Inflação ao consumidor não abranda, aumenta

Os jornais anunciam que a inflação, medida pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, “abrandou” para 0,92% em abril.

É uma daquelas “meias-verdades” que querem dizer o contrário do que aparentam.

O índice geral, sim, reduziu-se do 1,26% do mês passado.

Mas elevou-se não apenas o acumulado em 12 meses ( de 8,27% para 8,64%) – seguindo uma trajetória de alta que se inciou em dezembro, quando o indicador subia 7,55% – como a variação registrada em 2019 até abril (3,1%) cresceu muito frente a uma de 0,8 no quadrimestre anterior (set/dez de 2018).

O índice de preços ao consumidor subiu, passando de 0,58 em março para 0,69% em abril, o que indica que ficará por este nível o IPCA – inflação oficial –  a ser divulgado apenas no dia 10 de maio. Hoje, no Focus, boletim de previsões do mercado financeiro, o valor estimado segue subindo, nas últimas atualizações e está em 0,58%.

Será maior, infelizmente para o poder de comra do brasileiro.

Fernando Brito:

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  • Pois é. Os "especialistas" da nossa mídia perderam o pé de vez. De tanto venderem a alma à "sofisticação e finesse" das coberturas do mercado financeiro, desaprenderam o básico: verificar semanalmente e analisar com cuidado o comportamento de preços. Acham de bom tamanho publicar os índices oficiais acompanhados de uma leitura pífia. Mas não é porque o Brasil deixou de ter hiperinflação que a inflação deixou de ser problema.. Pior agora, há o risco de estagflação. Saudades dos jornalistas que cobriam a economia de verdade, das prateleiras de supermercados à feira livre, do chão de fábrica ao comércio exterior. E conheciam as manobras dos mercadistas.

      • o nome mesmo é bancário ou trabalhador do setor financeiro, mas eles se autodenominam "trader", podemos chama-los mesmo de meninos "bidoffer" que é basicamente a mesma atividade do feirante mas sem ter de acordar tão cedo, sem ter que suar a camisa e sem correr o risco do negócio como o esforçado feirante. Como os meninos bidoffer ganham um salário e bonus desorbitado para o que fazem pensam que pensam como banqueiros, mas são só mesmo bancários. Muitos começaram como bons meninos, mas com o tempo vão envilecendo com é claro as honrosas exceções de sempre e sem querer generalizar. Antes a. maioria deles só pensava como ganhar dinheiro, infelizmente para nós despertaram para a política. E aí, como nada acontece por acaso, começaram a aperecer a Empiricus, o Vem para a Rua, o MBL, et caterva. Visionário Titãs: agora caminha entre nós o homem primata no deserto do capitalismo selvagem.

        • Honrosas exceções que lembram tratar-se a Economia de uma ciência social, de Humanas. A maioria é cabeça de planilha mesmo.

  • Quando a matemática gera interpretação e gera vários viés de entendimento , corre o risco de ser encarada como filosofia ou sociologia . Na verdade ela atinge de forma diferentemente as camadas sociais . Imagine para quem só tira notas abaixo de 7 em matemática .

  • O pior é que tem uma inflação anexada aos produtos que os pesquisadores não estão percebendo: sabão OMO embalagem de 2Kg agora é 1,6kg, café dizem que você está pagando 450grs. e levando 500grs. Em muitas embalagens de outros produtos vem a promoção "100grs. gratis" Mas os preços continuam subindo. Não entendo de economia, podem dizer que estou delirando mas já li em algum lugar que isso de "inflação represada" e quando a barragem se romper vai ser uma tsuname. Já tem data para o rompimento; após a aprovação da reforma da previdencia - foi assim na Argentina, não é por acaso que eles querem a Cristina de volta ao comando do país.

  • VEM AÍ O PIOR DOS MUNDOS... INFLAÇÃO COM RECESSÃO.
    VIVA BOZO E SEUS MINISTROS.
    VIVA OS ASNOS BRASILEIROS QUE ELEGERAM O ASNO MOR.

  • Não sou economista, mas costumo frequentar dois lugares comuns ao povão: feiras e supermercados. E conforme os institutos de pesquisa Data-feira e Data-supermercado, a inflação voltou.....é só dar uma olhadinha nos preços do tomate, da batata, do feijão, da cebola etc....Isso nos itens básicos...Se o comprador for mais sofisticado, o peso no bolso já será maior.Junte-se a isso o preço do combustivel e a queda na renda do trabalhador (vítima da precariedade do mercado trabalhista) e nem precisa dizer que a economia caminha para a tal estagflação ( baixo crescimento economico+ inflação). O único lugar onde impera o otimismo é nas declarações governistas (e de seus aliados)...No resto, a confiança do consumidor desce ladeira abaixo.

  • Os senhores do agronegócio não se incomodam que seus negócios sejam arruinados pelas políticas do Bolsonaro, porque agora seu ídolo vai fazer uma lei para permitir que seus jagunços matem a tiros os sem-terras sem serem punidos. É uma alegria só, a vaca deles vai para o brejo, vão ter que vender suas terras a preço de banana, mas enquanto isso não acontece eles podem atirar à vontade! - ÊÊÊ trem bão, sô!

  • Nas ruas aqui do Sul da Ilha vazio e mais vazio. Lojas com parcas vendas.
    Enquanto o Brasil não bradar por Lula, é ladeira a baixo...
    E sabemos que a maioria , emburrecida e invejosa do talento e bondade de Lula, nunca pedirá por Ele.
    Então vão pro buraco, mesmo.

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