Inflação de 2021 cobra seu preço no IPCA deste fevereiro

Esperava-se que a prévia da inflação de fevereiro – o IPCA-15, viesse alto em fevereiro, mas não tão alto.

Os 0,99% registrados pelo IBGE entre 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 2022, comparado aos 30 dias anteriores, refletem os aumentos de preços em contratos de vigência anual, como os de educação, mas isso estava nas previsões de mercado, que eram de 0,85%.

O IPCA do mês fechado, que será divulgado em março, deve ficar um pouco mais baixo que esta prévia, a depender de ser retardado o inevitável reajuste dos combustíveis.

Ainda assim, será mais ou menos igual a fevereiro do ano passado, o que indica que seguiremos com um inflação anual perto dos 11% e, assim, maior – o termo é longo, mas é esse – que o teto da meta do Banco Central para o ano.

Isso possivelmente fará com que o BC continue aumentando os juros – espera-se 1% a mais na reunião de 15-16 de março do Conselho de Política Monetária – e que permaneça passivo diante da queda abrupta do câmbio, provocada pela enxurrada de investimentos de arbitragem de taxas mundiais baixas e taxas brasileiras nas alturas.

O mercado brasileiro, porém, é dos mais imediatistas do globo e opera mais no day trade especulativo que em perspectivas de médio prazo.

E -para eles apenas um detalhe – o médio prazo é uma crise político-comercial bem diante de todos, que preferem não ver.

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