Gravação mostra como estivemos perto de ser um Vietnam latino em 1964

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Curiosamente, cabe a um dos agentes do golpe militar, o jornal O Globo, a revelação de que o presidente americano John Kennedy,  em outubro de 1963,  46 dias antes de ser assassinado em Dallas, no Texas. discute a possibilidade de “intervir militarmente” no Brasil para depor o Presidente João Goulart.

Uma gravação de  áudio revela que o presidente americano pergunta a  Lincoln Gordon, embaixador americano no Brasil, se ele  “acha aconselhável que {{os EUA]façamos uma intervenção militar?”

É curioso, também, que os que se opunham a uma “invasão cubana” ou “soviética”  que nunca esteve mais próxima do Brasil do que a estrela de Alfa-Centauri aceitariam perfeitamente a presença de um exército estrangeiro em nossa terra, apara apoiar a derrubada de um governo.

Leia um trecho da matéria de  Chico Otávio e Isabel de Lucca em O Globo:

Washington se preparava para um cenário de guerra civil, mas, como se sabe, não foi preciso oferecer mais do que apoio diplomático aos militares que promoveram o golpe de Estado no Brasil em 31 de março e 1º de abril de 1964. A conversa de Kennedy está na edição revista e ampliada de “A Ditadura Envergonhada”.

Uma das maiores especialistas em John F. Kennedy dos Estados Unidos, a professora e pesquisadora da Universidade da Virgínia Barbara A. Perry não se surpreende com a revelação de que o ex-presidente chegou a pensar na possibilidade de invadir o Brasil. Segundo a historiadora – autora de livros sobre o próprio Kennedy, a primeira-dama Jacqueline e a matriarca Rose –, trabalhar para remover do poder líderes estrangeiros que contrastam com a política externa americana tem sido uma prática comum no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

– Não é novidade que os Estados Unidos se engajaram nesse tipo de comportamento, para evitar que o comunismo se espalhasse pelo mundo. Até hoje os Estados Unidos tiram pessoas do poder em outros países quanto sentem que é importante para os interesses americanos – ela diz. – Veja o que fizemos no Iraque. Os EUA não assassinaram o Saddam Hussein, mas começaram uma guerra para removê-lo do poder.

 

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15 respostas

  1. Enquanto isso, numa feira livre em Pirituba…
    – Ah, ele disse que não era político, que era gestor por isso eu votei nele. Eu não sabia, eu pensava que gestor fosse uma coisa assim como diretor, como gerente, eu não sabia que gestor era assim um tipo de gari que varre ruas.

  2. O documentário “O dia que durou 21anos” mostra muito bem o que ocorreu. Kennedy era mais um naquele balaio de gatos da Guerra Fria e, só não invadiu porque as “forças ocultas” de lá o mataram. Lindon Johnson garantiu apoio ao GOLPE porque afirmou-se numa conversa telefônica “reservada” que o Brasil não corria o risco de virar uma Cuba, mas, pela potencialidade, numa China. Acessem, procurem, aluguem, comprem, sei lá, “O dia que durou 21 anos”.
    Hoje, passamos pelo que passamos, com a introdução de uma facção GOLPISTA, que atende aos anseios anti-BRICS e anti-MERCOSUL, além da tomada do pré-sal e do futuro da nação.

    1. Perfeito Heitor.
      Não só por trás do golpe, mas também por trás de todas as guerras no oriente médio.
      Com Trump, que é um obtuso, não sabemos o que esperar.
      Com Hilary temos certeza do que nos esperava.

  3. E ainda tem quem diga, indignadamente: Mas você acredita mesmo em teoria da conspiração? Imaginem então o que é isso tudo que estamos passando. Eles dirão: Não! Não houve conspiração! Não houve golpe! Aí diz-se: E oque é tudo isso que vemos e sofremos? Valha-nos céus!

  4. O que mais revolta é que os coxinhas midiotizados que lerem isso no Globo ainda vão lamentar porque não houve a invasão militar de fato.

  5. ” Que paiz é esse”????”nessa terra no senado sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a constituição, más todos acreditam no futuro dá nação.” Como está fraze está atualissima. Oque fazer? Estamos sem lei sem nada! Que Deus tenha misericórdia do povo Brasileiro.

  6. As vezes a gente ler especialistas americanos dá acesso de riso. Ou sentimos uma peninha de doer do especialista.

    Dizer q “os Eua não assassinaram o Saddam hussein” mas apenas começaram uma guerra para remove-lo do poder— é de lascar e chorar. Aquilo, a corda no pescoço foi coisa de terceiros quando os ‘Eua’ estavam distraidos, claro. Idem com o Khadafi. E as torres e o edif nº 7 foi uma galera de muslitanos arabes sob comando do barba grande no afganistão.
    O fim dos imperios produz nos contemporâneos a ele ligados fenômenos estranhos como sabemos.

  7. Pois é, e como somos uma sociedade colonizada, o senhor Kennedy é aqui reverenciado, batizando inclusive muitos logradouros Brasil afora.

    Salvador conta com a sua rua Presidente Kennedy, claro que na Barra, bairro tradicional da elite baiana. Essa sua se cruza com outra rua, batizada com o nome de outro personagem digno da qualidade da nossa elite: Tenente Pires Ferreira, comandante da primeira expedição contra o Arraial de Belo Monte, cujo único ato digno de nota foi sair corrido de Uauá, bem longe de Canudos, após emboscada promovida pelos liderados por Pajeú e João Abade.

    Como dizia Henfil, ê, povinho bunda!

  8. houve muito mais do que apoio diplomático!
    houve três navios de guerra estadunidenses na costa brasileira!!

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