Um dia, quando este país for governado por quem o ame, a nação saberá que houve os Joaquim Silvério dos Reis do século 21, aqueles que, por servilismo ou dinheiro, tentaram entregar nossa independência.
O editorial de O Globo que chamou de “inútil” este imenso patrimônio do Brasil é o melhor símbolo desta traição nacional.
Hoje, a Agência Nacional de Petróleo deu os números da produção de petróleo – estes que aparecem três ou quatro anos, no mínimo, depois que se decide fazer os investimentos.
O pré-sal já produz mais óleo e gás que todos os demais poços brasileiros somados, no pós-sal do mar e mais os de terra.
Quase 1,7 milhão de barris, o equivalente a tudo o que nosso país produzia há onze anos, quando se descobriu o petróleo a grandes profundidades , abaixo da camada salina.
Essa imensa riqueza que os traidores da pátria diziam que não valia nada, que era anti econômica, que daria prejuízo agora que caíram os preços internacionais do petróleo à metade do valor em que andavam na virada da década.
É muito?
Não, ao contrário, é pouco e será menos ainda, depois que se registrar, ainda por algum tempo, a elevação pela entrada em operação de equipamentos que estavam prontos ou quase prontos e que não foram atingidos pelo brutal corte nos investimentos da Petrobras.
Mas esta produção, que não precisa de descoberta alguma para triplicar não apenas vai crescer mais lentamente quanto em condições adversas para o país, seja porque vai ser entregue – já está sendo – a estrangeiros como porque a quase eliminação do conteúdo nacional dos equipamentos retira dos brasileiros o trabalho, o conhecimento e a renda de sua produção.
Há, porém, uma ironia da qual os Silvério 2.0 não podem se livrar. Disparado na frente, com quase três vezes mais produção que o campo que vem em segundo lugar, Lula, na Bacia de Santos é o maior produtor de petróleo deste país, com quase 30% de toda a extração nacional.