Há algumas cadeiras vazias nos estádios? A culpa é do “padrão Fifa”.

padraofifa

Hoje, o ótimo correspondente do Estadão na Europa, Jamil Chade, respondeu a uma dúvida que eu tinha, vendo os jogos.

Notei que havia alguns lugares vagos.

E não era só em partidas como Irã e Nigéria.

O Jamil esclarece. Muitos ganharam ingresso no “jabá”  da Fifa e nem vieram.

Uma boa história para os  coxinhas brasileiros que  entronizaram na expressão “Padrão Fifa” a perfeição, a qualidade, o profissionalismo, o modelo que queriam para o Brasil e que, miseravelmente, faltava aqui.

70 mil ingressos foram distribuídos a “cartolas” de federações e confederações do mundo inteiro, de olho das eleições para a sucessão de Sepp Blatter.

Ah, e a garantia do emprego do incrível Jerôme “Chute no Traseiro” Walcker, o homem a quem abriam câmaras e microfones todos os dias para criticar o governo brasileiro.

Foram mais ingressos dos que a Fifa destinou ao Governo brasileiro, 50 mil, que se destinaram a povos indígenas (dois mil, que participaram nos Jogos Indígenas) e estudantes das escolas públicas (901, que participaram do programa “Mais Educação” e com sorteio público pela Loteria Federal).

Mas nós é que somos os incapazes, os despreparados e, ainda por cima, “corruptos”.

Talvez, quem sabe, como anteviu a Época, um dia seremos assim: padrão Fifa.

Ou será que essa onda toda é saudade de quando tinhamos um governo nesse padrão, com o Havelange da Sorbonne?

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13 respostas

  1. Prezado jornalista vi um comentario sobre uma entrevista do aebrio neves ao globonews dada a uma reporter loprete das quantas onde ele dei xou patente toda a mediocricade dele e da direita. Estranhei voce nao comentar nada. Nao pretende? Vale a pena. O cara e um fiasco.

  2. oh fernando, poste alg informaçao e opiniao por fvr : que diabs esta acontecendo no Iraque agora? de verdade mesmo? Porque nao dá pra engolir outra vez o que diz o PIG americano e britanico.

      1. Liberdade e Democracia??? Só para os interesses dos USA…O resto que se exploda no mundo! O Brasil cada vez mais tem que estreitar relações com Russia, China, países Africanos, América Latina, para diversificar seus parceiros estratégicos e aumentar nossa INDEPENDÊNCIA dos “libertários”, porque eles tem GOSTO DE SANGUE!!!

  3. VOLTA DILMA! VOLTA DILMA! VOLTA DILMA! VENHA ASSISTIR A NOSSA SELEÇÃO NO ESTÁDIO. A SENHORA É PÉ QUENTE! VOLTA! VOLTA! A SELEÇÃO BRASILEIRA SERÁ CAMPEÃ COM A SUA PRESENÇA. COM A PRESENÇA DA NOSSA PRESIDENTA DA REPÚBLICA. Ouviram do Ipiranga… Terra Adorada…

  4. Caro Fernando…

    temos melhor: “padrão vip do Itaúúúúúú”, aquele que ensina crianças a mandar “tomar no c…” e a chamar nossos adversários de “viado”…

    é o padrão da elite paulista, o “padrão vip do Itaúúúúúú”

    Leo Mendes Filho
    (Parauapebas/PA)

  5. ” cantaram o hino americano com sotaque da cultura inglesa”” Não será com sotaque da casa tomas jefferson? Rssss

  6. “o ótimo correspondente do Estadão na Europa, Jamil Chade”.

    Fernando, só lembrando que esse jornalista é o mesmo que fez uma reporcagem sobre uma suposta conta de Henrique Pizzolato no exterior, que estaria sendo investigada. O texto afirmava que fontes da justiça e da polícia suíças teriam confirmado um trabalho de investigação em conjunto com a polícia brasileira. O jornal acusou, não comprovou, o advogado de Pizzolato negou, as autoridadas da Suíça negaram, mas a “notícia” foi divulgada e repercutida pela mídia.
    Há um artigo do Miguel do Rosário que trata do assunto:

    “E agora, a mídia aparece com outra informação bombástica: Pizzolato teria movimentado conta na Suíça com até 2 milhões de euros. Parentes de Pizzolato contatados pelo blog, que ainda tem contato com o mesmo, negaram peremptoriamente a existência de tal conta. E perguntam: “Que conta é essa, tão secreta, que não se sabe nem o banco?” De fato, as notícias sobre a conta na Suíça de Pizzolato não poderiam ser mais vagas. Hoje, o Globo repercute a notícia. Como todos os outros jornais, a fonte é o Estadão, agora convertido em fonte primária. Folha, Veja, Brasil 247 também deram a notícia sobre a conta , sempre citando o Estadão, como se o Estadão fosse o próprio governo Suíço. Só que o próprio Globo, ao publicar a matéria, traz uma informação contraditória, escondida envergonhadamente ao final dela: Ué, a própria nota do Globo inicia dizendo que “autoridades brasileiras e suíças investigam uma conta secreta movimentada por Henrique Pizzolato”. Como é que, após tal início, a matéria desmente a si mesma dizendo que as autoridades suíças “desconhecem” qualquer cooperação neste sentido? Essa nova informação da Globo desmente todas as notícias anteriores. E aí? É incrível como, em se tratando de mensalão, qualquer preocupação com objetividade, coerência, ou simples bom senso, vão para o beleléu. – See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/01/18/conta-na-suica-de-pizzolato-e-novo-factoide/#sthash.YiDMQDlK.dpuf

  7. fugindo do assunto:
    O desempenho de Aécio em entrevista pra Globonews

    Candidato fracassa em entrevista

    Por Sergio da Motta e Albuquerque em 17/06/2014 na edição 803
    No Observatório da Imprensa.

    Aécio Neves, o senador e agora candidato à Presidência da República pelo PSDB, não pôde evitar o sorriso sem graça e o desconcerto trazido pelas perguntas sobre o planejamento no setor elétrico que Renata Lo Prete (14/6), da GloboNews, dirigiu a ele no segundo bloco da entrevista que a jornalista fez com o político mineiro. Renata foi direto ao ponto ao afirmar com toda segurança que a oposição costuma criticar muito a atual administração quando o tema é a gestão do nosso sistema de geração e distribuição de energia.

    Ela lembrou ao candidato que “quando o PSDB esteve no poder federal, as tarifas explodiram muito acima da inflação, e um apagão, seguido de racionamento, decretou o fim prematuro do segundo governo Fernando Henrique”. Logo depois veio a pergunta: “O que os tucanos têm a ensinar nesta matéria, senador?”

    Aécio começou a esboçar uma resposta, corrigindo a entrevistadora e afirmando que “não era correto comparar momentos tão diferentes da vida nacional, quando as prioridades eram outras”. O senador (PSDB) tentou continuar com sua explicação, mas Lo Prete não o deixou continuar, e interrompeu a fala de seu entrevistado: “Mas será que não, senador?”, questionou a jornalista, sem deixar muito tempo para as reflexões pobres de Aécio: “A gente fala muito de falta de planejamento, e se há uma coisa que a gente sabe bem é que não houve planejamento naquela situação”, afirmou a jornalista. A crise do “apagão” de 2001-2002 custou ao Brasil R$ 45,2 bilhões, de acordo com dados do TCU publicados na revista Época Negócios, em 16/7/2009.

    O abismo e o desgoverno

    Aécio então deu aquele sorriso peculiar de quem perdeu o rumo da prosa. Foi apanhado desprevenido por uma entrevistadora astuta. Por um momento pareceu perdido. Mas logo continuou, explicando que “não era advogado de Fernando Henrique Cardoso”. Depois tentou corrigir a ambiguidade que lançou sobre o nome de seu companheiro de partido e garantiu que ele “não precisa um” (advogado). Elogiou os governos de FHC, disse que sem eles Lula nada teria feito e ainda tentou lembrar à editora de política do Jornal das 10 da GloboNews que em 2001 “houve muito pouca chuva”.

    Não era o dia de Aécio: Renata lembrou que o governo Dilma também viveu um período de estiagem muito longo. Aécio então partiu para uma série de acusações ao PT: sectarismo, irresponsabilidade fiscal, intolerância política com a oposição, mas foi outra vez pressionado pela jornalista. Que quis saber “por que tantas pesquisas, públicas e privadas, registram uma imagem muito ruim dos governos do PSDB”. Aécio finalmente admitiu as derrapadas no segundo mandato de FHC, e afirmou que “mesmo assim ainda restou crédito ao seu governo, graças as suas conquistas anteriores”.

    O candidato do PSDB tentou usar a entrevista para aproveitar o mau momento da atual administração. Veio para atacar, mas com retórica frágil e sem o preparo intelectual de FHC, ele só desperdiçou tempo precioso de exposição pública. Nada do que o candidato disse ajudou seu partido ou sua candidatura. É verdade que a administração de Dilma Rousseff não deu a sequência esperada aos melhores momentos dos dois governos de Lula, mas querer estabelecer como verdade absoluta que caminhamos para o abismo e o desgoverno é inaceitável, se partirmos de pontos de vistas factuais.

    Dever de casa

    A verdade estava lá, na expressão de desamparo de Aécio Neves interrogado sobre FHC e seu fracasso na gestão do setor elétrico. O candidato esperava uma acolhida mais hospitaleira e favorável, em uma emissora que faz oposição ao PT de forma sistemática e muitas vezes desleal. O grande erro de Aécio foi acreditar que as grandes corporações de mídia são entidades monolíticas e os profissionais que trabalham nelas são lacaios dos patrões e seguem a linha editorial imposta por eles sem reflexão. A coisa não é tão simples assim.

    A chamada “grande mídia” é complexa e tem muitas faces. Desacreditar tudo aquilo que é produzido por ela é uma imprudência pueril. Nos jornais mais conservadores trabalham profissionais com visões de mundo e opiniões que nem sempre coincidem com as dos seus empregadores. O contrário também é verdadeiro: publicações liberais podem ter em seus quadros gente conservadora que não segue a linha editorial de seus chefes. Jornalistas e editores experientes sabem trabalhar nos limites da autonomia relativa que a imprensa permite. Sabem usar as brechas nas emissoras e publicações onde trabalham.

    Aécio Neves ignorou isso e por pouco a entrevista não “azedou” totalmente: em certo momento no segundo bloco, a entrevistadora afirmou que o PT reconhece as conquistas de FHC. O político mineiro replicou: “O PT não reconhece nada”. O candidato quis polemizar. Tentou provocar discussão. Renata Lo Prete mostrou profissionalismo, não aceitou a provocação e foi em frente com a entrevista. E o candidato desperdiçou a oportunidade de mostrar as alternativas de seu partido para o atual governo. O aspirante a presidente não fez o dever de casa, veio mal preparado para a entrevista e ainda deixou bem claro que não tem frieza para enfrentar quem o contrarie com boa argumentação.

    ***

    Sergio da Motta e Albuquerque é mestre em Planejamento urbano, consultor e tradutor
    – See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/06/17/observatorio-da-imprensa-aecio-fracassa-em-entrevista-pra-globonews/#sthash.YRWLgE7R.dpuf

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