Guedes e a maldição do “tchuchuca”

O jornalista Kennedy Alencar, no Twitter, acha “engraçado ver tigrões da imprensa tão melindrados, tão escandalizados com o uso da palavra tchuchuca”.

Talvez, Kennedy, porque seja destas coisas que vá pegar por um longo tempo porque traduz, no popular, o que é um ministro da Economia que, ontem, mostrou que ele e o governo a que pertence  não aguentam o “batidão” da luta política.

Até porque, a começar do chefe, o governo não tem a menor continência verbal. É um “brown shower” generalizado.

Ou o secretário do gabinete Civil, que deveria ser o grande coordenador da blindagem a ser feita a Guedes não viu e não foi visto na Câmara.

O episódio é menos grave pelo nome – “tchuchuca” – do que pelo sobrenome: “dos banqueiros”.

Como disse em outro post, foi um dos momentos que lamentavelmente foram raros, ontem: dizer o que o povo entende.

O “tchuchuca” vai “colar” como o estigma em Caim.

No Senado, semana passada, e na Câmara, mesmo antes da explosão do “é a mãe”, Paulo Guedes mostrou que não resiste a provocações, o que costuma ser fatal na política, onde se dizem os maiores desaforos, mas nunca se pode fazer nada com a cara transtornada.

É aí que o tigrão vira tchuchuca.

 

 

Fernando Brito:

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  • Com uma tirada humorística, Zeca Dirceu fez mais pela demolição do Posto Ipiranga do que conseguiram fazer com discursos enormes, análises extensas e textões de faceburro. Toffoli obedeceu as ordens superiores e está dando um jeitinho de manter Lula preso. Se alguém ainda que este país se resolverá pela via do discurso e respeito às "instituições", é bom acordar para a realidade.

    • Com certeza.
      A indignação de políticos, da mídia e do mercado pelas palavras do Zeca Dirceu decorrem justamente do fato das palavras dele terem, finalmente, desmascarado o que é essa reforma. Mesmo o cidadão mais ingênuo e despolitizado, ao ouvir o que ele disse, abre a cabeça.

  • Mas não esqueçamos que a proposta é péssima. Mal feita, sem responsabilidade, sem a sensibilidade obrigatória da questão.
    A você, pobre, ele ameaça com o não pagamento de nada. Para os ricos este não pagamento aos pobres vai aos seu ricos bolsos.

  • Foi a versão Parlamentar do Chico:
    - " Fala grosso com a Bolívia, e fala fino com o EUA.

  • Tchutchuca e Conge a nova sensação do país; uma boa dupla sertaneja daquelas bregas e não das autênticas. Eta governo complicado e inimigo do povo. Essa reforma da previdência sem conversar com os beques não funciona; estão querendo na verdade empurrar goela baixo um plano econômico de interesse dos bancos e seguradoras para eliminar a previdência pública e chamar o povo para garantir as receitas que serão geridas pelo sistema financeiro. Em função das resistências que têm se acentuado, nota-se um desânimo por parte de alguns articulistas da grande mídia uma vez que são porta vozes dos rentistas. Reforma da previdência sem recuperar o bilionário passivo da sonegação, sem acabar com os privilégios, sem garantir a reposição mínima da inflação anual (ou mais como era até pouco tempo), sem proibir desvios de dinheiro para outras despesas do orçamento ( DRU) não pode ser aceita pelos congressistas. O único fato concreto e que deixa pouca dúvida é que a previdência tem que ter suas fontes de receita adequadas à realidade de hoje onde a expectativa de vida é bem maior do que uns 20 anos atrás. No mais é injusto descontar no lombo de quem mais necessita dela.

  • Tchutchuca e Conge a nova sensação do país; uma boa dupla sertaneja daquelas bregas e não das autênticas. Eta governo complicado e inimigo do povo. Essa reforma da previdência sem conversar com os beques não funciona; estão querendo na verdade empurrar goela baixo um plano econômico de interesse dos bancos e seguradoras para eliminar a previdência pública e chamar o povo para garantir as receitas que serão geridas pelo sistema financeiro. Em função das resistências que têm se acentuado, nota-se um desânimo por parte de alguns articulistas da grande mídia uma vez que são porta vozes dos rentistas. Reforma da previdência sem recuperar o bilionário passivo da sonegação, sem acabar com os privilégios, sem garantir a reposição mínima da inflação anual (ou mais como era até pouco tempo), sem proibir desvios de dinheiro para outras despesas do orçamento ( DRU) não pode ser aceita pelos congressistas. O único fato concreto e que deixa pouca dúvida é que a previdência tem que ter suas fontes de receita adequadas à realidade de hoje onde a expectativa de vida é bem maior do que uns 20 anos atrás. No mais é injusto descontar no lombo de quem mais necessita dela.

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