política, até hoje, foi a de deputado estadual pelo PDT, por 120 dias, quando assumiu o cargo após ter sido eleito como suplente. “Foi a vitória do tostão contra o milhão”, repete, como um mantra, Capistrano, a fim de ilustrar a maneira heróica como derrotou, por escassos 418 votos de diferença, o poder dos Mendes em Diamantino. De fato, não foi pouca coisa.
    Em Diamantino, a família Mendes se estabeleceu como dinastia política a partir do golpe de 1964, sobretudo nos anos 1970, época em que os militares definiram a região, estrategicamente, como porta de entrada para a Amazônia. O patriarca, Francisco Ferreira Mendes, passou a alternar mandatos na prefeitura com João Batista Almeida, sempre pela Arena, partido de sustentação da ditadura. Esse ciclo foi interrompido apenas em 1982, quando o advogado Darcy Capistrano, irmão de Erival, foi eleito, aos 24 anos, e manteve-se no cargo por dois mandatos, até 1988. A dobradinha Mendes-Batista Almeida só voltaria a funcionar em 1995, bem ao estilo dinástico da elite rural nacional, com a eleição, primeiro, de João Batista Almeida Filho. Depois, em 2000, de Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes.
    Gilmar nasceu em Diamantino em 30 de dezembro de 1955. O lugar já vivia tempos de franca decadência. Outrora favorecida pelo comércio de diamantes, ouro e borracha por mais de dois séculos, a cidade natal do atual presidente do STF se transformou, a partir de meados do século XX, num município de economia errática, pobre e sem atrativos turísticos, dependente de favores dos governos federal e estadual. Esse ambiente de desolação social, cultural e, sobretudo, política favoreceu o crescimento de uma casta coronelista menor, se comparada aos grandes chefes políticos do Nordeste ou à aristocracia paulista do café, mas ciosa dos mesmos métodos de dominação.
    Antes do presidente do STF, a figura pública mais famosa do lugar, com direito a busto de bronze na praça central da cidade, para onde os diamantinenses costumam ir para fugir do calor sufocante do lugar, era o almirante João Batista das Neves. Ele foi assassinado durante a Revolta da Chibata, em 1910, por marinheiros revoltosos, motivados pelos maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca da Marinha, entre eles, o memorável cidadão diamantinense.
    Na primeira campanha eleitoral de Chico Mendes, em 2000, o então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, conseguiu levar ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para Diamantino, a fim de dar fôlego à campanha do irmão. Um deles, Eliseu Padilha, ministro dos Transportes, voltou à cidade, em agosto de 2001, ao lado de Mendes, para iniciar as obras de um trecho da BR-364. Presente ao ato, prestigiado como sempre, estava o irmão Chico Mendes. No mesmo mês, um dos principais assessores de Padilha, Marco Antônio Tozzati, acusado de fazer parte de uma quadrilha de fraudadores que atuava dentro do Ministério dos Transportes, juntou-se a Gilmar Mendes para fundar a Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, a Uned.
    O ministro Mendes, revelou CartaCapital na edição 516 (de 8 de outubro de 2008), é acionista de outra escola, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que obteve contratos sem licitação com órgãos públicos e empréstimos camaradas de agências de fomento. Não é de hoje, portanto, que o ensino, os negócios e a influência política misturam-se oportunamente na vida do presidente do Supremo.
    No caso da Uned, o irmão-prefeito bem que deu uma mãozinha ao negócio do irmão. Em 1º de abril de 2002, Chico Mendes sancionou uma lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro recolhido pela Uned em diversos tributos, entre os quais o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e sobre alvarás, em descontos nas mensalidades de funcionários e “estudantes carentes”. Dessa forma, o prefeito, responsável constitucionalmente por incrementar o ensino infantil e fundamental, mostrou-se estranhamente interessado em colocar gente no ensino superior da faculdade do irmão-ministro do STF.
    Em novembro de 2003, o jornalista Márcio Mendes, do jornal O Divisor, de Diamantino, entrou com uma representação no Ministério Público Estadual de Mato Grosso, para obrigar o prefeito a demonstrar, publicamente, que funcionários e “estudantes carentes” foram beneficiados com a bolsa de estudos da Uned, baseada na renúncia fiscal – aliás, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal – autorizada pela Câmara de Vereadores. Jamais obteve resposta. O processo nunca foi adiante, como, de praxe, a maioria das ações contra Chico Mendes. Atualmente, Gilmar Mendes está afastado da direção da Uned. É representado pela irmã, Maria Conceição Mendes França, integrante do conselho diretor e diretora-administrativa e financeira da instituição.
    O futuro prefeito, Erival Capistrano, estranha que nenhum processo contra Chico Mendes tenha saído da estaca zero e atribui o fato à influência do presidente do STF. Segundo Capistrano, foram impetradas ao menos 30 ações contra o irmão do ministro, mas quase nada consegue chegar às instâncias iniciais sem ser, irremediavelmente, arquivado. Em 2002, a Procuradoria do TCE mato-grossense detectou 38 irregularidades nas contas da prefeitura de Diamantino, entre elas a criação de 613 cargos de confiança. A cidade tem 19 mil habitantes. O Ministério Público descobriu, ainda, que Chico Mendes havia contratado quatro parentes, inclusive a mulher, Jaqueline Aparecida, para o cargo de secretária de Promoção Social, Esporte e Lazer.
    No mesmo ano de 2002, o vereador Juviano Lincoln (ele mesmo, o candidato da família) fez aprovar uma lei municipal, sancionada por Chico Mendes, para dar o nome de “Ministro Gilmar Ferreira Mendes” à avenida do aeródromo de Diamantino. Dois cidadãos diamantinenses, o advogado Lauro Pinto de Sá Barreto e o jornalista Lúcio Barboza dos Santos, levaram o caso ao Senado Federal. À época, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não aceitou a denúncia. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a acusação contra a avenida Ministro Gilmar Mendes também não deu resultados e foi arquivada, no ano passado.
    A lentidão da polícia e da Justiça na região, inclusive em casos criminais, acaba tendo o efeito de abrir caminho a várias suspeitas e deixar qualquer um na posição de ser acusado – ou de ver o assunto explorado politicamente.
    Em 14 de setembro de 2000, na reta final da campanha eleitoral, a estudante Andréa Paula Pedroso Wonsoski foi à delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência. Ao delegado Aldo Silva da Costa, Andréa contou, assustada, ter sido repreendida pelo então candidato do PPS, Chico Mendes, sob a acusação de tê-lo traído ao supostamente denunciar uma troca de cestas básicas por votos, ao vivo, em uma emissora de rádio da cidade. A jovem, de apenas 19 anos, trabalhava como cabo eleitoral do candidato, ao lado de uma irmã, Ana Paula Wonsoski, de 24 – esta, sim, responsável pela denúncia.
    Ao tentar explicar o mal-entendido a Chico Mendes, em um comício realizado um dia antes, 13 de setembro, conforme o registro policial, alegou ter sido abordada por gente do grupo do candidato e avisada: “Tome cuidado”. Em 17 de outubro do mesmo ano, 32 dias depois de ter feito o BO, Andréa Wonsoski resolveu participar de um protesto político.
    Ela e mais um grupo de estudantes foram para a frente do Fórum de Diamantino manifestar contra o abuso de poder econômico nas eleições municipais. A passeata prevista acabou por não ocorrer e Andréa, então, avisou a uma amiga, Silvana de Pino, de 23 anos, que iria tentar pegar uma carona para voltar para casa, por volta das 19 horas. Naquela noite, a estudante desapareceu e nunca mais foi vista. Três anos depois, em outubro de 2003, uma ossada foi encontrada por três trabalhadores rurais, enterrada às margens de uma avenida, a 5 quilômetros do centro da cidade. Era Andréa Wonsoski.
    A polícia mato-grossense jamais solucionou o caso, ainda arquivado na Vara Especial Criminal de Diamantino. Mesmo a análise de DNA da ossada, requerida diversas vezes pela mãe de Andréa, Nilza Wonsoski, demorou outros dois anos para ficar pronta, em 1º de agosto de 2005. De acordo com os três peritos que assinam o laudo, a estudante foi executada com um tiro na nuca. Na hora em que foi morta, estava nua (as roupas foram encontradas queimadas, separadas da ossada), provavelmente por ter sido estuprada antes.
    Chamado a depor pelo delegado Aldo da Costa, o prefeito Chico Mendes declarou ter sido puxado pelo braço “por uma moça desconhecida”. Segundo ele, ela queria, de fato, se explicar sobre as acusações feitas no rádio, durante o horário eleitoral de outro candidato. Mendes alegou não ter levado o assunto a sério e ter dito a Andréa Wonsoski que deixaria o caso por conta da assessoria jurídica da campanha.
    CartaCapital tentou entrar em contato com o ministro Gilmar Mendes, mas o assessor de imprensa, Renato Parente, informou que o presidente do STF estava em viagem oficial à Alemanha. Segundo Parente, apesar de todas as evidências, inclusive fotográficas, a participação de Mendes no processo de implantação do Bertin em Diamantino foi “zero”. Parente informou, ainda, que a participação do ministro nas campanhas do irmão, quando titular da AGU, foram absolutamente legais, haja vista ser Mendes, na ocasião, um “ministro político” do governo FHC. O assessor não comentou sobre os benefícios fiscais concedidos pelo irmão à universidade do ministro.
    A reportagem da Carta também procurou o prefeito Chico Mendes. O chefe de gabinete, Nélson Barros, prometeu contatar o prefeito e, em seguida, viabilizar uma entrevista, o que não aconteceu.

  13. Colega Chico muito vaidoso por ter dado aulas na ESCOLA JURÍDICA do Ministro Gilmar Mendes. Fez muitos elogios a arrojada Escola em Brasilia.

  14. Ele está tendo um surto psicótico,onde se imagina o Hitler recebendo o Juramento de Munich. Deve acordar ,todo molhado e babado, com um penico na cabeça.

  15. Ele está sempre defendendo a escória da nação: dantas, CUnha, aécim de Furnas e tucanalha em geral.

  16. Atenção, atenção.

    Não votei em Gilmar Mendes.

    Ele não pode anular meu voto – tenho 72 anos e sou advogado –

    Sugiro a campanha:

    NÓS NÃO VOTAMOS NO GILMAR MENDES!

  17. Nem advogado de Dilma, nem capanga do Aécio. Precisamos de Instituições que inspirem respeito, não ferramentas de controle político-partidário.

  18. Ele não quis agredir o Janot.
    Ele quis colocar o Janot contra a opinião pública coxinha. Abriu caminho para o Aécio e o Cunha fazerem coro com o Collor.

  19. Lendo o texto do Leandro Fortes e lembrando os comentários poucos elogiosos do ex-presidente do STF, joaquim barbosa, dirigidos ao gilmar mendes, somados ao seu comportamento francamente em ataque à Constituição e ao decoro do cargo que exerce, podemos concluir que o mendes é um cara perigoso. Para gente dessa estirpe vale a regra do cavalo bravo: rédia curta – É o que fez, com elegância – o Procurador Geral da República. Como dito aqui, chucro bufou, pulou, rinchou, mas logo estará no passo. A rédea não poderá ser folgada até que ele amanse (respeite a Constituição e o decoro)

  20. Essas personagens só prosperam pela incapacidade de reação de seus pares. Sabem que por aqui impera a lei dos mais forte, do que grita mais alto.
    O legítimo faroeste.
    Se a própria presidente Dilma, com toda a sua história, perdeu o rumo o que esperar dos demais.
    Aos poucos vai se instalando o clima de pessimismo que é o objetivo maior da direita derrotada nas urnas e incapaz de propor alguma coisa.
    Lamentável.

  21. GILMAR MENDES PERDEU (SE É QUE TEVE ALGUM DIA), A CONDIÇÃO DE SER MINISTRO DA MAIS ALTA CORTE DO BRASIL, O STF. NA CONDIÇÃO DE MINISTRO, PORTANTO, DE JUIZ, DEVE ZELAR PELA IMPARCIALIDADE, PELA COERÊNCIA E PELA DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA, JÁ QUE SÃO REQUISITOS PARA UM MAGISTRADO. EQUILÍBRIO E SENSO DE JUSTIÇA SÃO OUTROS REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DO CARGO. AS POSIÇÕES POLÍTICAS E PARTIDÁRIAS DE GILMAR MENDES, DEMONSTRAM, NITIDAMENTE, QUE ELE TEM UM PARTIDO, OU SEJA, O PSDB (FOI ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO NO GOVERNO FHC E FOI ALÇADO AO CARGO DE MINISTRO PELO PRÓPRIO FHC) E, ALÉM DE TER PARTIDO, DEFENDE, DESCARADAMENTE ESSE PARTIDO, FAZENDO AS VEZES DE ACUSADOR-OFICIAL E ADVOGADO DO PRÓPRIO PSDB, JÁ QUE, FICOU NÍTIDO SEU ÓDIO E SUA PERSEGUIÇÃO PELO PT. PORTANTO, PERDEU (REPITO, SE É QUE TEVE ALGUM DIA) A CONDIÇÃO DE SER MINISTRO DO STF, QUE É GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO. A PRESENÇA DE GILMAR MENDES NO STF, ALÉM DE FRAGILIZAR O PRÓPRIO TRIBUNAL, EXPÕE AO RIDÍCULO SEUS MEMBROS, JÁ QUE OS CRIMES DOS PARTIDOS AMIGOS (PSDB, DEM, PMDB E OUTRAS ABERRAÇÕES) SÃO NEGLIGENCIADOS E ESQUECIDOS DOLOSAMENTE E PUBLICAMENTE, SEM QUALQUER RECEIO DA PRESSÃO POPULAR OU MESMO DE CONSEQUÊNCIAS. A ATUAÇÃO DE GILMAR MENDES COMO POLÍTICO JÁ ULTRAPASSOU TODAS AS RAIAS DO RACIONAL E SUPORTÁVEL. ALGUÉM TEM QUE COLOCAR UM FIM NISSO, OU A SOCIEDADE E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITOS VAI SOFRER UM ROMPIMENTO GRAVE E SEM CONTROLE. ALGUÉM DEVE PEDIR AO SENADO FEDERAL PARA IMPEDIR GILMAR MENDES, E DESTITUÍ-LO DO CARGO DE MINISTRO, ÚNICA FORMA DE ESTANCAR ESSA ABERRAÇÃO. O BRASIL CLAMA POR SERIEDADE E RESPEITO ÀS PESSOAS E INSTITUIÇÕES. PUNIR CRIMINOSOS É UM DEVER DO ESTADO, PORÉM, NOS RIGORES DA LEI. QUANDO UM MINISTRO SE ARVORA DO DIREITO COMO SUA PROPRIEDADE CONTRA OS INIMIGOS, ESSE MINISTRO PERDEU A CONDIÇÃO DE PERMANECER NO CARGO. GILMAR MENDES É MAIS UMA CONTRIBUIÇÃO DE FHC PARA A SOCIEDADE BRASILEIRA. ALIÁS, NÃO VI NA MANI-INFESTAÇÃO DO DIA 16/08 NENHUMA FAIXA PEDINDO A VOLTA DE FHC. SERÁ PORQUE?

  22. ontem o ministro Gilmar (bufão) mendes deixou a bancada do STF quando o ministro que preside o mesmo deu a palavra ao advogado que representa a OAB levantou se e foi embora porque de tão bravo ele cagou nas calças se demorasse muito tempo ficaria grudado na cadeira. Olhem quem pede o impedimento da Presidenta DILMA (Aécio do pó, Paulinho da forca ,Ronaldo cagado, serra (o vencedor) estão de brincadeira.Em Brasília não existe serviço de coleta de lixo.

  23. Gilmar Mendes sempre faz beicao caido, o mesmo ja tem o rosto caido, fica mais caido ainda, ou da um sorriso colgate so mostrando os dentes quando e para satiirizar, e muita careta para um ministro e ministro do Supremo, apesar que age mais como militante politico bufao!

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